O discurso gerencialista como prática es-tratégica em uma administração pública municipal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/1679-1827.2024.261614

Palavras-chave:

gerencialismo, estratégia como prática, nova gestão pública

Resumo

Objetivo: Compreender como ocorre a legitimação das práticas estratégicas sob uma ideologia gerencialista e neoliberal na Administração Pública.

Método/abordagem: Utilização da Análise Crítica do Discurso.

Contribuições teóricas/práticas/sociais: Identificação dos elementos discursos que possibilitam a legitimação estratégica no contexto gerencialista e neoliberal.

Originalidade/relevância: Nova abordagem de como a estratégia pode fomentar a manutenção de discursos hegemônicos, principalmente neoliberais.

Referências

Alves, A. R. C. (2010). O conceito de hegemonia: De Gramsci a Laclau e Mouffe. Lua Nova: Revista de Cultura e Política, 80, 71–96. https://doi.org/10.1590/S0102-64452010000200004

Alvesson, M., & Karreman, D. (2000). Varieties of Discourse: On the Study of Organizations through Discourse Analysis. Human Relations, 53(9), 1125–1149. https://doi.org/10.1177/0018726700539002

Andion, C. (2012). Por uma nova interpretação das mudanças de paradigma na administração pública. Cadernos EBAPE.BR, 10(1), 01–19. https://doi.org/10.1590/S1679-39512012000100003

Baeta, O. V., Brito, M. J., & Souza, R. B. (2014). Strategy as Discursive Practice in a Brazilian Public University: A Look under the Perspective of Critical Discourse Analysis. Public Administration Research, 3(2), p17. https://doi.org/10.5539/par.v3n2p17

Balogun, J., Jacobs, C., Jarzabkowski, P., Mantere, S., & Vaara, E. (2014). Placing Strategy Discourse in Context: Sociomateriality, Sensemaking, and Power: Placing Strategy Discourse in Context. Journal of Management Studies, 51(2), 175–201. https://doi.org/10.1111/joms.12059

Bresser-Pereira, L. C. (1995). A reforma gerencial do Estado de 1995. Revista de Administração Pública, 34(4), 7–26.

Bryson, J. M., Berry, F. S., & Kaifeng Yang. (2010). The State of Public Strategic Management Research: A Selective Literature Review and Set of Future Directions. The American Review of Public Administration, 40(5), 495–521. https://doi.org/10.1177/0275074010370361

Camargo, T. I., de Souza-Leão, A. L. M., & Moura, B. M. (2021). Resisting to Game of Thrones: a fannish agonism. Revista de Gestão, 29(1), 55-75. https://doi.org/10.1108/REGE-12-2020-0124

Carreon, R. D. O., & Baronas, R. L. (2020). Lives presidenciais: Reflexões iniciais sobre o discurso político digital. Revista da ABRALIN, 1. https://doi.org/10.25189/rabralin.v19i3.1731

Clegg, S., Courpasson, D., & Phillips, N. (2006). Power and organizations. SAGE.

Costa, E. G. D., & Coelho, G. B. (2016). Hegemonia, estratégia socialista e democracia radical. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 31(92), 01. https://doi.org/10.17666/319208/2016

Dardot, P., & Laval, C. (2016). A nova razão do mundo: Ensaio sobre a sociedade neoliberal. Boitempo.

Denhardt, R. B., & Catlaw, T. J. (2017). Teorias da administração pública. Cengage Learning.

Denhardt, R. B., & Denhardt, J. V. (2000). The New Public Service: Serving Rather than Steering. Public Administration Review, 60(6), 549–559. https://doi.org/10.1111/0033-3352.00117

Diefenbach, T. (2009). New public management in public sector organizations: The dark sides of managerialistic `enlightenment’. Public Administration, 87(4), 892–909. https://doi.org/10.1111/j.1467-9299.2009.01766.x

Fairclough, N. (2003). Analysing discourse: Textual analysis for social research. Routledge.

Fairclough, N. (2005). Peripheral Vision: Discourse Analysis in Organization Studies: The Case for Critical Realism. Organization Studies, 26(6), 915–939. https://doi.org/10.1177/0170840605054610

Fairclough, N. (2016). Discurso e mudança social (2o ed). Editora Universidade de Brasília.

Fenton, C., & Langley, A. (2011). Strategy as Practice and the Narrative Turn. Organization Studies, 32(9), 1171–1196. https://doi.org/10.1177/0170840611410838

Fonseca, F. C. P. (2019). A “governança empresarial” das metrópoles sob o predomínio neoliberal: O papel da gestão pública gerencial e da privatização do sistema político. Cadernos Metrópole, 21(45), 393–415. https://doi.org/10.1590/2236-9996.2019-4502

Foucault, M. (2008). Nascimento Da Biopolítica: Curso Dado No College De France (1978 - 1979). Martins Fontes.

Foucault, M. (2014). Vigiar e punir: Nascimento da prisão (42.). Vozes.

Gruening, G. (2001). Origin and theoretical basis of new public management. International Public Management Journal, 4(1), 1–25. https://doi.org/10.1016/S1096-7494(01)00041-1

Hardy, C., Palmer, I., & Phillips, N. (2000). Discourse as a Strategic Resource. Human Relations, 53(9), 1227–1248. https://doi.org/10.1177/0018726700539006

Hood, C. (1991). A PUBLIC MANAGEMENT FOR ALL SEASONS? Public Administration, 69(1), 3–19. https://doi.org/10.1111/j.1467-9299.1991.tb00779.x

Hudon, P.-A., & Rouillard, C. (2015). Critical Management Studies and public administration: Reinterpreting democratic governance using critical theory and poststructuralism: REFRAMING AND RECASTING DEMOCRATIC GOVERNANCE. Canadian Public Administration, 58(4), 527–548. https://doi.org/10.1111/capa.12132

Jaros, S. (2018). Expansive and Focused Concepts of Managerialism in CMS. Tamara - Journal for Critical Organization Inquiry, 16(1–2).

Jarzabkowski, P., Balogun, J., & Seidl, D. (2007). Strategizing: The challenges of a practice perspective. Human Relations, 60(1), 5–27. https://doi.org/10.1177/0018726707075703

Klikauer, T. (2015). What Is Managerialism? Critical Sociology, 41(7–8), 1103–1119. https://doi.org/10.1177/0896920513501351

Knights, D. (2009). Power at Work in Organizations. Em The Oxford Handbook of Critical Management Studies. Oxford University Press. https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199595686.013.0007

Knights, D., & Morgan, G. (1991). Corporate Strategy, Organizations, and Subjectivity: A Critique. Organization Studies, 12(2), 251–273. https://doi.org/10.1177/017084069101200205

Knights, D., & Willmott, H. (1989). Power and Subjectivity at Work: From Degradation to Subjugation in Social Relations. Sociology-the Journal of The British Sociological Association, 23(4), 535–558. https://doi.org/10.1177/0038038589023004003

Laclau, E. (2005). On populist reason. Verso.

Laclau, E., & Mouffe, C. (2015). Hegemonia e estratégia socialista: Por uma política democrática radical. Intermeios - Casa de Artes e Livros.

Levy, D., & Scully, M. (2007). The Institutional Entrepreneur as Modern Prince: The Strategic Face of Power in Contested Fields. Organization Studies, 28(7), 971–991. https://doi.org/10.1177/0170840607078109

Lukomska-Szarek, J., & Wlóka, M. (2013). Theoritical Basis of New Public Management. Polish Journal of Management Studies, 7.

Lyotard, J.-F. (2021). A condição pós-moderna (R. C. Barbosa, Trad.; 20o ed). Editora José Olympio.

Magalhães, I., Martins, A. R., & Resende, V. de M. (2017). Análise de discurso crítica: Um método de pesquisa qualitativa. Editora Universidade de Brasília.

Maitlis, S., & Lawrence, T. B. (2003). Orchestral Manoeuvres in the Dark: Understanding Failure in Organizational Strategizing*: Failure in Organizational Strategizing. Journal of Management Studies, 40(1), 109–139. https://doi.org/10.1111/1467-6486.t01-2-00006

Matias-Pereira, J. (2008). Administração pública comparada: Uma avaliação das reformas administrativas do Brasil, EUA e União Européia. Revista de Administração Pública, 42(1), 61–82. https://doi.org/10.1590/S0034-76122008000100004

Mendonça, D. (2003). A noção de antagonismo na ciência política contemporânea: Uma análise a partir da perspectiva da teoria do discurso. Revista de Sociologia e Política, 20, 135–145. https://doi.org/10.1590/S0104-44782003000100011

Mendonça, D. (2007). A teoria da hegemonia de Ernesto Laclau e a análise política brasileira. Ciências Sociais Unisinos, 43(3), 249–258.

Motta, F., & Alcadipani, R. (2004). O pensamento de Michel Foucault na teoria das organizações. São Paulo.

Motta, P. R. D. M. (2013). O estado da arte da gestão pública. Revista de Administração de Empresas, 53(1), 82–90. https://doi.org/10.1590/S0034-75902013000100008

Mouffe, C. (2005). Por um modelo agonístico de democracia. Revista de Sociologia e Política, 25, 11–23. https://doi.org/10.1590/S0104-44782005000200003

Moura, B. M., & Souza-Leão, A. L. M. D. (2024). Governed on their own terms: fans’prosumption of avengers endgame media paratexts. Revista de Administração de Empresas, 64(1), 1-24. ttps://doi.org/10.1590/S0034-759020240204

Onuma, F. M. S., Zwick, E., & Brito, M. J. D. (2015). Ideologia Gerencialista, Poder e Gestão de Pessoas na Administração Pública e Privada: Uma interpretação sob a ótica da Análise Crítica do Discurso. Revista de Ciências da Administração, 106–120. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2015v17n42p106

Peixoto, M. E. G., Alencar, C. N. D., & Ferreira, R. (2018). O OBJETO DA IDEOLOGIA NA TEORIA CRÍTICA DO DISCURSO. Linguagem em (Dis)curso, 18(1), 215–233. https://doi.org/10.1590/1982-4017-180112-5917

Resende, V. M., & Ramalho, V. (2017). Análise Do Discurso Crítica (2o ed). Editora Contexto.

Sobral, K. M., & Ribeiro, E. C. D. S. (2020). A concepção de hegemonia no pensamento de Antonio Gramsci. Cadernos do GPOSSHE On-line, 3(2), 90–106. https://doi.org/10.33241/cadernosdogposshe.v3i2.3361

Souza-Leão, A. L. M. D., Moura, B. M., & Nunes, W. K. D. S. (2022). Todos em um: influenciadores digitais como agentes de mercado da cultura pop. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 24, 247-274. https://doi.org/10.7819/rbgn.v24i2.4167

Spicer, A., Alvesson, M., & Kärreman, D. (2009). Critical performativity: The unfinished business of critical management studies. Human Relations, 62(4), 537–560. https://doi.org/10.1177/0018726708101984

Thompson, J. B. (2011). Ideologia e cultura moderna: Teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa (9o ed). Vozes.

Tomazini, C. G., & Leite, C. K. D. S. (2016). Programa Fome Zero e o paradigma da segurança alimentar: Ascensão e queda de uma coalizão? Revista de Sociologia e Política, 24(58), 13–30. https://doi.org/10.1590/1678-987316245801

Torfing, J. (2009). Power and Discourse: Towards an Anti Foundationalist Concept of Power. Em M. Haugaard & S. R. Clegg (Orgs.), The Sage Handbook of Power. Sage.

Vaara, E. (2014). Critical discourse analysis as methodology in strategy-as-practice research. Em D. Golsorkhi, L. Rouleau, D. Seidl, & E. Vaara (Orgs.), Cambridge Handbook of Strategy as Practice (2o ed, p. 491–505). Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/CBO9781139681032.029

Vaara, E., & Whittington, R. (2012). Strategy-as-Practice: Taking Social Practices Seriously. Academy of Management Annals, 6(1), 285–336. https://doi.org/10.5465/19416520.2012.672039

van Dijk, T. A. (2018). Discurso E Poder (2a). Editora Contexto.

Van Leeuwen, T. (2008). Discourse and practice: New tools for critical discourse analysis. Oxford University Press.

Whittington, R. (2006). Completing the Practice Turn in Strategy Research. Organization Studies, 27(5), 613–634. https://doi.org/10.1177/0170840606064101

Whittington, R. (2007). Strategy Practice and Strategy Process: Family Differences and the Sociological Eye. Organization Studies, 28(10), 1575–1586. https://doi.org/10.1177/0170840607081557

Wodak, R. (2009). The discourse of politics in action: Politics as usual. Palgrave Macmillan.

Downloads

Publicado

2024-05-22

Edição

Seção

Administração Pública