Uma proposta de classificação interna das línguas da família pano
Resumo
Este artigo propõe uma classificação interna para línguas da Família Pano. Obtivemos a classificação usando 34 línguas que dispõem de dados na literatura. Os dados foram reunidos em um grupo com 302 conjuntos de “cognatos”. Nos dados, usamos o Método de Inferência Bayesiano com o algoritmo de Monte-Carlo. Consideramos cada elemento dos conjuntos obtidos como um “alelo” de um “caractere” que é representado pelo significado ao qual pertence aquele conjunto. Obtivemos, assim, a seqüência de caracteres de cada língua e aplicamos o referido método matemático de obtenção da árvore.Referências
ABREU, J. C. 1914. de. Rã-txa hu-ni-ku-i. A língua dos Caxinauás
do Rio Ibuacú Afluente do Murú. 2ª ed. Rio de Janeiro: Prefeitura de
Tarauacá; Sociedade Capistrano de Abreu.
AGUIAR, M. S. 1988. Elementos de Descrição Sintática para uma
Gramática do Katukina. Dissertação de Mestrado em Lingüística. Campinas: Universidade Estadual de Campinas.
_____. 1994. Análise Descritiva e Teórica do Katukina Pano. Tese de
Doutorado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas.
_____. 2004. Aprender Nukini. Rio Branco: Secretaria de Estado de
Educação do Acre.
BARROS, L. 1987. A Nasalização Vocálica e Fonologia Introdutória à
Língua Katukina (Pano). Dissertação de Mestrado. Campinas:
Universidade Estadual de Campinas.
BRINTON, D. G. 1891. The American race: a Linguistic Classification and Etnographic Description of the Native Tribes of North and South America. New York: N.D.C. Hodges.
CAMARGO, E. 1991. Phonologie, Morphologie et Syntaxe: Étude
Descriptive de le Langue Caxinawa (Pano). Tese de Doutorado. Paris:
Universidade Paris IV.
CÂNDIDO, G. V. 1998. Aspectos Fonológicos da Língua Shanenawá
(Pano). Dissertação de Mestrado. Campinas: Universidade Estadual de
Campinas.
_____. 2004. Descrição Morfossintática da Língua Shanenawa (Pano).
Tese de Doutorado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas.
CARVALHO, B. 1929. Breve Notícia sobre os Indígenas que Habitam
na Fronteira do Brasil com o Peru. Anexo Especial, N. 2, p. 301-332.
CARVALHO, C. T. D. 1992. A Decodificação de Estrutura Frasal em
Matsés (Pano). Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: Universidade
Federal do Rio de Janeiro.
_____. 1994. Las Marcas de Tiempo y Aspecto en la Lengua Matsés
(Pano). Actas de las Segundas Jornadas de Lingüística Aborigen, p. 235-
_____. 2001. Fonologia Matsés: uma Análise Baseada em Restrições.
Tese de Doutorado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro.
CHANDLESS, W. 1866. Ascent of the River Purus. Journal of the Royal Geographical Society, N. 7, p. 221-242.
CHAMBERLAIN, A. F. 1913. Linguistic Stocks of South American
Indians, with Distribution Map. American Antropologist, Vol. XV.
Washington, American Antropologic Association, p. 236-247.
COSTA, R. G. R. 1988. Aspects of Ergativity in Marubo (Panoan). The Journal of Amazonian Languages, N. 1, p. 50-103.
_____. 1993. Padrões Rítmicos e Marcação de Caso em Marubo
(Pano). Dissertação de Mestrado em Lingüística. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro.
_____. 2000. Aspectos da Fonologia Marubo (Pano): uma Visão Não Linear. Tese de Doutorado em Lingüística. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro.
CREQUI-MONFORT, G.; RIVET, P. 1913. Linguistique Bolivienne. Le Museon (Louvain), Vol. XIV, p. 19-78
CROFT, W. 2000. Explaining Language Change — An Evolucionary
Approach. Singapore; Longman Linguistics Library; Pearsons Education
Ltd.
CUNHA, C. M. 1993. A Morfossintaxe da Língua Arara (Pano) do Acre. Dissertação de Mestrado. Recife: Universidade Federal de Pernambuco.
d’ANS, A. M. 1973. Reclasificación de las Lenguas Pano y Datos
Glotocronológicos para la Etnohistoria de la Amazonía Peruana. Revista
del Museo Nacional, N. 39, 19, p. 349-369
________. 1972. Léxico Yaminahua (Pano). Documento de Trabajo nº1, Universidad Mayor de San Marcos, Lima.
DARWIN, C. 1871. The Descent of Man. London, Murray.
DIXON, R. M. W. 1997. The Rise and Fall of Languages. Cambridge;
Cambridge University Press.
EAKIN, L. 1991. Lecciones para el Aprendizaje del Idioma Yaminahua. Documento de Trabajo, N. 22. Lima, Peru, Instituto Lingüístico de Verano.
FABRE, A. 2005. Diccionario etnolingüístico y guia bibliográfica de los
Pueblos indígenas sudamericanos. PANO-TAKANA. Disponível em:
http://butler.c.c.tut.fi/~fabre/BookInternetVersion/Alkusivu.html.
FAUST, N. 1984. Parquenahua Word List. Mimeo.
FERREIRA, R. V. 2001. Língua Matis: Aspectos Descritivos da
Morfossintaxe. Dissertação de Mestrado. Campinas: Universidade
Estadual de Campinas.
_____. 2005. Língua Matis (PANO): uma Descrição Gramatical. Tese
de Doutorado. Campinas; Universidade Estadual de Campinas.
FLECK, D. W. 2003. A Grammar of Matses. Tese de Doutorado. Houston: Rice University.
FLECK, D. W.; FERREIRA, R. V. 2005. Language in the Mayoruna subgroup of the Panoan Family. Mimeo.
GORDON, R. G. Jr. (ed.). 2005. Ethnologue: Languages of the World,
Fifteenth edition. Dallas, SIL International. Online Version: http://www.ethnologue.com/.
GRASSERIE, R. de la. 1888. De la Famille Linguistique Pano. Actas
del VII Congreso Internacional de Americanistas, Berlín, p. 438-450
GREENBERG, J. 1956. The General Classification of Central and South American Languages. Men and Cultures: Selected Papers of the 5th International Congress of Anthropological and Ethnological Sciences,
Philadelphia.
_____. 1987. Language in the Américas. Stanford: Stanford University
Press.
GUDSCHINSKY, S.C. 1956. The ABC’s of Lexicostatistics (Glottochronology). Word 12, p. 175-210
HANKE, W. 1849. Algumas Vozes do Idioma Karipuna. Arquivos,
Coletânea de Documentos para a História da Amazônia, N. 10, Manaus, p. 5-12.
HYDE, S.Y. 1980. Diccionario Amahuaca. Serie Lingüística Peruana, N.7. Yarinacocha, Instituto Lingüístico de Verano.
HUELSENBECK, J. P.; RONQUIST, F. MRBAYES: Bayesian inference
of phylogeny. Bioinformatics, N. 17, 2001. p. 754-755
JAKWAY, M. Comparative List of Common Words in Indigenous
Languages of the Jungle. Datos Etno-Lingüísticos, N. 4, 1975.
KNEELAND, H. 1979. Lecciones Para el Aprendizaje del Idioma Mayoruna. Documento de Trabajo, 14. Yarinacocha, Peru, Instituto
Lingüístico de Verano
LANES E. J. 2000. Mudança Fonológica em Línguas da Família Pano. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de
Janeiro.
LEIDTKE, M. 1965. Lista de palavras do Canamari do Feijó. Mimeo.
LOOS, E. E. 1974. Lista de Palabras y Frases para Estudios Comparativos en el Idioma Remo. Información de Campo, N. 210a.
_____. 1976. Materiales para Estúdios Comparativos de la Família
Pano: Frases y Textos del Dialecto Mastanahua. Datos Etno-Lingüísticos,
Lima, Peru, Instituto Lingüístico de Verano.
_____. Pano. In R.M.W. Dixon & D.Y.Aikhenvald (eds). 1999. The
Amazonian Languages. Cambridge: Cambridge University Press.
LOOS, E. E.; LOOS, B. H. 1998. Diccionario Capanahua-Castellano.
Serie Lingüística Peruana, 45. Yarinacocha, Instituto Lingüístico de Verano.
_____. 1971. Palabras y Frases del Idioma Isconahua. Información de
Campo, N. 111b.
LORD, M. A. 1996. Word list of Chitonawa, Yora, Yaminahua, Sharanahua. Mimeo.
LORIOT, J.; LAURIAULT, E.; DAY, D. 1993. Diccionario ShipiboCastellano-Shipibo. Serie Lingüística Peruana, 31. Lima, Peru, Instituto Lingüístico de Verano.
LOUKOTKA, C. 1944. Sobre la Classificación de las Lenguas Indígenas de la América del Sul. Atas do Congresso Internacional de Americanistas, N. 26, Madrid, p. 411-415.
MASON, J. A. 1950. The Languages of South American Indians. Handbook of South American Indians. Bureau of American Ethnology,
Bulletin 143, V. 6, p. 501-570.
MONTAG, S. 1981. Diccionario Cashinahua. Tomo II. Lima, Instituto Lingüístico de Verano.
McQUOWN, N. A. 1955. Indigenous Languages of Latin America. American Anthropologist, V. 57, p. 501-570.
MARTIUS, C. F. P. VON. 1867. Beiträge zur Ethnographie und Sprachenkunde Amerika’s zumal Brasiliens. Zur Sprachenkunde. Wörtersammlung Brasilianischer Sprachen, Glossaria Linguarum
Brasiliensium, Glossarios de Diversas Línguas e Dialectos, que fallao os
Indios no Imperio do Brazil. Vol. II. Wiesbaden: Dr. Martin Sändig OHG.
MONTAG, S. 1981. Diccionario Cashinahua. Tomos I e II. Lima: Instituto Lingüístico de Verano.
OKIDOI, A. 2004. Descrição Fonológica Preliminar da Língua Indígena Nukini-Pano. Monografia de Final de Curso de Bacharelado em Letras. Goiânia: Universidade Federal de Goiás.
PAGEL, M. 2000. Maximum-Likelihood Models of Glottochronology and for Reconstructing Linguistic Phylogenies. In C. Renfrew; A. McMahon & L. Trask (eds.), Time Depth in Historical Linguistics. Cambridge, The McDonald Institute for Archaeological Research, p. 413-439.
PARKER, S. G. 1992. Datos del Idioma Huariapano. Documento de
Trabajo, 24. Yarinacocha, Ministerio de Educación e Instituto Lingüístico de Verano.
PAULA, A. S. 1992. Poyanáwa. A língua dos Índios da Aldeia Barão:
Aspectos Fonológicos e Morfológicos. Dissertação de Mestrado. Recife:
Universidade Federal de Pernambuco.
_____. 2004. A Língua dos Índios Yawanawa do Acre. Tese de Doutorado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas.
PICKERING, W. 1973. Vocabulário Kaxarari. Série Lingüística, N. 1.
Lima, Peru: Instituto Linguistico de Verano, p. 63-66.
RIVET, P. 1910. Sur Quelques Dialectes Panos peu Connus. Journal
de la Société des Américanistes, N. 7, p. 221-242.
______. ; TASTEVIN, R. P. 1921. Les Tribus Indiennes des Bassins
dus Purús et des Rérions Limitrophes. La Geographie, Vol. XXXV. Paris,
p. 449-482.
______. 1924. Les Dialectes Pano du Haut Jurua et du Purús. Actas
del XX Congreso Internacional des Americanistes III. Rio de Janeiro, p.
-278
______.; LOUKOTKA, Č. 1952. Langues de l”Amérique du Sud et des
Antilles. Les Langues du Monde, 9 édition, Paris, Champion, p. 1099-
RODRIGUES, A. D. 1986. Línguas Brasileiras: para um Conhecimento das Línguas Indígenas. São Paulo: Loyola.
SCHLEICHER, A. 1861. Compendium der Vergleichenden Grammatik der Indogermanischen Sprachen: Kurzer Abriss einer Lautund Formenlehre der Indogermanischen Ursprache. Weimar: Hermann Böhlau.
SCOTT M. 2004. Vocabulario Sharanahua Castellaño. Lima, Peru, Instituto Lingüístico de Verano.
SCHMIDT, J. 1872. Die Verwandtschaftsverhältnisse der Indogermanischen Sprachen. Weimar, s/ed. 182
SCHMIDT, P. W. 1926. Die Sprachfamilien und Sprachenkreise der
Erde. Heidelberg, CalrWinters’s Universitäts-Buchhandlung.
SHELL, O. A. 1965. Estudios Panos III: las Lenguas Pano y su
Reconstrucción. Serie Lingüística Peruana, N. 12, 2 ed. Lima, Instituto
Lingüístico de Verano.
______. 1987. Vocabulario Cashibo-Cacataibo. Serie Lingüística
Peruana, N. 23. Yarinacocha: Instituto Lingüístico de Verano.
SOUSA, G. C. 2004. Aspectos da Fonologia da Língua Kaxarari. Dissertação de Mestrado. Campinas: Universidade Estadual de
Campinas.
SPANGHERO, V. R. F. 2000. Língua Matis (Pano): Análise Fonológica.
Dissertação de Mestrado. Campinas, Universidade Estadual de Campinas.
______. 2004. Estudo Lexical da Língua Matis. Subsídios para um
Dicionário Bilingüe. Tese de Doutorado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas.
SWADESH, M. 1964. Afinidades de las Lenguas Ameríndias. Akten
des 34 Internationalen Amerikanisten Kongress, p. 729-739.
______. 1950. Salish International Realshionships. International
Journal of American Linguistics, N.16, p. 157-167.
TESSMANN, G. 1999. Los Indios del Perú Nororiental. Trad. Gunda
Wierhake. Quito: Abyayala.
VALENZUELA, P. M. 2000. Transitivity in Shipibo-Konibo Grammar.
PhD Dissertation. Oregon: University of Oregon.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2006 Lincoln Almir Amarante Ribeiro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Investigações concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.