Movimentos socioterritoriais de luta por habitação nas pequenas cidades da Bahia: o que indica a sua (in)existência?

Autores

  • Oriana Araujo Universidade Estadual de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.51359/2238-8052.2019.240695

Palavras-chave:

movimentos sociais, mobilizações sociais, Sem-teto, território do sisal, moradia

Resumo

A exclusão social ocorre também nas pequenas cidades; contudo, ante seu menor impacto territorial e menor visibilização, tem-se a errônea sensação de que todos vivem adequadamente. A mobilização social em torno da luta por moradia e seus impactos na produção do espaço urbano deve considerar especificidades, a exemplo da questão da identidade e dimensões políticas locais (dentre outros fatores) como condicionadores da inércia aparente ou do questionamento emergente nas pequenas cidades. Esse texto identifica e discute a presença (ou ausência) de movimentos sociais de luta por habitação popular ou de mobilizações sociais relacionadas à moradia nas pequenas cidades da Bahia, nos vinte municípios do território de identidade do sisal. Há conflitos relacionados à moradia em nove dos vinte municípios do território do sisal, mas não foram encontrados movimentos sociais de luta por habitação no território do sisal e sim importantes mobilizações sociais em Itiúba, São Domingos, Valente, Retirolândia, Conceição do Coité, Quijingue e Barrocas, bem como ocupações diretas em Santaluz e Araci, que estão relacionadas ao questionamento da propriedade privada e da busca pelo valor de uso do solo urbano e do atendimento ao direito à moradia, o que demonstra que a população das pequenas cidades do semiárido baiano não é inerte, que outras forças estão sendo engendradas, há insurgências importantes, há articulações espontâneas e muito corajosas que podem gestar outros imaginários e novas ordens socioespaciais.

Biografia do Autor

Oriana Araujo, Universidade Estadual de Feira de Santana

Doutora em Geografia (Universidade de Santiago de Compostela). Professora do curso de Geografia (Universidade Estadual de Feira de Santana).

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Publicado

2019-07-28

Edição

Seção

Movimentos Sociais na Cidade e no Campo