Por que as pessoas têm dificuldade em escrever? — reflexões sobre a limitação repertorial e cognitiva da sociedade contemporânea

Autores

  • Pedro Perini-Santos Doutorando/Universidade Federal de Minas Gerais

Resumo

Este artigo sustenta que o meio-ambiente exerece forte influência sobre a prática de linguagem. Posto que a maior parte das cidades do Brasil não oferece um meio-ambiente adequado para o desenvolvimento da escrita e da leitura, parece ser lógico considerar que boa parte das crianças não vão à escola com maturidade lingüística suficiente para alcançar esse “novo” meio de expressão; o que pode ser considerado como uma pista para responder a uma velha e complexa questão: por que os alunos universitários têm problemas para escrever?

Biografia do Autor

Pedro Perini-Santos, Doutorando/Universidade Federal de Minas Gerais

Pedro Perini-Santos é graduado, mestre e doutor em Estudos Lingüísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais, com estágio de pesquisa na University of California, at Davis (2007). É professor Adjunto I do Curso de Letras da UFVJM. É pesquisador dos grupos Incógnito (UFMG/CNPq), NECODI (UFMG/CNPq), e coordenador do grupo GELVI (FAPEMIG/CNPq). Tem experiência na Linguística com ênfase em descrição e teoria lingüísticas, atuando principalmente nos seguintes temas: teoria linguística, morfologia, cognição e linguística de corpus infantil.

Referências

ALVARES, Pedro de Souza & PIMENTEL-SOUZA, Fernando. A Poluição

sonora em Belo Horizonte. http://www.icb.ufmg.br/lpf/2-2.html#1

AZEVEDO, Adriana Tenuta. 2005. Domínios Discursivos: uma visão cognitive da estruturação de narratives orais Tese de doutorado, Belo Horizonte: UFMG.

BARON, Naomi. 2004. Rethinking written culture Language Sciences, v. 26, p.57-96.

BENFICA, Maria. 2002. Do Texto-Fonte palestra ao relato noticioso: uma

experiência com a retextualização no ensino fundamental. Scripta, v. 6, n. 11, p.171-184.

HARRIS, Roy. 2000. Rethinking writing. London: Athlone.

JOHNSON, Mark. 1997. Developmental Cognitive Neuroscience — an

introduction. Cambridge/Oxford: Blackwell.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. 2000. Da Fala para a Escrita — atividades de

retextualização. São Paulo: Cortez.

McWHORTER, John. 2003. Doing our own thing — the degradation of language and music. New York: Gotham Books.

PARISSE, Christophe. 2005. New perspectives on language development and the innateness of grammatical knowledge. Language Sciences, 27: 383-401.

PERINI-SANTOS, Pedro. Por que Chomsky está errado? Scripta. [no prelo]

RODRIGUES, Aurora. 1995. Domínio lexical de meninos e meninas de classe alta e baixa em situação de teste In: ESTUDOS LINGÜÍSTICOS – ANAIS DE SEMINÁRIOS DO GEL XXIV, São Paulo: IEL, p. 562-566.

SPERBER, Dan & ORIGGI, Gloria. 2000. Evolution, communication and the proper function of language; In: CARRUTHERS, Peter & CHAMBERLAIN, Andrew (orgs.) Evolution and the human mind – modularity, language and meta-cognition. New York / Cambridge / Melbourne / Madrid: Cambridge University Press.

TALMY, Leonard. 2000. Toward a Cognitive Semantics (vol. I).

Cambridge/London: MIT Press.

TALMY, Leonard. 2001. Toward a Cognitive Semantics (vol.II).

Cambridge/London: MIT Press.

Downloads

Publicado

21-07-2005

Como Citar

Perini-Santos, P. (2005). Por que as pessoas têm dificuldade em escrever? — reflexões sobre a limitação repertorial e cognitiva da sociedade contemporânea. Revista Investigações, 18(2). Recuperado de https://periodicos.ufpe.br/revistas/INV/article/view/1480

Edição

Seção

Artigo - Linguística (seção livre)