Mecanismos de governança corporativa e o controle de irregularidades em companhias de capital aberto listadas na B3

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/1679-1827.2024.253511

Palavras-chave:

mecanismos de governança corporativa, irregularidades, B3

Resumo

Objetivo: O objetivo da pesquisa é verificar se os mecanismos de governança corporativa estão associados ao controle de irregularidades das companhias abertas listadas na B3, no período de 1999 a 2017.

Método/abordagem: O Estudo é empírico e contempla variáveis de componentes internos e externos da estrutura de governança corporativa no Brasil, visando aferir se essas características afetam a probabilidade de ocorrência de irregularidades, baseadas em decisões dos processos administrativos julgados pela Comissão de Valores Mobiliários.

Contribuições teóricas/práticas/sociais: Descobertas incluem a falta de evidências sobre a influência da independência do conselho e dualidade de cargos do CEO nas irregularidades. A presença de União ou empresa estatal como acionista majoritário reduz a eficiência da governança, enquanto alta concentração acionária e boa reputação de auditores contribuem para a prevenção de irregularidades.

Originalidade/relevância: A pesquisa traz contribuições para a ampliação das discussões a respeito da necessidade de mecanismos eficientes de governança na mitigação de irregularidades.

Biografia do Autor

Helton Santos da Silva, Fucape Business School

Mestre em Ciências Contábeis

Felipe Storch Damasceno, Fucape Business School

Doutor em Ciências Contábeis e Administração

Edvan Soares de Oliveira, Fucape Business School

Doutor em Ciências Contábeis e Administração

Silvania Neris Nossa, Fucape Business School

Doutora em Ciências Contábeis e Administração

Referências

Agrawal, A., & Chadha, S. (2005). Corporate governance and accounting scandals. The Journal of Law and Eco-nomics, 48(2), 371-406.

Ahmed, E. R., Islam, M. A., Alabdul-lah, T. T. Y., & Amran, A. B. (2019). A qualitative analysis on the determi-nants of legitimacy of sukuk. Journal of Islamic Accounting and Business Research, 10(3), 342-368.

Alabdullah, T. T. Y. (2021). New In-sights to Investigate the Impact of In-ternal Control Mechanisms on Firm Performance: A Study in Oman. Riset Akuntansi dan Keuangan Indonesia, 6(2), 205-214.

Andrade, L. P. D., Salazar, G. T., Cale-gário, C. L. L., & Silva, S. S. (2009). Go-vernança corporativa: uma análise da relação do conselho de administração com o valor de mercado e desempe-nho das empresas brasileiras. Ram. Revista de administração mackenzie, 10, 4-31.

Antonelli, R. A., Jesus, M. C., Clemen-te, A., Cherobim, A. P. M. S., & Sche-rer, L. M. (2014). A adesão ou migra-ção aos níveis diferenciados de gover-nança corporativa e a valorização aci-onária. Revista de Gestão, Finanças e Contabilidade, 4(1), 52-76.

de Araújo, G. A., Corrêa, L. A., Bres-san, V. G. F., Neto, J. E. B., & Avelino, B. C. (2021). Relação entre fluxos de caixa livres e níveis de governança corporativa à luz da teoria da agência. Revista Catarinense da Ciência Contá-bil.

Baber, W. R., Kang, S., & Liang, L. (2005). Strong boards, management entrenchment, and accounting re-statement. George Washington Uni-versity.

Bach, T. M., Kudlawicz, C., & da Silva, E. D. (2015). Influência da estrutura de governança corporativa na eficiência financeira: evidências de empresas brasileiras de capital aberto. Revista Ibero Americana de Estratégia, 14(4), 41-62.

Beasley, M. S. (1996). An empirical analysis of the relation between the board of director composition and fi-nancial statement fraud. Accounting review, 443-465.

Beasley, M. S., Hermanson, D. R., Car-cello, J. V., & Neal, T. L. (2010). Fraud-ulent financial reporting: 1998-2007: An analysis of US public companies. Bortolon, P. M., & da Silva Junior, A. (2015). Delisting Brazilian public com-panies: Empirical evidence about cor-porate governance issues. Brazilian Business Review, 12(Special Ed), 97-124.

Chen, G., Firth, M., Gao, D. N., & Rui, O. M. (2006). Ownership structure, corporate governance, and fraud: Evi-dence from China. Journal of corpo-rate finance, 12(3), 424-448.

Chen, G., Firth, M., & Xu, L. (2009). Does the type of ownership control matter? Evidence from China’s listed companies. Journal of Banking & Fi-nance, 33(1), 171-181.

Código das Melhores Práticas de Go-vernança Corporativa. INSTITUTO BRASILEIRO DE GO-VERNANÇA CORPORATIVA (IBGC). https://conhecimento.ibgc.org.br/Lists/Publica-co-es/http://www.ibgc.org.br/userfiles/Codigo_julho_2010_a4.pdf

Collares, M. L. (2020). Governança corporativa: Fator preponderante no ativismo de acionistas no Brasil. Re-vista de Administração Contemporâ-nea, 24, 414-431.

Código Brasileiro de Governança Cor-porativa: Companhias abertas. CO-MISSÃO DE VALORES MOBILIÁ-RIOS (CVM). https://conhecimento.ibgc.org.br/Lists/Publica-co-es/Attachments/21148/Codigo_Brasileiro_de_Governanca_Corporativa_Companhias_Abertas.pdf

Correia, L. F., Amaral, H. F., & Louvet, P. (2011). Um índice de avaliação da qualidade da governança corporativa no Brasil. Revista Contabilidade & Fi-nanças, 22, 45-63.

Crifo, P., Escrig-Olmedo, E., & Mottis, N. (2019). Corporate governance as a key driver of corporate sustainability in France: The role of board members and investor relations. Journal of Business Ethics, 159, 1127-1146.

Crutchley, C. E., Jensen, M. R., & Mar-shall, B. B. (2007). Climate for scandal: corporate environments that contrib-ute to accounting fraud. Financial Re-view, 42(1), 53-73.

Dechow, P. M., Ge, W., Larson, C. R., & Sloan, R. G. (2011). Predicting mate-rial accounting misstatements. Con-temporary accounting research, 28(1), 17-82.

Dechow, P. M., Sloan, R. G., & Sweeney, A. P. (1996). Causes and consequences of earnings manipula-tion: An analysis of firms subject to enforcement actions by the SEC. Con-temporary accounting research, 13(1), 1-36.

Doornik, B. F. N. V., SILVA, E. B. D., CAPELLETTO, L. R., & LHAMAS, R. C. G. (2007). Transparência das de-monstrações contábeis após o acordo de Basiléia 2: um estudo temporal dos 10 maiores bancos do país. 31 ENAN-PAD.

Dunn, P. (2004). The impact of insider power on fraudulent financial report-ing. Journal of management, 30(3), 397-412.

Elayan, F. A., Li, J., & Meyer, T. O. (2008). Accounting irregularities, management compensation structure and information asymmetry. Account-ing & Finance, 48(5), 741-760.

Endrikat, J., De Villiers, C., Guenther, T. W., & Guenther, E. M. (2021). Board characteristics and corporate social responsibility: A meta-analytic inves-tigation. Business & Society, 60(8), 2099-2135.

Fairchild, R. J., Crawford, I., & Saqlain, H. (2009). Auditor tenure, managerial fraud, and report qualification: theory and evidence. Managerial Fraud, and Report Qualification: Theory and Evi-dence (June 16, 2009).

Farber, D. B. (2005). Restoring trust after fraud: Does corporate govern-ance matter? The accounting review, 80(2), 539-561.

Ferreira, M. P., & Vicente, E. F. R. (2020). Effect of the structure of the board of directors on cash holdings of publicly traded companies. Contex-tus–Revista Contemporânea de Eco-nomia e Gestão, 18, 275-289.

Firth, M., Mo, P. L., & Wong, R. M. (2005). Financial statement frauds and auditor sanctions: An analysis of en-forcement actions in China. Journal of business ethics, 62, 367-381.

He, L., Labelle, R., Piot, C., & Thornton, D. B. (2009). Board monitor-ing, audit committee effectiveness, and financial reporting quality: Re-view and synthesis of empirical evi-dence. Journal of Forensic & Investi-gative Accounting, 1(2).

Hribar, P., Kravet, T., & Wilson, R. (2014). A new measure of accounting quality. Review of Accounting Stud-ies, 19, 506-538.

Hu, X. (2002). Does the Big Five's rep-utation have significant information value. Secur. Mark. Her, 3, 43-46.

Índices de Governança. 2018. Brasil Bolsa e Balcão. http://www.b3.com.br/pt_br/market-data-e-indices/indices/indices-de-governanca/

Instrução CVM n. 509, de 16 de no-vembro de 2011. Acrescenta artigos à Instrução 308/99, e altera artigos e ane-xo da Instrução 480/09.

Comissão de Valores MobiliáRios (CVM). http://www.cvm.gov.br/legislacao/instrucoes/inst509.html

Jaswadi, J. (2013). Corporate govern-ance and accounting irregularities: Evidence from the two-tier board structure in Indonesia (Doctoral dis-sertation, Victoria University).

Jia, C., Ding, S., Li, Y., & Wu, Z. (2009). Fraud, enforcement action, and the role of corporate governance: Evi-dence from China. Journal of Business Ethics, 90, 561-576.

Klotzle, M. C., & Silva, F. M. (2003). Governança corporativa e performan-ce empresarial no Brasil. Revista de Economia e Administração, 2(4).

La Porta, R., Lopez-de-Silanes, F., Shleifer, A., & Vishny, R. (2000). In-vestor protection and corporate go-vernance. Journal of financial econo-mics, 58(1-2), 3-27.

Leal, R. P., de Castro Ferreira, V. A., & da Silva, A. L. C. (2002). Governança corporativa no Brasil e no mundo. Edi-tora E-papers.

Lennox, C. S., & Pittman, J. (2008). Big five audits and accounting fraud. Available at SSRN 1137829.

LEI n. 6.385, de 7 de setembro de 1976. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6385.htm

LEI n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm.

de Oliveira Lima, S. H., Oliveira, F. D., de Aquino Cabral, A. C., dos Santos, S. M., & Pessoa, M. N. M. (2015). Gover-nança corporativa e desempenho eco-nômico: uma análise dos indicadores de desempenho entre os três níveis do mercado diferenciado da BM&FBovespa. REGE-Revista de Ges-tão, 22(2), 187-204.

Lourenço, I. C., & Branco, M. C. (2015). A governança corporativa e o efeito da adoção das IFRS: O caso brasileiro. Revista Universo Contábil, 11(1), 157-172.

Machado, M. R. R., & Gartner, I. R. (2017). Triângulo de fraudes de Cres-sey (1953) e teoria da agência: estudo aplicado a instituições bancárias brasi-leiras. Revista Contemporânea de Contabilidade, 14(32), 108-140.

Marciukaityte, D., Szewczyk, S. H., Uzun, H., & Varma, R. (2006). Gover-nance and performance changes after accusations of corporate fraud. Finan-cial Analysts Journal, 62(3), 32-41.

SILVA, R. L. M., Nardi, P. C. C., Mar-tins, V. A., & Barossi Filho, M. (2016). Os níveis de governança corporativa da BM&F BOVESPA aumentam a li-quidez das ações?. Revista Base (Ad-ministração e Contabilidade) da UNISINOS, 13(3), 248-263.

Martins, H. C., Siqueira, L. A. B. D., & Sousa, J. A. (2019). Activities in the Context of a Network, Trust and In-ternal Resources as Antecedents of the Effectiveness of Network Govern-ance: a Study of the Impact on the Per-formance of the Companies Involved. BBR. Brazilian Business Review, 16, 431-452.

Munir, A., Khan, F. U., Usman, M., & Khuram, S. (2019). Relationship be-tween corporate governance, corpo-rate sustainability and financial per-formance. Pakistan Journal of Com-merce & Social Sciences, 13(4).

Pesquisa global sobre fraudes e crimes econômicos. PRICEWATERHOUSE-COOPERS BRASIL LTDA (PRICE). https://www.pwc.com.br/pt/estudos/assets/2018/gecs-18.pdf

Price III, R. A., Sharp, N. Y., & Wood, D. A. (2011). Detecting and predicting accounting irregularities: A compari-son of commercial and academic risk measures. Accounting Horizons, 25(4), 755-780.

Rezaee, Z. (2004). Restoring public trust in the accounting profession by developing anti‐fraud education, pro-grams, and auditing. Managerial Au-diting Journal, 19(1), 134-148.

Romano, G., & Guerrini, A. (2012). Corporate governance and accounting enforcement actions in Italy. Manage-rial Auditing Journal, 27(7), 622-638.

Saito, R., & Silveira, A. D. M. D. (2008). Governança corporativa: custos de agência e estrutura de propriedade. Revista de administração de empre-sas, 48, 79-86.

Souza, P. V. S. (2021). O Efeito da Tempestividade Contábil no Gerenci-amento de Resultados de Empresas Brasileiras Listadas na B3. Advances in Scientific and Applied Accounting, 039-055.

Shleifer, A., & Vishny, R. W. (1997). A survey of corporate governance. The journal of finance, 52(2), 737-783.

Da Silva, A. L. C. (2004). Governança corporativa, valor, alavancagem e polí-tica de dividendos das empresas brasi-leiras. Revista de Administração da Universidade de São Paulo, 39(4).

Silva, R. F. M. D., Carmona, C. U. D. M., & Lagioia, U. C. T. (2011). A Rela-ção entre o Risco e as Práticas de Go-vernança Corporativa Diferenciada no Mercado Brasileiro de Ações: uma abordagem sob a égide da teoria dos portfólios de Markowitz. Revista Bra-sileira de Gestão de Negócios, 13, 175-192.

Silva, V. C., Melo, M. R., Silva Jr, A., & Dumer, M. C. R. (2017). Efeitos de di-ferentes dimensões de governança corporativa no gerenciamento de re-sultados de companhias brasileiras listadas na BM&FBovespa. In Anais do Congresso ANPCOT, Belo Hori-zonte, MG, Brasil (Vol. 11).

Smaili, N., & Labelle, R. (2016). Corpo-rate governance and accounting irreg-ularities: Canadian evidence. Journal of Management & Governance, 20, 625-653.

Tavares, V. B., & Penedo, A. S. T. (2018). Desempenho empresarial e níveis de governança corporativa: um estudo longitudinal das empresas lis-tadas na BM&FBOVESPA entre 2001 e 2015. RAGC, 6(23)

Uzun, H., Szewczyk, S. H., & Varma, R. (2004). Board composition and cor-porate fraud. Financial Analysts Jour-nal, 60(3), 33-43.

Yang, D., Jiao, H., & Buckland, R. (2017). The determinants of financial fraud in Chinese firms: Does corpo-rate governance as an institutional innovation matter?. Technological Fo-recasting and Social Change, 125, 309-320.

Downloads

Publicado

2024-04-23

Edição

Seção

Finanças