Julius Heckethorn e Anton Webern: a presença do músico em 'Avalovara'
Resumo
Este ensaio traz uma refl exão sobre a formação da personagem Julius Heckethorn, protagonista do capítulo metalingüístico do romance Avalovara de Osman Lins, intitulado O relógio de Julius Heckethorn. A fim de iluminar a semelhança das estratégias utilizadas pelo escritor pernambucano com um caso clássico dos estudos da Melopoética – o romance Doutor Fausto, de Thomas Mann – comentaremos alguns aspectos dessa obra onde a música exerce um papel estruturalmente muito importante, sobretudo pela utilização da figura do músico na narrativa, como metáfora da presença do criador no texto.Referências
ANDRADE, Ana Luíza. 1987. Osman Lins: Crítica e Criação. São Paulo: HUCITEC.
CANDIDO, Antônio. et al. 1973. A personagem de ficção. 5. ed. São Paulo: Perspectiva.
DALCASTAGNÈ, Regina. 2000. A Garganta das Coisas: movimentos de Avalovara, de Osman Lins. Brasília: UNB; Imprensa Oficial.
FRANK, Joseph. 2003. A Forma Espacial na Literatura Moderna. Revista USP, São Paulo, n 58, p. 225-241, junho/agosto.
FERREIRA, Ermelinda Maria Araújo. 2005. Cabeças Compostas: a personagem Feminina na Narrativa de Osman Lins. 2. ed. São Paulo: Edusp.
GRIFFITHS, Paul. 1997. A Música Moderna. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
LEAL, César. 2005. Thomas Mann: uma imagem do século XX, in: Dimensões Temporais na Poesia & outros Ensaios. Vol.I. Rio de Janeiro: Imago.
LESSING, Gotthold Ephraim. 1998. Laocoonte ou sobre as fronteiras da pintura e da poesia. São Paulo: Iluminuras.
LINS, Osman. Avalovara. 1975. 3 ed. São Paulo: Melhoramentos.
______.1974. Guerra sem testemunhas. 2. ed. São Paulo: Ática.
______.1976. A Rainha dos Cárceres da Grécia. São Paulo: Melhoramentos.
______.1976. Lima Barreto e o Espaço Romanesco. São Paulo: Ática.
______.1979. Evangelho na Taba: outros problemas inculturais brasileiros. São Paulo: Summus Editorial.
MANN, Thomas. 1984. Doutor Fausto. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.
______.2001. A gênese do Doutor Fausto. São Paulo: Mandarim.
NEIGHBOUR, Oliver; GRIFFITHS, Paul; PERLE, George. 1990. Segunda escola de Viena. Porto Alegre: L & PM. (Série The New Grove).
OLIVEIRA, Solange Ribeiro de. 2002. Literatura e Música: Modulações pós– coloniais. São Paulo: Perspectiva.
PEREIRA, Lawrence Flores. 2001. Doutor Fausto: Adrian Leverkühn, a ordem e os conceitos de arte subjetiva e objetiva. Revista Letras de Hoje, Porto Alegre, v. 36, n. 1, p. 193-213, março.
RABASSA, Gregory. 1979. Osman Lins and Avalovara: The Shape and Shaping of the Novel. World Literature Today, [S.l.], v. 53, p. 30-35, winter.
WEBERN, Anton. 1984. O Caminho para a Nova Música. 2. ed. São Paulo: Novas Metas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2009 Arnoldo Guimarães de Almeida Neto

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.