Dinâmica temporal dos fragmentos de mangue de Jequiá da Praia-AL
uma proposta para educação ambiental
DOI:
https://doi.org/10.51359/2238-8052.2025.264247Palavras-chave:
Resex, manguezal, folder didático, cobertura vegetal, comunidades tradicionaisResumo
No Brasil, os manguezais limitam-se a zona costeira, apresentando em sua estrutura a presença de espécies vegetais arbóreas e arbustivas com adaptações específicas às condições de variação de temperatura e salinidade. O avanço dos processos urbanísticos tem causado problemas e destruição ao ecossistema, gerando uma necessidade de desenvolver estudos que possam atualizar sobre a situação do manguezal. Tendo em vista esses aspectos, foram adquiridas imagens espectrais do satélite Landsat 5 / sensor TM correspondente ao dia 17/03/2011 e Landsat8/sensor OLI para as datas 08/10/2016 e 10/11/2022. As imagens foram submetidas à classificação supervisionada e, em seguida, foi gerado um mapa com a sobreposição das manchas de vegetação mangue nos diferentes anos. Para a elaboração do folder didático foi utilizado o mapa sobre a dinâmica da vegetação mangue, utilizando critérios estabelecidos que pudessem atender aos objetivos do material. Os dados sobre a dinâmica do mangue indicaram perda da cobertura vegetal entre os anos de 2011 e 2016 em comparação a 2022, constituindo informações importantes para o monitoramento e conservação do ecossistema. Com relação ao folder didático, o material atendeu aos critérios propostos, servindo como instrumento norteador a ações de Educação Ambiental. Dessa forma, espera que o presente estudo possa contribuir com o desenvolvimento de ações de monitoramento, fiscalização e educação, sabendo da importância da obtenção de dados locais e atualizados de áreas protegidas para a divulgação científica. Além disso, ações em Educação Ambiental contribuem para aproximar os indivíduos sobre os problemas que afetam o meio ambiente, possibilitando práticas mais sustentáveis.
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