Cada um organiza como quer: a classificação nos anos iniciais

Autori

  • Gilda Lisbôa Guimarães Universidade Federal de Pernambuco

Parole chiave:

estatística, anos iniciais, pesquisa, classificação

Abstract

A pesquisa deve ser o eixo estruturador do ensino de Estatística em todos os níveis de ensino. Para a organização dos dados é preciso saber criar critérios de classificação. Neste artigo busco evidenciar a possibilidade de compreensão e aprendizagem sobre criar critérios de classificação por alunos da Educação Infantil e dos anos iniciais (5 a 10 anos de idade), graduandos de Pedagogia e professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental a partir de diferentes pesquisas realizadas pelo Grupo de Estudo em Educação Estatística no Ensino Fundamental – Gref. Essas evidenciam dificuldades de indivíduos com diferentes graus de escolaridade em criar critérios para realizar uma classificação. Entretanto, também evidenciam a possibilidade de aprendizagem pelos mesmos. O processo de formação de alunos e professores precisa de reflexões sistemáticas que permitam a aprendizagem de criar critérios para classificar um conjunto qualquer de dados respeitando a exaustividade e a exclusividade. A escola precisa propor atividades para além de apresentar classes definidas cabendo ao aluno apenas distribuir os elementos. É fundamental para o efetivo direito de cidadania que todos saibam analisar a pertinência de um critério adotado em uma classificação e que saibam criar critérios para classificar um grupo de dados que deseja analisar. 

Riferimenti bibliografici

BARRETO, M.; GUIMARÃES, G. A compreensão de crianças da educação infantil sobre classificação. Trabalho de Conclusão de Curso de Pedagogia, Universidade Federal de Pernambuco, 2015.

BORBA, R.; MONTEIRO, C.; GUIMARÃES, G.; COUTINHO, C.; KATAOKA, V. Educação Estatística no ensino básico: currículo, pesquisa e prática em sala de aula. EM TEIA – Revista de Educação Matemática e Tecnológica Iberoamericana, vol. 2, n. 2, 2011. Disponível em: http://www.gente.eti.br/edumatec/

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa – Educação Estatística. Caderno 7. Brasília, DF, 2014.

CABRAL, P. A classificação nos anos iniciais do ensino fundamental. 2016. Dissertação (Mestrado em Educação Matemática e Tecnológica) – Programa de Pós-graduação em Educação Matemática e Tecnológica, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2016.

CRUZ, D. P. Classificação na Educação Infantil: o que propõem os livros e como é abordada por professores. 2013. (Mestrado em Educação Matemática e Tecnológica) – Programa de Pós-graduação em Educação Matemática e Tecnológica, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2013.

DEÁK, G.; BAUER, P. J. The effects of task comprehension on preschoolers’ and adults' categorization choices. Journal of Experimental Child Psychology, v. 60, 1995. p. 393-427,

FALBEL, A; HANCOCK, C. Coordinating sets properties when representing data: the group separation problem. 17nd Annual Meeting of the International Group for the Psychology of Mathematics Education (2), Proceeding…, Japan, 1993. pp 17-24.

GUIMARÃES, G. Como alunos de 3a série do Ensino Fundamental categorizam e representam dados em tabelas. VII Encontro Nacional de Educação Matemática – ENEM, Anais... Rio de Janeiro, 2001.

GUIMARÃES, G.; GITIRANA, V. Atividades que exploram gráficos e tabelas em livros didáticos de matemática nas séries iniciais. III SIPEM, Anais ... Aguas de Lindóia/Brasil, 2006.

GUIMARÃES, G.; GITIRANA, V. Estatística no ensino fundamental: a pesquisa como eixo estruturador. In: BORBA; MONTEIRO (Orgs.). Processos de Ensino e Aprendizagem em Educação Matemática. Recife: Editora UFPE, 2013. p. 93-132.

GUIMARÃES, G.; GITIRANA, V.; ROAZZI, A. Interpretando e construindo gráficos. 24ª Reunião da ANPED, Anais..., Caxambu/Brasil, 2001.

GUIMARÃES, G.; LUZ, P.; RUESGA, P. Classificar: uma atividade difícil para alunos e professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental? Anais da XIII Conferência Interamericana de Educação Matemática – CIAEM, Recife, Brasil, 2011.

GUIMARÃES, G.; OLIVEIRA, I. Does future teachers of primary school know how to classify? 38th Psychology of Mathematics Education (PME 38), Proceeding… Vancouver, Canada from July 15 to July 20, 2014.

LEITE, M.; CABRAL, P.; GUIMARÃES, G.; LUZ, P. O Ensino de Classificação e o Uso de Tabelas. Caderno de Trabalhos de Conclusão de Curso de Pedagogia. Recife, UFPE, 2013.

LOPES, C. E. A probabilidade e a Estatística no ensino fundamental: uma análise curricular. 1998. 139 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1998.

MARESCHAL, D.; FRENCH, R. Mechanisms of Categorization in Infancy. Infancy 1, p. 59-76, (1993), 2000 doi: 10.1207/S15327078IN0101_06

NGUYEN, S. P.; MURPHY, G. L. An apple is more than Just a fruit: Cross-classification in children's concepts. Child Development, 74, 2003. p. 1783–1806 doi: 10.1046/j.1467- 8624.2003.00638.x

PIAGET, J.; INHELDER, B. Gênese das Estruturas Lógicas Elementares. 3a Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1983.

SILVA, E.M.C. Como são propostas pesquisas nos livros didáticos de Matemática e Ciências dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Dissertação da Pós-graduação em Educação Matemática e Tecnológica – EDUMATEC - Universidade Federal de Pernambuco, 2013.

SOUZA, L.; LOPES, C.; SOUZA, A. Os Delineamentos Metodológicos nas Investigações Brasileiras em Educação Estatística. Perspectivas da Educação Matemática, UFMS, v. 8, número temático, p. 506-525, 2015.

VERGNAUD, G. El Niño, Las Matemáticas y La Realidad: Problemas de La enseñanza de Las Matemáticas en La Escuela Primaria. México: Trillas, 1991.

VIEILLARD, S.; GUIDETTI, M. Children’s perception and understanding of (dis)similarities among dynamic bodily/facial expressions of happiness, pleasure, anger, and irritation. Journal of Experimental Child Psychology, v. 102, p. 78-95, 2009.

Pubblicato

2016-09-17

Come citare

Guimarães, G. L. (2016). Cada um organiza como quer: a classificação nos anos iniciais. Em Teia | Revista De Educação Matemática E Tecnológica Iberoamericana, 7(1). Recuperato da http://periodicos.ufpe.br/revistas/emteia/article/view/3888