De artefato a instrumento: a integração da calculadora simples por um professor do 6º ano para o ensino de potência
Schlagworte:
potenciação, teoria da instrumentação, teoria das situações didáticas, integração, ensino e aprendizagemAbstract
A matemática enquanto disciplina, é uma das mais temidas por parte significativa dos alunos. Muitas vezes essa dificuldade é atrelada a abordagem de ensino da mesma. Um exemplo disso é o ensino do objeto matemático potência, que apresenta definição simples, porém de difícil compreensão pelos alunos (FELTES, 2007). Ao nos depararmos com situações desse tipo, surgem algumas inquietações relacionadas aos obstáculos e a forma abordada desse objeto potência. Mas, ampliando nossos estudos, pesquisas como a de Feltes (2007), Paias (2009) e Silva (2013) afirmam que as dificuldades no ensino de potência ainda perduram em sala de aula nas diferentes séries do Ensino Básico. Assim, questionamos o porquê não utilizar recursos tecnológicos como um instrumento para o ensino de potência de forma integrada? Delimitamos nosso objeto matemático para construção do conceito de potência, a fim de realizar um estudo aprofundado sobre o tema. Nesse sentido, o presente trabalho tem o objetivo de analisar a integração da calculadora enquanto instrumento para a construção do conceito de potência por um professor do 6° ano do Ensino Fundamental. Em busca de alcançar o objetivo, nos embasamos com a Teoria da Instrumentação de Rabardel (1995) e a Teoria das Situações Didáticas de Brousseuau (1986), para permitir a construção da proposta. Os resultados parciais apontam na necessidade de ampliação de propostas que proporcione essa integração.
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