Do desenho ao mito, passando pelo simbólico, na escola de educação infantil

Autores

  • Maria das Vitórias Negreiros do Amaral Universidade Federal de Pernambuco(UFPE)

DOI:

https://doi.org/10.52583/cartema.v7i7.237217

Palavras-chave:

Ensino de Arte, Educação Infantil, Antropologia do Imaginário.

Resumo

Este texto é baseado na pesquisa tem como fio condutor a Teoria do Imaginário, de Gilbert Durand. Para compreender como os sujeitos sociais apreendem a arte, fui a quatro escolas que têm como proposta a inserção da arte em seus currículos. Com o objetivo de observar as crianças que estão iniciando o processo de ensino-aprendizagem escolar, foi feita pesquisa de campo em quatro turmas de crianças com faixa etária entre 4 e 6 anos. Analisando o material recolhido no campo: etnografia, testes AT-10 (Teste Arquetipal de 10 elementos), entrevistas e os históricos escolares, constatei que essas escolas têm um discurso explícito de criar um “espaço feliz”, que tem como base do aprendizado o lúdico e a arte. Pode-se ver esse discurso como sendo regido pelo mito de Orfeu, que doma as feras e diante de quem as árvores se dobram, ao som de sua lira. Entretanto, as crianças vivem no mundo de Dionísio, vivem num mundo de jogo e de brincadeira. A noção de arte é repassada para a criança, pela escola, através da: arte como prazer, transformada em arte como crescimento; e o aprendizado da arte.

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Publicado

04.07.2018

Como Citar

Amaral, M. das V. N. do. (2018). Do desenho ao mito, passando pelo simbólico, na escola de educação infantil. Cartema, 7(7), 77–86. https://doi.org/10.52583/cartema.v7i7.237217

Edição

Seção

Fluxo Contínuo - Artigos