DA INSTITUCIONALIZAÇÃO DA LOUCURA À REFORMA PSIQUIÁTRICA: as sete vidas da agenda pública em saúde mental no brasil

Autores

  • Eliane Maria Monteiro da Fonte

Resumo

Este artigo tem por objetivo examinar, de forma sucinta, a estruturação das políticas de saúde mental no Brasil, desde os seus primórdios até o período atual. As políticas de saúde mental são aqui consideradas como um acordo político-jurídico que se estabelece numa determinada sociedade sobre a concepção e respostas aos problemas da loucura/doença mental. Com base em fontes secundárias e em trabalhos de terceiros, buscou-se esboçar as principais tendências na trajetória das políticas para esse setor, que tem sua origem em 1830, com o projeto de medicalização da loucura e se materializa com a criação dos primeiros hospícios para alienados, no final da segunda metade do século XIX, culminando no processo que se convencionou chamar de reforma psiquiátrica, no final do século XX. Este exercício sobre a história da agenda pública no cuidado com a saúde mental no Brasil nos permitiu identificar sete fases nessa trajetória, as quais são discutidas por etapa desta evolução, apresentando ao final algumas das principais tendências nas políticas de saúde mental no Brasil na atualidade.

Biografia do Autor

Eliane Maria Monteiro da Fonte

Eliane da Fonte é doutora em Sociologia pela Universidade de Londres (LSE) e realizou Pós-Doutoramento na Universidade de Hamburgo, Alemanha. É Professora do Departamento de Sociologia e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Pernambuco, do qual foi coordenadora. Tem investigado e publicado sobre desenvolvimento rural, agricultura familiar, reforma psiquiátrica e saúde mental no Brasil. Organizou, junto com Breno Fontes, o livro Desinstitucionalização, Redes Sociais e Saúde Mental: Análise de Experiências da Reforma Psiquiátrica em Angola, Brasil e Portugal (EdUFPE, 2010).

Downloads

Edição

Seção

Artigos