Pina: a poeticidade do movimento em memória
DOI:
https://doi.org/10.51359/2763-8693.2012.251703Palavras-chave:
documentário, poeticidade, dança, memória.Resumo
O presente artigo propõe uma discussão sobre o documentário Pina, estreado por Wim Wenders em 2011. A reflexão a ser desenvolvida gira em torno das escolhas realizadas pelo diretor para evocar, através dos meios expressivos do cinema, o universo dramatúrgico, bem como os processos criativos da dança-teatro de Pina Bausch. Tais escolhas resultam na configuração do filme de Wenders como uma espécie de “documentário poético” (NICHOLS, 2010), que, através do diálogo com outros gêneros audiovisuais, como a videodança, e do uso da tecno-logia 3D, aproxima-se, a um só tempo, dos dispositivos metodológicos e estéticos da dança de Pina Bausch, e da fruição desses dispositivos pelo público.