Percepção ambiental, saberes locais sobre a vegetação nativa e implicações da Covid-19 em comunidades de reforma agrária

Autores

  • Marilene Vieira Barbosa Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA. Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. https://orcid.org/0000-0002-2370-1999
  • Rejane Magalhães de Mendonça Pimentel Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, Departamento de Biologia-Área de Botânica. https://orcid.org/0000-0003-3211-7601
  • Alexsandro Bezerra Correia Bilar Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, Unidade Acadêmica de Serra Talhada-UAST.

DOI:

https://doi.org/10.51359/2238-8052.2023.251010

Palavras-chave:

representação ambiental, mata atlântica, pandemia, agrobiodiversidade

Resumo

A questão socioambiental tem sido pauta de discussões mundiais. Estudos sobre a percepção ambiental contribuem para uma melhor compreensão das complexidades nas relações sociedade-natureza. Este estudo objetivou identificar e analisar a percepção e ações relativas à conservação da vegetação e desafios impostos pela pandemia da Covid-19 em comunidades rurais. Foram realizadas entrevistas com sete “informantes-chave” e visitas às matas e unidades produtivas das comunidades. Os entrevistados possuíam idades entre 37 e 81 anos e trabalham na agricultura desde a infância. A concepção de natureza e motivos para conservá-la estão relacionados aos mecanismos naturais que viabilizam a vida e regulam o clima. Os modos de percepção e interação da natureza dos entrevistados estão relacionados à vivência, aos saberes e aos modos de produção e geração de renda.

Biografia do Autor

Marilene Vieira Barbosa, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA. Universidade Federal de Pernambuco - UFPE.

Mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA, pela Universidade Federal de Pernambuco - UFPE (2021). Bacharel em Ecologia, pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB (2015). Técnica em Agropecuária, pelo Instituto Federal da Paraíba - IFPB (2009).

Rejane Magalhães de Mendonça Pimentel, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, Departamento de Biologia-Área de Botânica.

Professora titular, líder do Grupo de Pesquisa Fitomorfologia Funcional e Interações Antrópicas – FITANTROP e Coordenadora do Laboratório de Fitomorfologia Funcional - LAFF da Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE. Doutorado em Botânica na Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE (2001) e pós-doutoramento pela School of Environmental Sciences, University of Guelph, Canadá (2015).

Alexsandro Bezerra Correia Bilar, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE, Unidade Acadêmica de Serra Talhada-UAST.

Professor Adjunto da Unidade Acadêmica de Serra Talhada da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Doutor em Desenvolvimento e Meio Ambiente (2018) e Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco (2001), Mestre em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável pela Universidade de Pernambuco (2011).

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Publicado

2023-08-10

Edição

Seção

Artigos