UM MINKISI EM CAMPINHO? Dificuldades e Possibilidades de Interpretação de Artefatos Religiosos Afro-brasileiros no Contexto da Arqueologia Urbana, em Campinho, Rio de Janeiro
Schlagworte:
Religiões de matriz africana, Arqueologia do Axé, Diáspora Africana, Arqueologia urbanaAbstract
O presente artigo pretende discutir as dificuldades de interpretação relacionadas a objetos encontrados em contexto urbano e que podem ser associados a usos religiosos e cotidianos. Esses objetos, muitas vezes, trazem consigo uma série de questões acerca da sua descoberta no sítio, atribuição de tipologias e etnicidade e que implicam em precauções nas interpretações. Como objeto de estudo foi utilizado para essa discussão um minkisi encontrado em Campinho, bairro do Rio de Janeiro.
Literaturhinweise
AGOSTINI, Camilla. Panelas e paneleiras de São Sebastião: um núcleo produtor e a dinâmica social e simbólica de sua produção nos séculos XIX e XX. Vestígios – Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica. Volume 4, número 2. 2010.
ARENAS, Iraida Vargas. Arqueología, ciencia y sociedad. Boletín de Antropología Americana, n. 14. 1986.
BENISTE, José. História dos candomblés no Rio de Janeiro: o encontro africano com o Rio e os personagens que construíram sua história religiosa. Rio de Janeiro: Bertrand. 2020.
CUDDY, Thomas W.; LEONE, Mark P. New Africa: Understanding the Americanization of African Descent Groups through Archaeology. In: C. Colwell-Chanthaphonh e T.J.Ferguson. Collaboration in Archaeological Practice. Engaging Descendent Communities. Lanham: Altamira Press. 2008.
FENNELL, Christopher C. Crossroads and cosmologies: diasporas and ethnogenesis in the new world. Gainesville, Florida: University Press of Florida. 2007.
GARCIA, Anderson Marques; BIANCHINI, Gina Faraco; ALVES, Renata Nunes; FRIGOLI, Riccardo; LISSÁ, Deusimar de; GASPAR, Maria Dulce. Resistencia y fe: materiales sagrados un un almacén de personas esclavizadas en Rio de Janeiro, siglo XIX. Revista de Arqueología Histórica Argentina y Latinoamericana, n. 14, vol. 2. 31-64. 2020.
GARCIA, Anderson Marques; RIBEIRO, Cassandra. Pavimentos pé de moleque na Rua da Constituição. Cadernos de Educação Patrimonial em Arqueologia, Arqueologia nas Ruas do Rio. 2016.
GASPAR, Maria Dulce. Relatório parcial de salvamento e pesquisa arqueológica no Morro do Campinho, Madureira – cidade do Rio de Janeiro. 2014.
GONZÁLEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. Ensaios, intervenções e diálogos. Organização: RIOS, F.; LIMA, M. Rio de Janeiro: Zahar. 2020.
GORDENSTEIN, Samuel Lira. De Sobrado a Terreiro: a construção de um candomblé na Salvador oitocentista. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal da Bahia. 2014.
GORDENSTEIN, Samuel Lira. Arqueologia do axé. Considerações sobre o estudo do candomblé baiano oitocentista. In: V. Santos, L. C. Symanski e A. Holl (eds.) História da cultura material na África e na diáspora africana (pp. 295-310). Curitiba: Brazil Publishing. 2019.
LEONE, Mark P.; FRY, Gladys-Marie. Spirit Management among Americans of African Descent. In: ORSER Jr., C. E. (ed.). Race and the Archaeology of Identity. Salt Lake: The University of Utah Press. 2001.
LIMA, Tânia Andrade; SOUZA, Souza, Marcos André Torres de; SENE, Gláucia Malerba. Weaving the Second Skin: Protection Against Evil Among the Valongo Slavesin Nineteenth-century Rio de Janeiro. Journal of African Diaspora Archaeology & Heritage, 3 (2), 103-136. 2014.
LOPES, Nei. Bantos, malês e identidade negra. Belo Horizonte: Autêntica. 2021.
LOSURDO, Domenico. Contra-história do liberalismo. Aparecida: Ideias & Letras. 2006.
MARTINS, Ronaldo Luiz. Mercadão de Madureira: caminhos de comércio. Rio de Janeiro: Condomínio do Entreposto Mercado do Rio de Janeiro. 2009. Disponível em: https://tinyurl.com/wbtrts9s
MATORY, J. Lorand. Jeje: repensando nações e transnacionalismo. MANA 5(1): 57-80. 1999.
NOVAES, Luciana de Castro Nunes. A morte visível e a vida invisível: um estudo sobre o assentamento de Exu e a Paisagem Sagrada da Enseada de Água de Meninos, Salvador (Bahia). Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe. 2013.
NOVAES, Luciana de Castro Nunes. Arqueología de Axé: una etnografía del encanto de la Arqueología. Revista de Arqueología Histórica Argentina y Latinoamericana, n. 14, vol. 2. 91-117. 2020.
OLIVEIRA, Regiane. Tebas, o negro escravizado que marcou a arquitetura de São Paulo. El País, 30 de junho de 2020. Disponível em: https://tinyurl.com/9smpr7ve
PEREIRA, Caio Calixto Teixeira. A Reorganização do Espaço Urbano Carioca – Em Destaque o Eixo Madureira-Campinho e seus Movimentos Sociais. VII Congresso Brasileiro de Geógrafos. 2014.
PEREIRA, Rodrigo; CHEVITARESE, André Leonardo. Por uma Arqueologia dos Candomblés: contribuições da ciência do passado aos estudos dos fenômenos religiosos. Revista Maracanan, n. 20, 112-136. 2019.
REIS, João José. Identidade e Diversidade Étnicas nas Irmandades Negras no Tempo da Escravidão. Tempo, 2 (3), 7-33. 1996.
RIO DE JANEIRO (RJ). Decreto nº 24560 de 25 de agosto de 2004. Disponível em: https://tinyurl.com/mr3sksna
SAMFORD, Patricia Merle. Power runs in many channels: subfloor pits and West African-based spiritual traditions in Colonial Virginia. Dissertação apresentada para a University of North Carolina. 2000.
SANTOS, Vanicléia Silva. As bolsas de mandinga no espaço Atlântico: Século XVIII. Tese de Doutorado. apresentada ao programa de pós-graduação em História Social, do Departamento de História, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. 2008.
SOUZA, Marcos André Torres de; AGOSTINI, Camilla. Body Marks, Pots, and Pipes: Some Correlations between African Scarifications and Pottery Decoration in Eighteenth- and Nineteenth-Century Brazil. Historical Archaeology, 46(3): 102-123. 2012.
SYMANSKI, Luís Cláudio P. A Arqueologia da Diáspora Africana nos Estados Unidos e no Brasil: problemáticas e modelos. Afro-Ásia, 49, 159-198. 2014.
SYMANSKI, Luís Cláudio P. O domínio da tática: práticas religiosas de origem africana nos Engenhos de Chapada dos Guimarães (MT). Vestígios – Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica. Volume 1, número 2. 7-36. 2007.
TV BRASIL. Entre o Céu e a Terra – entrevista com Reginaldo Prandi. 2014. Disponível em: <https://tinyurl.com/4kr6hkbd>
Downloads
Veröffentlicht
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2024 Thandryus Augusto Guerra Bacciotti Denardo, Winner Querevalu Soares Baptista Filho

Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung 4.0 International.
A submissão de originais para a Clio Arqueológica implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos da revista Clio Arqueológica sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações mediante citação do nome da Clio Arqueológica como publicação original.
Em virtude do acesso aberto este periódico, permite-se o uso gratuito dos artigos com finalidades educacionais e científicas, desde que citada a fonte conforme as diretrizes da licença Creative Commons.
Autores que submeterem um artigo para publicação na Clio Arqueológica, concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sem pagamento, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado;
d. as ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista.