O assombro de estar viva: processo criativo, aparição e comunidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/1982-6850.2024.265051

Palavras-chave:

Sonho, arte, mulheres, assombro, aparição

Resumo

Artistas sabem que a vida é nascimento contínuo, assombro e movimento. O processo criativo acontece no limiar entre a intenção de criar e o deixar acontecer, entre a ação e a receptividade, entre o desejo e a entrega. Artistas vivem assombradas porque estão abertas para o mundo, porque, assim como os povos indígenas e quilombolas, sabem que a vulnerabilidade é também força, energia vital, possibilidade de conexão com os seres e com o mundo. Neste artigo, apresento uma parte da minha trajetória de pesquisa que culminou na tese de doutorado “Corpos dissidentes e coletivos de arte: aparição, criação e políticas de vida” (PPGICH/UFSC); uma trajetória nada linear, atravessada pela dimensão onírica e pela proximidade com a morte. Entendo a morte aqui como algo concreto e também metafórico, como fim da vida e fim de um ciclo, como transformação e recomeço.  Magia, mistério e aparição guiam os caminhos do campo e da escrita, produzindo um conhecimento encarnado (Wacquant, 2015), ritualístico, singular e coletivo.

Biografia do Autor

Juliana Ben Brizola da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina

Artista, pesquisadora interdisciplinar e Doutora em Ciências Humanas (PPGICH/UFSC). Mestra em Antropologia Social (PPGAS/UFSC), Licenciada e Bacharela em Ciências Sociais (UFRGS).

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Publicado

2025-02-26