BOAS PRÁTICAS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA E CONTROLE INTERNO NA GESTÃO DE REVENDEDORAS DE COMBUSTÍVEL
DOI :
https://doi.org/10.34629/ric-ijar/1982-3967.2024.v18.e-024014Mots-clés :
Governança Corporativa, Controle Interno, Práticas de Gestão, Percepção dos Gestores, PMERésumé
O presente trabalho busca analisar a percepção dos gestores quanto à qualidade dos controles internos e as práticas de gestão como instrumentos de apoio, a fim de promover às práticas de boa governança corporativa em empresas revendedoras de combustíveis da cidade de Caicó/RN. A amostra compreendeu todas as 12 empresas revendedoras de combustíveis na cidade e mostra-se importante pela necessidade de ampliar os estudos sobre governança no âmbito das empresas de pequeno e médio portes, em sua maioria empresas familiares que necessitam aprimorar seus sistemas de controles internos e suas práticas de gestão a fim de promover transparência quanto aos atos da gestão, equidade para todos, prestação de contas aos interessados, comunicação e responsabilidade organizacional. Esta pesquisa se classifica como descritiva, com abordagem empírico-analítica com realização de coleta de dados através de questionário estruturado com perguntas fechadas medidas através de uma escala tipo Likert com grau de importância de 05 pontos e análises qualitativas. O contexto é de assimetria informacional considerando que a amostra se constituiu por empresas cuja gestão é realizada por pessoas que pertencem a um mesmo grupo familiar, evidenciando que as empresas adotam um modelo de gestão centralizador, distante dos princípios de boa governança corporativa, gerando um ambiente favorável a conflitos de interesses entre os sócios. Os resultados apresentados evidenciam, e a análise aponta, que na visão dos gestores há um distanciamento entre as práticas de gestão das organizações, o controle interno e os princípios para uma boa governança corporativa.
Références
Aguilera, R. V., Desender, K., Bednar, M. K., & Lee, J. H. (2015). Connecting the dots: Bringing external corporate governance into the corporate governance puzzle. Academy of Management Annals, 9(1), 483-573. https://doi.org/10.5465/19416520.2015.1024503
Ahrens, T., & Chapman, C. S. (2004). Accounting for flexibility and efficiency: A field study of management control systems in a restaurant chain. Contemporary accounting research, 21(2), 271-301. https://doi.org/10.1506/VJR6-RP75-7GUX-XH0X
AgyeiI-Mensah, B. K. (2016). Internal control information disclosure and corporate governance: evidence from an emerging market. Corporate Governance: The international journal of business in society. https://doi.org/10.1108/CG-10-2015-0136
Almeida, M. C. (2009). Auditoria: um curso moderno e completo (7 reimpr.). São Paulo: Atlas.
Alzeban, A. (2015). The impact of culture on the quality of internal audit: An empirical study. Journal of Accounting, Auditing & Finance, 30(1), 57-77. https://doi.org/10.1177/0148558X14549460
Antunes, J. V. P., Xavier, T. P., & Mantegazini, D. Z. (2023). Compliance: um estudo bibliométrico sobre a aplicação dessas práticas na indústria de óleo e gás. Latin American Journal of Energy Research, 10(2), 1-12. https://doi.org/10.21712/lajer.2023.v10.n2.p1-12
Asel, J. A., Posch, A., & Speckbacher, G. (2011). Squeezing or cuddling? The impact of economic crises on management control and stakeholder management. Review of Managerial Science, 5, 213-231. https://doi.org/10.1007/s11846-010-0051-4
Assunção, R. R., Luca, M. M. M. D., & Vasconcelos, A. C. D. (2017). Complexidade e governança corporativa: uma análise das empresas listadas na BM&FBOVESPA. Revista Contabilidade & Finanças, 28, 213-228. https://doi.org/10.1590/1808-057x201702660
Barbosa, L. F. G., & Santos, O. M. D. (2019). O controle interno como ferramenta gerencial nas pequenas e médias empresas: uma análise por meio da percepção dos contadores. Pensar Contábil, 21(74).
Beneish, M. D. (1999). The detection of earnings manipulation. Financial Analysts Journal, 55(5), 24-36. https://doi.org/10.2469/faj.v55.n5.2296
Berger, D., & Pukthuanthong, K. (2012). Market fragility and international market crashes. Journal of Financial Economics, 105(3), 565-580. https://doi.org/10.1016/j.jfineco.2012.03.009
Campos, A. M. (1990). Accountability: quando poderemos traduzi-la para o português?. Revista de administração pública, 24(2), 30-a.
Chagas, J. F., DEL TRABAJO, T., & PYMES, M. (2007). Governança corporativa: aplicabilidade do conceito, dos princípios e indicadores à gestão de pequenas e médias organizações. CEP, 60(180).
Clarke, T. (2016). The continuing diversity of corporate governance: Theories of convergence and variety. Ephemera: Theory and Politics in Organization.
CVM - COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Recomendações da CVM sobre governança corporativa. Rio de Janeiro, 2002.
Denis, D. K., & McConnell, J. J. (2003). International corporate governance. Journal of financial and quantitative analysis, 38(1), 1-36. https://doi.org/10.2307/4126762
Domingues, L. M., Muritiba, P. M., & Muritiba, S. N. (2016). Boa governança corporativa em micro e pequenas empresas leva à internacionalização?. Contextus–Revista Contemporânea de Economia e Gestão, 14(3), 53-78. https://doi.org/10.19094/contextus.v14i3.831
Farias, Helena Portes Sava. (2021). Educação, Sociedade E Meio Ambiente: práticas, políticas e inovação. (1ª ed.), 90-100. Rio de Janeiro: Editora Epitaya.
Feltham, T. S., Feltham, G., & Barnett, J. J. (2005). The dependence of family businesses on a single decision‐maker. Journal of small business management, 43(1), 1-15. https://doi.org/10.1111/j.1540-627X.2004.00122.x
Ferreira, R. D. N., Santos, A. C. D., Lopes, A. L. M., Nazareth, L. G. C., & Fonseca, R. A. (2013). Governança corporativa, eficiência, produtividade e desempenho. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 14, 134-164. https://doi.org/10.1590/S1678-69712013000400006
Fraga, J. B., & Silva, V. A. B. (2012). Board diversity and firm performance: An empirical investigation in the Brazilian market. Brazilian Business Review, 9(Special Ed), 55-77. https://doi.org/10.15728/bbrconf.2012.3
Franceschi, F. R. de, Costa, V. de M. da, Lorenzett, D. B., Neuhaus, M., & Rossato, M. V. (2012). Restritividade da legislação ambiental em postos de combustíveis. Revista Monografias Ambientais, 9(9), 2062–2071. https://doi.org/10.5902/223613086092
Gamage, C. T., Lock, K. L., & Fernando, A. A. J. (2014). A proposed research framework: Effectiveness of internal control system in state commercial banks in Sri Lanka. International Journal of scientific research and innovative technology, 1(5), 25-44.
Gubitta, P., & Gianecchini, M. (2002). Governance and flexibility in family‐owned SMEs. Family Business Review, 15(4), 277-297. https://doi.org/10.1111/j.1741-6248.2002.00277.x
Hanif, M. (2015). The Impact of Internal Control Systems on Financial Performance of Banks: A Case of Banks in Pakistan. Unpublished Doctoral Thesis) Business Administration, Iqra Universty. Pakistan.
Herzer, E., Francisco, Â. M. M., Pol, J. J., & Schreiber, D. (2020). IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS AMBIENTAIS EM COMÉRCIO VAREJISTA DE COMBUSTÍVEIS DE NOVO HAMBURGO/RS. Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental, 9(2), 683-709. https://doi.org/10.19177/rgsa.v9e22020683-709
IBGC – INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. Código das melhores práticas de governança corporativa. 5. ed., São Paulo: IBGC, 2015.
João, B. N., Santos, T. B., & Cunha Filho, W. G. (2014). Research in corporate governance & family firms: A research agenda. Revista Organizações em Contexto, 10(19), 131-153.
Kalm, M., & Gomez-Mejia, L. R. (2016). Socioemotional wealth preservation in family firms. Revista de Administração (São Paulo), 51, 409-411. https://doi.org/10.1016/j.rausp.2016.08.002
Kleinert, V. C., Lana, J., & Floriani, D. (2019). Governança corporativa ilimitada para empresas limitadas. Revista de Administração Contemporânea, 23, 807-811. https://doi.org/10.1590/1982-7849rac2019180082
Lopes, Luiz Paulo de Yparraguirre Oliveira. (2017) DESAFIOS DE COMPLIANCE ANTICORRUPÇÃO NA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Economia, Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas, Estratégias e Desenvolvimento.
Lorenzett, D. B., & Rossato, M. V. (2010). A gestão de resíduos em postos de abastecimento de combustível. Revista Gestão Industrial, 6(2). https://doi.org/10.3895/S1808-04482010000200006.
Margarido, M. A., & Turolla, F. A. (2014). Análise da volatilidade e transmissão de preços entre os mercados internacionais de petróleo e soja. Organizações Rurais & Agroindustriais, 16(1).
Melo, Janaina Ferreira Marques; Lacerda, Josefa Ferreira. (2011). Contabilidade da gestão ambiental: uma investigação nos postos de combustíveis numa cidade do sertão paraibano. In: Anais do Congresso Brasileiro de Custos-ABC.
Monteiro, R. P. (2015). Análise do sistema de controle interno no Brasil: objetivos, importância e barreiras para sua implantação. Revista Contemporânea de Contabilidade, 12(25), 159-188. https://doi.org/10.5007/2175-8069.2015v12n25p159
Moura, G. D., Bianchet, T. D. S. A., Mazzioni, S., & Macêdo, F. F. R. R. (2018). Influência da estrutura de propriedade e da gestão familiar no gerenciamento de resultados. Enfoque: Reflexão Contábil, 37(2), 107-126. https://doi.org/10.4025/enfoque.v37i2.37824
Nascimento, A. M., & Reginato, L. (2008). Divulgação da informação contábil, governança corporativa e controle organizacional: uma relação necessária. Revista Universo Contábil, 4(3), 25-47.
Oro, I. M., Beuren, I. M., & Hein, N. (2010). Análise da eficiência de empresas familiares brasileiras. RAE eletrônica, 8. https://doi.org/10.1590/S1676-56482009000200006
Pamplona, E., Ames, A. C., & da Silva, T. P. (2020). Estrutura de capital e financial distress em empresas familiares e não familiares brasileiras. Revista Contemporânea de Contabilidade, 17(44), 17-32. https://doi.org/10.5007/2175-8069.2020v17n44p17
Qi, B., Li, L., Zhou, Q., & Sun, J. (2017). Does internal control over financial reporting really alleviate agency conflicts?. Accounting & Finance, 57(4), 1101-1125. https://doi.org/10.1111/acfi.12198
Raiborn, C et al. (2017). The internal audit function: A prerequisite for Good Governance. Journal of Corporate Accounting & Finance, v. 28, n. 2, p. 10-21. https://doi.org/10.1002/jcaf.22246
Rossoni, L., & Machado-da-Silva, C. L. (2010). Organizational institutionalism and corporate governance. Revista de Administração Contemporânea, 14, 173-198. https://doi.org/10.1590/S1415-65552010000600008
Sakawa, H., & Watanabel, N. (2021). Earnings quality and internal control in bank-dominated corporate governance. Asian Business & Management, 20(2), 188-220. https://doi.org/10.1057/s41291-019-00100-3
Scherer, F. I., & Buriol, J. (2011). Implantação do conselho de administração conforme as boas práticas da governança corporativa: estudo de caso na química ltda. GESTÃO E DESENVOLVIMENTO, 8(2), 46-59.
Silva, A. L. C. (2014). Governança corporativa e sucesso empresarial (2a ed.). Saraiva Educação SA.
Silva, E. C. D. (2012). Governança corporativa nas empresas: guia prático de orientação para acionistas e Conselho de Administração: novo modelo de gestão para redução do custo de capital e geração de valor ao negócio (3a ed.). São Paulo: Atlas.
Silveira, A. D. M. D., & Barros, L. A. B. D. C. (2008). Determinantes da qualidade da governança corporativa das companhias abertas brasileiras. REAd: revista eletrônica de administração. Porto Alegre. Edição 61, vol 14, n. 3 (set/dez. 2008), documento eletrônico.
Souza, A. B. e, Bauer, M. M., & Coletti, L. (2020). A importância da governança corporativa e do controle interno na área contábil. Revista Gestão E Desenvolvimento, 17(1), 148–174. https://doi.org/10.25112/rgd.v17i1.1723
Wang, Y., & Yu, X. (2015). The Impact of internal control quality in engineering projects on the corporate value: An empirical study in construction industry. In Proceedings of the Ninth International Conference on Management Science and Engineering Management (pp. 1201-1213). Springer Berlin Heidelberg. https://doi.org/10.1007/978-3-662-47241-5_101
Zehri, F., & Chouaibi, J. (2013). Adoption determinants of the International Accounting Standards IAS/IFRS by the developing countries. Journal of Economics Finance and Administrative Science, 18(35), 56-62. https://doi.org/10.1016/S2077-1886(13)70030-1
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
© Lucas Bruno Fonseca Silva, Alane Alves Silva de Medeiros, John Pablo Cândido Dantas Silva, Sócrates Dantas Lopes 2024

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d'Utilisation Commerciale - Pas de Modification 4.0 International.
As publicações são cobertas pelos seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Responsabilidade dos artigos e resenhas cabe aos autores.
- Nenhum estágio de publicação, avaliação ou submissão envolve transações financeiras.