Sítios Arqueológicos na Área Diretamente Afetada da Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Marini

Evidências de Ocupação Humana Próxima ao Igarapé Colorado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2448-2331.2025.265568

Palavras-chave:

Prospecção arqueológica, Alta Floresta d'Oeste-RO, Cerâmicas amazônicas

Resumo

A pesquisa arqueológica realizada na Área Diretamente Afetada (ADA) da Central Geradora Hidrelétrica (CGH) Marini, em Alta Floresta d’Oeste, Rondônia, revelou vestígios cerâmicos e padrões de ocupação humana pré-invasão europeia em áreas ripárias elevadas do Igarapé Colorado. Através de prospecção arqueológica, geoprocessamento e análises estratigráficas foram identificados e delimitados dois sítios: Marini I e Marini II. Os resultados apontam para uma adaptação ao ambiente amazônico, com uma subsistência baseada no aproveitamento de recursos hídricos e estratégias específicas de uso do solo. Essa pesquisa amplia o entendimento sobre as dinâmicas culturais e de manejo das populações antigas no sudoeste amazônico.

Referências

ALMEIDA, F. O. 2013. A tradição policrômica no alto rio Madeira. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo.

BARTHEM, R. B.; FABRÉ, N. N. 2004. Biologia e diversidade dos recursos pesqueiros na Amazônia. In: RUFFINO, M. L. A pesca e os recursos pesqueiros na Amazônia. Manaus: Ibama, p. 17-62.

BASTOS, R. L.; SOUZA, M. C. de. 2010. Normas e gerenciamento do patrimônio arqueológico. 3ª ed. revisada e ampliada. São Paulo: Superintendência Regional do IPHAN.

BINFORD, L. R. 1962. Archaeology as Anthropology. American Antiquity, n. 28, p. 217-25.

CLEMENT, C. R. et al. 2015. The domestication of Amazonia before European conquest. Proceedings of the Royal Society B, v. 282, n. 1812, 20150813.

CONOLLY, J.; LAKE, M. 2012. Geographical Information Systems in Archaeology. Cambridge: Cambridge University Press.

COTA, T. S.; CARAMELLO, N. D. A.; SCCOTI, M. S. V. 2021. Caracterização ambiental e socioeconômica da bacia hidrográfica do Rio Branco e Colorado, Rondônia, Brasil. Revista Ibero-Americana de Ciências Ambientais, v. 12, n. 1, p. 506-519.

DENEVAN, W. M. A bluff model of riverine settlement in prehistoric Amazonia. Annals of the Association of American Geographers, v. 82, n. 3, p. 369-385, 1992.

DUNNELL, R. C.; DANCEY, W. S. 1983. The siteless survey: A regional scale data collection strategy. Advances in Archaeological Method and Theory, v. 6, p. 267-287.

FURQUIM, L. P. et al. 2018. Facing Change through Diversity: Resilience and Diversification of Plant Management Strategies during the Mid to Late Holocene Transition at the Monte Castelo Shellmound, SW Amazonia. Journal of Archaeological Science: Reports, v. 18, p. 821-831.

GOULDING, M.; BARTHEM, R.; FERREIRA, E. 2003. The Smithsonian Atlas of the Amazon. Washington: Smithsonian Books.

MEGGERS, B. J. 1971. Amazonia: Man and Culture in a Counterfeit Paradise. Chicago: Aldine.

MILLER, E. T. 1987. Inventário arqueológico da bacia e sub-bacias do rio Madeira, 1974-1987. Porto Velho: Consórcio Nacional de Engenheiros Construtores S.A..

MILLER, E. T. 1992. Arqueologia nos Empreendimentos Hidrelétricos da Eletronorte. Brasília: Eletronorte.

MILLER, E. T. 2012. A Cultura Cerâmica do Tronco Tupí no alto Ji-Paraná, Rondônia, Brasil: Algumas Reflexões Teóricas, Hipotéticas e Conclusivas. Revista Brasileira de Linguística Antropológica, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 35–136. DOI: 10.26512/rbla. v1i1.12288.

MONGELÓ, G. 2020. Ocupações humanas do Holoceno inicial e médio no sudoeste amazônico. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 15, n. 2, p. 1-23. DOI: 10.1590/2178-2547-BGOELDI-2019-0079.

NEVES, E. G. 2006a. Arqueologia da Amazônia. São Paulo: Edusp.

NEVES, E. G. 2006b. Sob os tempos do equinócio: oito mil anos de história na Amazônia Central. São Paulo: Editora Hucitec.

NEVES, E. G. et al. 2020. The archaeology of the Upper Madeira within the archaeological context of Amazonia. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 12, n. 2, p. 143-166.

PLOG, S.; PLOG, F.; WAIT, W. 1978. Decision making in modern surveys. American Antiquity, v. 43, p. 5-19.

ROOSEVELT, A. C. 1991a. Moundbuilders of the Amazon: Geophysical Archaeology on Marajo Island, Brazil. San Diego: Academic Press.

ROOSEVELT, A. C. 1991b. Paleoindian cave dwellers in the Amazon: the peopling of the Americas. Science, v. 272, n. 5260, p. 373-384.

WATLING, J.; SHOCK, M.; NEVES, E. G. et al. 2018. Direct archaeological evidence for Southwestern Amazonia as an early plant domestication and dispersal centre. PLoS One, v. 13, n. 7, p. 1-25.

ZIMPEL, A. L. 2008. Cerâmica e Tradição no Sudoeste da Amazônia: O Caso da Fase Bacabal. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, São Paulo.

ZIMPEL, A. L. 2018. Padrões de assentamento e uso dos recursos aquáticos na fase Bacabal: um estudo no médio Guaporé. São Paulo: FAPESP.

Downloads

Publicado

2025-10-14