Experiência Interior Subjetiva na Poesia de Eucanaã Ferraz

Autores/as

  • João Felipe Gremski

DOI:

https://doi.org/10.19134/eutomia-v1i22p290-304

Resumen

Resumo: O presente artigo busca estabelecer uma análise da obra de Eucanaã Ferraz, poeta carioca nascido em 1961, e com 6 livros publicados até o momento, partindo de características atribuídas tradicionalmente ao fazer poético de João Cabral de Melo Neto. O crítico Benedito Nunes comenta no seu livro, João Cabral: A Máquina do Poema (2007), o quanto a poesia de Cabral tenta suprimir a experiência interior subjetiva, entendida aqui como o fluxo de sentimentos que motivam a escrita de um poema, fazendo com que essa experiência se apresente apenas de forma fragmentária e residual nos versos. A partir dessa constatação, decidi verificar se isso ocorre na poesia de Eucanaã Ferraz e pude atestar que essa característica, ao contrário da poesia de Cabral, é mantida ao longo da sua obra; ao fazer isso, o sujeito poético atua com uma voz pessoal e, embora sob controle da sua matéria escrita, sentimental.

Palavras-chave: Eucanaã Ferraz, João Cabral de Melo Neto, experiência interior subjetiva.

Número

Sección

Crítica de Poesia