Da mobilização no espaço às territorialidades e discursos passivos nos territórios: os casos dos projetos de assentamentos Independência e Varame I – Passira-PE

Autores

  • Hugo Arruda de Morais UFRN

DOI:

https://doi.org/10.51359/2238-8052.2018.237646

Palavras-chave:

Territorialidades passivas, Autonomia territorial, Autogestão, Assentamentos, Passira-PE

Resumo

Este artigo possui como objetivo central apresentar, de forma sucinta, os resultados das análises feitas em torno da construção dos assentamentos rurais Independência e Varame I (Passira-PE), a partir de uma reflexão que permeia o processo de inclusão socioterritorial das famílias assentadas, tendo por base as territorialidades ativas e/ou passivas. Nessa perspectiva, as análises mostraram que há entre as famílias assentadas dos PA Independência e Varame I, ações de forte individualização e um crescimento de uma concepção de ‘não pertencimento’ ao lugar, o que impossibilita o surgimento de estratégias inclusivas com capacidade de inovação e transformação do território. O que ocorre de fato é um processo de desmobilização em termos de discursos e da tentativa de novas mobilizações coletivas nos territórios. A metodologia para a elaboração deste texto parte da utilização da técnica da Análise Crítica do Discurso. Apresentamos uma análise dos dados que toma como processo básico a análise voltada à descrição, interpretação e explicação dos discursos. O principal resultado deste artigo foi apresentar que entre as famílias assentadas nos PA Independência e Varame I não há no momento ações e comportamentos capazes de construir novas práticas nos PA, a partir de uma lógica de referência e identidades ligadas ao seu território de trabalho e vida.

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Publicado

2018-07-31

Edição

Seção

Movimentos Sociais na Cidade e no Campo