Influência do Clima Organizacional para o Compartilhamento de Conhecimento Tácito no Desenvolvimento de Software

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/1679-1827.2021.239599

Palavras-chave:

Conhecimento, Cultura organizacional, Clima organizacional, Desenvolvimento de Software

Resumo

A informação é fundamental para a competitividade das organizações, nas quais os softwares processam grande quantidade de dados. Programadores elaboram tecnologias apoiando-se na criação e compartilhamento de conhecimentos. O conhecimento tácito é estratégico, resultante da experiência de trabalho requerendo a socialização e um contexto favorável para se desenvolver. Um ambiente de cooperação resulta do clima organizacional positivo e satisfação das necessidades dos colaboradores. O clima organizacional reflete a cultura, que determina valores e práticas empresariais. Contudo, a literatura mostra que há considerável stress entre profissionais de software, resultante da carga de trabalho. Objetiva-se verificar, em uma empresa de software, a relação entre cultura organizacional, clima e compartilhamento de conhecimentos. Efetuou-se um estudo de caso em uma empresa do município de Marília/SP, que detém um Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação. Utilizou-se aportes da Gestão do Conhecimento, Psicologia, Administração, comportamento organizacional e desenvolvimento de software.

Biografia do Autor

Leonardo Pereira Pinheiro de Souza, Universidade Estadual Paulista - UNESP

Mestrando em Ciência da Informação na Universidade Estadual Paulista, UNESP, campus de Marília. Membro do grupo de pesquisa Informação, Conhecimento e Inteligência Organizacional, do departamento de Ciência da Informação da UNESP, campus de Marília. Pós-graduado lato sensu em Desenvolvimento de Software para Web pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pela Faculdade Estadual de Tecnologia- FATEC Garça, em 2012. 

Cássia Regina Bassan de Moraes, Universidade Estadual Paulista - UNESP.

Doutora em Ciência da Informação pela Universidade Estadual Paulista - UNESP, campus de Marília. Graduação em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista, campus de Assis. Atualmente exerce o cargo de Diretora da Faculdade de Tecnologia de Garça (FATEC - Garça). Docente do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação na Unesp - Marília - SP. Membro do Grupo de Pesquisa Informação, Conhecimento e Inteligência Organizacional, Unesp-Marília.

Referências

Ahmad, K. Z. B., Jasimuddin, M. S. & Kee, W. L. (2018). Organizational climate and job satisfaction: do employees’ personalities matter. Management Decision, 56 (2), 421- 440. Recuperado de https://doi.org/10.1108/ MD-10-2016-0713.

Amritesh, S. & Misra, C. (2014). Conceptual modeling for knowledge management to support agile software development. The Knowledge Engineering Review, 29 (4), 496– 511. Recuperado de https://doi.org/10.1017/ S0269888914000198.

APL-TI Marília (2018). História do APL TI Marília. Recuperado de http://www.apltimarilia.org.br/historia-do- apl-ti-marilia-arranjo-produtivo-local-de-tecnologia-da-informacao-de-marilia/.

Associação Brasileira das Empresas de Software (2019). Mercado Brasileiro de Software: panorama e tendências. São Paulo: ABES. Recuperado de http://central.abessoftware.com.br/Content/UploadedFiles/Arquivos/ Dados%202011/ABES-EstudoMercadoBrasileirodeSoftware2019.pdf.

Associação para a Excelência do Software Brasileiro (2017). Brasil IT +: value beyond expectations. Brasília: Softex. Recuperado de http://www.brasilitplus.com/brasilit/upload/download/1548945559brasilit-oferta_270618_ eua.pdf.

Bardin, L. (2011). Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70.

Bateman, T. S. & Organ, D. W. (1983). Job satisfaction and the good soldier: the relationship between affect and employee “citizenship”. The Academy of Management Journal, 26 (4), 587- 595. Recuperado de https://www.jstor. org/stable/255908.

Braida, C. R. Apresentação. (1999). In Scheleiermacher, F. D. E., Hermenêutica: arte e técnica da interpretação (pp. 7-22). Petrópolis: Vozes.

Castillo, L. A. M., & Cazarini, E. W. (2019). Knowledge management practices in technology parks: case study - Technology Park TECNOPUC. Gestão & Produção, 26(3), e3162. https://doi.org/10.1590/0104-530X3162-19

CBS. (2013, 22 de janeiro). Inside Google workplaces, from perks to nap pods. CBS News. Recuperado de https:// www.cbsnews.com/news/inside-google-workplaces-from-perks-to-nap-pods/.

Chen, C., Huang, J. & Hsiao, Y. (2010). Knowledge management and innovativeness: the role of organizational climate and structure. International Journal of Manpower, 31 (8), 848- 870. Recuperado de https://doi. org/10.1108/01437721011088548.

Chiavenato, I. (2003). Introdução à Teoria Geral da Administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. (7.ed.). Rio de Janeiro: Elsevier.

Chiavenato, I. (2010). Comportamento organizacional. Rio de Janeiro: Elsevier.

Coleman, A. (2016, 11 de fevereiro). Is Google’s model of the creative workplace the future of the office? The Guardian. Recuperado de https://www.theguardian.com/careers/2016/feb/11/is-googles-model-of-the-creative- workplace-the-future-of-the-office.

Çetin, E.; Durdu, P. O. (2019). Blended Scrum model for software development organizations. Journal of Software: Evolution and Process, 31 (2), 1-16. Recuperado de https://doi.org/10.1002/smr.2147.

Domingues, C. P. (2019). Trabalhar em open-space: os efeitos da escolha do espaço físico de trabalho na satisfação, comunicação e partilha de conhecimento. (Dissertação de Mestrado).

Universidade de Lisboa, Lisboa. Doud, M. (2019, 19 de julho). How to make an open plan office work at your company. Forbes. Recuperado de https://www.forbes.com/sites/forbesagencycouncil/2019/07/19/how-to-make-an-open-plan-office-work-at-your- company/#5f0a84276f5f.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2017). Marília. Rio de Janeiro: IBGE. Recuperado de https:// cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/marilia/panorama.

Jain, K. K., Sandhu, M. S. & Goh, S. K. (2015). Organizational climate, trust and knowledge sharing: insights from Malaysia. Journal of Asia Business Studies, 9 (1), 54- 77. Recuperado de https://doi.org/10.1108/JABS-07- 2013-0040.

Lefika, P. T.& Mearns, M. A. (2015). Adding knowledge cafés to the repertoire of knowledge sharing techniques. International Journal of Information Management, 35 (1), 26- 32. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j. ijinfomgt.2014.09.005 .

Licorish, S. A. & Macdonell, S. G. (2014). Understanding the attitudes, knowledge sharing behaviors and task performance o core developers: A longitudinal study. Information and Software Technology, 56 (1), 1578–1596. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j.infsof.2014.02.004.

Lindsjørn, Y. et al. (2016). Teamwork quality and project success in software development: A survey of agile development teams. Journal of Systems and Software, 122 (1), 274- 286. Recuperado de https://doi.org/10.1016/j. jss.2016.09.028.

Liu, D., Chen, X. & Holley, E. (2017). Help yourself by helping others: the joint impact of group member organizational citizenship behaviors and group cohesiveness on group member objective task performance change. Personnel Psychology, 70 (1), 809- 842. Recuperado de https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/ peps.12209.

Luthans, F. et al. (2008). The mediating role of psychological capital in the supportive organizational climate— employee performance relationship. Journal of Organizational Behavior, 29 (1), 219- 238. Recuperado de https:// onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1002/job.507.

Mantzavinos, C. (2016). Hermeneutics. In The Stanford Encyclopedia of Philosophy. Stanford (CA), Stanford University. Recuperado de https://plato.stanford.edu/archives/win2016/entries/hermeneutics/.

Marchand, D. A., Kettinger, W. J. & Rollins, J. D. (2001). Information orientation: The link to business performance. Oxford: Oxford University Press.

Molina-Germán, J. O., Pérez-Melo, A. Y. & López-Hernández, H. M. (2015). Análisis del liderazgo transformacional y su influencia en el clima organizacional de las empresas de hospedaje. 3c Empresa: investigación y pensamiento crítico, 4 (3), 149- 159. Recuperado de https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5165300.

Nayak, D. R. (2014). Anxiety and mental health of software professionals and mechanical professionals. International Journal of Humanities and Social Science Invention, 3 (2), 52- 56. Recuperado de http://ijhssi.org/ papers/v3(2)/Version-2/G0322052056.pdf.

Nonaka, I. & Toyama, R. (2008). Criação do conhecimento como processo sintetizador. In Takeuchi, H. & Nonaka I (Orgs.), Gestão do conhecimento (pp. 91- 117). Porto Alegre: Bookman.

Pires, A. S. (2017). O trabalho e subjetividade na área de tecnologia da informação (TI): a construção do discurso da flexibilidade em torno da “geração Y”. In Anais XXXI Congreso ALAS. (pp. 1-19). Montevideu: Asociación Latinoamericana de Sociología. Recuperado de http://alas2017.easyplanners.info/opc/tl/8455_aline_suelen_pires. pdf.

Polanyi, M. (2009). The tacit dimention. Chicago: University of Chicago Press.

Rao, V. J. & Chandraiah, K. (2012). Occupational stress, mental health and coping among information technology professionals. Indian Journal of Occupational & Environmental Medicine, 16 (1), 22- 26Recuperado de https:// www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3482704/.

Reychav, I. & Weisberg, J. (2010). Bridging intention and behavior of knowledge sharing. Journal of Knowledge Management, 14 (2), 285- 300. Recuperado de https://doi.org/10.1108/13673271011032418.

Rydlewski, C., Pastore, K. & Bigarelli, B. (2019, 08 de fevereiro). Entenda como funcionam escritórios modernos, belos, poderosos, irritantes... Época Negócios. Recuperado de https://epocanegocios.globo.com/Empresa/ noticia/2019/02/entenda-como-funcionam-escritorios-modernos-belos-poderosos-irritantes.html.

Robbins, S. (2005). Comportamento organizacional. (11 ed.). São Paulo: Pearson Prentice Hall. Schaufeli, W. B. (2016). Heavy work investment, personality and organizational climate. Journal of Managerial Psychology, 31 (6), 1057- 1073. Recuperado de https://doi.org/10.1108/JMP-07-2015-0259.

Schein. E. H. (2017). Cultura organizacional e liderança. São Paulo: Atlas. Souza, L. P. P. (2019). O comportamento informacional dos desenvolvedores de software no contexto da cultura organizacional enfatizando o compartilhamento e reuso de informações. (Dissertação de mestrado). Universidade Estadual Paulista, Marília.

Stewart, J. B. (2013, 15 de março). Looking for a Lesson in Google’s Perks. The New York Times. Recuperado de https://www.nytimes.com/2013/03/16/business/at-google-a-place-to-work-and-play.html.

Takeuchi, H. & Nonaka, I. (2008). Criação e dialética do conhecimento. In Takeuchi, H. & Nonaka, I. (Orgs.), Gestão do conhecimento (pp. 17- 38). Porto Alegre: Bookman.

Waber, B., Magnolfi, J. & Lindsay, G. (2014). Workspaces that move people. Harvard Busness Review, 92 (10), 68– 77, 2014. Recuperado de http://www.galow.es/news-pdf/news2017-06/hbr.pdf.

Wood, S., Michaelides, G. & Thomson, C. (2013). Successful extreme programming: Fidelity to the methodology or good teamworking? Information and Software Technology, 55 (1), 660–672. Recuperado de http://dx.doi. org/10.1016/j.infsof.2012.10.002.

Yamauchi, K. & Orr, T. (2011). Nominication for strategic leadership: best practices in japanese-style communication for managerial purposes. In Proceedings Professional Communication Conference. (pp. 1-7). Cincinnati: IEEE. Recuperado de http://ieeexplore.ieee.org/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=6087233.

Yin, R. (2009). Case study research: design and methods. (4. ed.). Los Angeles: SAGE.

Yu. C, Yu, T. F. & Yu, C. C. (2013). Knowledge sharing, organizational climate, and innovative behavior: a cross- level analisys of effects. Social Behavior and Personality, 41 (1), 143- 156. Recuperado de https://doi.org/10.2224/ sbp.2013.41.1.143.

Downloads

Publicado

2021-06-30

Edição

Seção

Artigos