Releituras de uma obsessão hitchcockiana: origem, imagem, vertigem
DOI:
https://doi.org/10.52583/cartema.v6i6.234551Palavras-chave:
Alfred Hitchcock, Cinema, Influência.Resumo
Recuperar o tempo, resgatar a experiência, aprofundar a consciência do estado criativo na valoração de lembranças que insistem pelo retorno, pela revisitação constante e permanente, são prerrogativas de uma compreensão da estética que se acentua em certo momento da Modernidade. A maturação que desenvolveu o caráter auto-reflexivo da arte, no sentido de se permitir em obra a exposição no reconhecimento das influências, reposicionou a poiésis que assume a relação de diálogo e dependência a outros imaginários e meios de expressão. Torna-se difícil pensar a escrita de uma linguagem sem atravessar a noção de que, em si própria, trata-se de uma reescrita, uma releitura de heranças anteriormente percebidas e vivenciadas também dentro do âmbito artístico. Um autor é o somatório de outros, uma obra, a interlocução de outras vozes. Quando este exercício é problematizado de forma consciente, apontando os mecanismos relacionais e a presença de seus intertextos, vê-se potencializados os parâmetros de recepção e interpretação que a nova obra propõe.