ONDE ESTÃO AS LASCAS?
Mots-clés :
Tecnologia Lítica, Arqueologia Experimental, Interpretação de Instrumentos ExpedientesRésumé
Após apresentar o homem pré-histórico no seu contexto e resumir o nosso conhecimento atual sobre a tecnologia lítica, o autor levanta várias questões sobre o fato de os arqueólogos não estarem tirando o que se pode dos acervos recuperados do solo. Trata da negligência de instrumentos que não são feitos na base (“suporte”) de lascas, resultando em complexos pré-históricos inteiros não sendo reconhecidos como artefatos. Discutem-se problemas específicos como a miniaturização, o uso da tecnologia para melhor definir culturas arqueológicas, e o problema específico dos bordos ativos e o que eles podem nos dizer sobre as atividades realizadas nos sítios sob estudo. Conclui que “estamos perdendo muitas informações”. Anexa-se um glossário de terminologia lítica.
ABSTRACT
Presenting prehistoric man in his context with a summary of our knowledge of lithic technology, the author raises several questions about where archaeologists are not getting all the information they could from the samples collected. He deals with the neglect of instruments that are not made from flakes, which results in whole prehistoric complexes being ignored for not being recognized as artifacts. He discusses specific problems such as miniaturization, the use of technology in better definition of archaeological complexes, and the specific problem of working edges and what these can tell us about the activities carried out at sites studied. He concludes that “we are losing too much information.” The article comes with a glossary of lithic technology in an annex.
KEYWORDS: Lithic Technology; Experimental Archaeology; Interpretation of Expedient Artifacts
Références
BINFORD, Lewis R. 1962 “Archaeology as Anthropology”. American Antiquity, v. 28, n. 2: 217-25
______1964 “A consideration of archaeological research design”. American Antiquity, v. 29, n. 4: 425-41.
______1965 “Archaeological systematics and the study of cultural process”. American Antiquity, v. 31, n. 2: 203-10
BINFORD, L. R. e BINFORD, S. R. 1966 “A preliminary analysis of functional variability in the Mousterian of Levallois fácies”. In: Recent Studies in Paleoanthropology, Ed. J. D. Clark e F. C. Howell. American Antiquity, v. 68, n.2, pt. 2.
CALDARELLI, Solange. 1983 Lições da Pedra: aspectos da ocupação pré-histórica do vale médio do Rio Tietê. Tese de Doutoramento de Departamento de História da USP
CRABTREE, Don E. 1982 An Introduction to Flintworking. Segunda edição. Pocatello, Idaho, Occasional Papers of the Idaho Museum od Natural History, no. 28
KEELEY, Lawrence H. 1980 Experimental determination of stone tool uses, a microwear analysis. Chicago: University of Chicago Press
MALINOWSKI, Bronislaw. 1970 Uma teoria científica da cultura, 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1970
MARTIN, Gabriela. 1997 Pré-História do Nordeste do Brasil. Recife: Editora Universitária
MILLER, Tom O. 1968 “Duas Fases Paleoindígenas da Bacia de Rio Claro, SP: Um Estudo em Metodologia.” Tese de Doutoramento, UNESP, Rio Claro. Mimeografado
____ 1969a “Prospeções no Sítio Arqueológico Lítico de Poço Fundo, Estado de S. Paulo” in, Cadernos Rioclarenses de Ciências Humanas nº 1: 1-21. Rio Claro
____ 1969b “Sugestões para uma Tipologia Lítica para o Interior do Sul do Brasil” in, Pesquisas, Antropologia nº 21. São Leopoldo: Instituto Anchietano
____ 1975 “Tecnologia Lítica Arqueológica: Arqueologia Experimental no Brasil” in, Anais do Museu de Antropologia da UFSC, Ano VII, nº 8: 7-124. Florianópolis: UFSC
____ “Arqueologia da Região Central do Estado de São Paulo” in, Dédalo: Revista de Arqueologia e Etnologia. Nº 16: 13-118. (Leva data de 1972 na página título). São Paulo. 1977.
____ 1979 “Stonework of the Xetá Indians of Brazil” in, Bryan HAYDEN, org., Lithic Use-Wear Analysis: 401-407. New York: Academic Press
____ 2008 Etnoarqueologia no Brasil: Tecnologia lítica Xetá e cerâmica Xókleng (Gravação de Vídeo). Organizado por Francisca Miller. Natal: Oficina de Tecnologia Educacional da UFRN/EDUFRN
____ 2009 “Posfácio: Retrospectiva 2008”. In, Sarti, A. C., e Lluís Mundet i Cerdan, Org., Turismo e Arqueologia: Múltiplos Olhares. Piracicaba: Equilíbrio Editora. P. 97-131
MILLER, Tom O., M.E. BRANDÃO e L. VIVAN. 1969 “O Sítio Arqueológico Lítico de São Lourenço, Estado de São Paulo” in, Cadernos Rioclarenses de Ciências Humanas nº 1: 53-88, Rio Claro
PROUS, André. 1991 Arqueologia Brasileira. Brasília: Editora UnB
SEMENOV, S. A. 1964 Prehistoric Technology. Trad. M. W. Thompson. New York, Barnes & Noble
WILMSEN, Edwin N. 1968 “Functional analysis of flaked stone artifacts.” American Antiquity, v. 33, n. 2: 156-61
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
A submissão de originais para a Clio Arqueológica implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos da revista Clio Arqueológica sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações mediante citação do nome da Clio Arqueológica como publicação original.
Em virtude do acesso aberto este periódico, permite-se o uso gratuito dos artigos com finalidades educacionais e científicas, desde que citada a fonte conforme as diretrizes da licença Creative Commons.
Autores que submeterem um artigo para publicação na Clio Arqueológica, concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sem pagamento, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado;
d. as ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista.