HIPÓTESES SOBRE UM CONJUNTO DE GRAFISMOS RUPESTRES NO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL
Parole chiave:
Arqueologia, embarcações, Rio Grande do NorteAbstract
O Estado do Rio Grande do Norte tem uma característica gráfica que vem causando debates acadêmicos nas últimas décadas e que aparece recorrentemente em suportes rochosos elaborados com as técnicas de pinturas ou gravuras, com possíveis representações que têm semelhanças morfológicas com barcos. Este artigo descreve observações de detalhes morfológicos de alguns desses gráficos prestando atenção ao significante, ou seja, à imagem representada, tentando associar a aspectos funcionais e técnicas construtivas de barcos usados por grupos indígenas, bem como às representações de embarcações do período de contato e pós-contato, além de investigar outras hipóteses por pesquisadores da arte rupestre brasileira.
ABSTRACT
The State of Rio Grande do Norte has a graphic characteristic that has been causing academic debates in recent decades and that appears recurrently in rock records made with the techniques of paintings or prints, or possible representations that have morphological similarities with boats. This paper describes observations of morphological details of some of these graphics paying attention to the signifier, ie, the image represented, trying to associate with functional and constructive aspects of boats used by indigenous groups, and investigate other hypotheses by researchers from Brazilian rock art.
KEY-WORDS: Arqueology, boats, Rio Grande do Norte
Riferimenti bibliografici
BORGES, C. C. L. Uma narrativa pré-histórica. O cotidiano de antigos grupos humanos no sertão do Seridó/RN. Faculdade de Ciências e Letras de Assis – UNESP. Tese (Doutorado em História), 2008.
CALLIPO, F. R. O surgimento da navegação entre os povos dos sambaquis: argumentos, hipóteses e evidências. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia de São Paulo, n. 21, 2011.
CÂMARA, A. A. Ensaio sobre as construções navais indígenas do Brasil. Rio de Janeiro, 1976.
CARDIM, F. Tratados da terra e gente do Brasil. Transcrição, introdução e notas de A. M. Azevedo. São Paulo: Hedra, 2009.
CHERQUES, S. Dicionário do mar. São Paulo: Globo, 1999.
GÂNDAVO, P. M. Tratado da terra e História do Brasil. Recife: Massangana, 2009.
GIBSON, C. E. La Historia del barco. Buenos Aires: Espasa-Calpe Argentina S.A., 1953.
IRELAND, B. History of ships. London: Hamlyn, 1999.
JUNQUEIRA, E. Embarcações Brasileiras. Rio de Janeiro: Arte Ensaio, 2003.
LAET, J. Roteiro de um Brasil desconhecido: descrição das costas do Brasil. Belo Horizonte: Kapa, 2007.
LAVERY, B. Ship – 5.000 Years of Maritime Adventure. London: Dorling Kindersley Limited, 2010.
LÉRY, J. 1578. Histoire d’un Voyage Faict en la Terre du Brésil. Reproduzido pela revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, nº 52 (80), 1889.
MACEDO, HELDER A. M. Ocidentalização, território e populações indígenas no sertão da capitania do Rio Grande. Dissertação de mestrado em Ciências Sociais. UFRN, 2007.
MARTIN, G. Pré-História do Nordeste do Brasil. Recife: Universitária, 2008.
MARTIN, G. A subtradição Seridó de pintura rupestre pré-histórica do Brasil. CLIO: Série Arqueológica, n. 05, Recife, 1989.
MARTIN, G. Arte rupestre no Seridó (RN) : O Sítio Mirador do Boqueirão de Parelhas. CLIO: Revista do curso de mestrado em História. Recife, n. 07, 1985.
MARTIN, G. Casa Santa: um abrigo com pinturas rupestres do Estilo Seridó, no Rio Grande do Norte. CLIO: Revista do curso de mestrado em História. n. 05, Recife,1982.
MARTIN, G. Fronteiras estilísticas e culturais na arte rupestre da área Arqueológica do Seridó (RN,PB). CLIO: Série Arqueológica, v. 1, n. 16, Recife, 2003.
MARTIN, G. MEDEIROS, E. A Furna do Messias. Um sítio com pinturas rupestres na área arqueológica do Seridó. CLIO: Série Arqueológica, v. 23 n. 02, Recife, 2008.
PROUS, A.; LOPES DE PAULA, F. Informações preliminares sobre grafismos de tipo “nordestino” no Estado de Minas Gerais. Revista de Pré-história, v. 1, nº 5, Instituto de Pré-história, Universidade de São Paulo-USP, 1983.
RIOS, C. Arqueologia Subaquática: Identificação das causas de naufrágios nos séculos XIX e XX na costa de Pernambuco. Tese (Doutorado em Arqueologia) Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010.
SOUZA, L. G.; SANTOS, R. V. Padrão de assentamento dos índios Xavante e Bororo do Brasil Central. Anais do Encontro da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, 2010.
WESLEY, D. 2009. Baijini, Macassans, Balanda, and Bininj: Defining the Indigenous past of Arnhem Land through Culture Contact. Acesso: 23.01.2014.http://chl.anu.edu.au/disciplines/archaeology/current_projects/project_details.php?searchterm=arnhemland.
Downloads
Pubblicato
Fascicolo
Sezione
Licenza
A submissão de originais para a Clio Arqueológica implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação impressa e digital. Os direitos autorais para os artigos publicados são do autor, com direitos da revista Clio Arqueológica sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações mediante citação do nome da Clio Arqueológica como publicação original.
Em virtude do acesso aberto este periódico, permite-se o uso gratuito dos artigos com finalidades educacionais e científicas, desde que citada a fonte conforme as diretrizes da licença Creative Commons.
Autores que submeterem um artigo para publicação na Clio Arqueológica, concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sem pagamento, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado;
d. as ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões da revista.