AS RELAÇÕES DE PODER SOBRE O CORPO EM MICHEL FOUCAULT E ERVING GOFFMAN

Autores/as

  • Milenna jordana Sousa Andrade UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
  • Milenna Jordana Sousa Andrade Universidade Federal de Campina Grande

Palabras clave:

Relações de poder. Corpo. Caps

Resumen

A violência e o poder sobre o corpo veio se constituindo sobre uma manifestação de desenvolvimento do poder na sociedade. René Girard (1923) argumenta que a base constitutiva da sociedade é que os homens vivem em permanente conflito e violência uns com os outros, devido serem governados por esse instintivo mimético, como um componente natural da sociedade humana. Nas sociedades mais simples sem o poder judiciário, o sacrifício teria como função minimizar esse gerador de conflitos, tendo em vista, que a violência estaria em todos. Segundo Girard, o que caracteriza o homem é o desejo da violência, como componente natural dos seus comportamentos, tendo como finalidade final a harmonia estabelecedora da ordem social. Com o desenvolvimento do poder civilizatório e moderno, julga-se muitas vezes como superior aos poderes anteriores das sociedades mais simples, consideradas “primitivas”, “incivilizadas”. No final das contas, as práticas e rituais de sacrifícios possuem a mesma finalidade que o próprio sistema judiciário moderno. Neste sentido, o presente trabalho visa construir uma leitura sobre as relações de poder a partir do pensamento de Michel Foucault (1977) e Erving Goffman (1961), frente às discussões da sociedade moderna disciplinar em contramão da história da tortura do corpo, aquilo que o poder silencia e a história deixa a margem.

Biografía del autor/a

Milenna jordana Sousa Andrade, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

Programa de Pós- Graduação em Ciências Sociais

Milenna Jordana Sousa Andrade, Universidade Federal de Campina Grande

Programa de Pós- Graduação em Ciências Sociais

Citas

Amarante, Paulo. Reforma Psiquiátrica e Epistemologia. Cad. Bras. Saúde Mental, Vol 1, n°1, jan – abr. 2009 (CD – ROM)

ANDRADE, Milenna Jordana de Sousa. “Doido é quem fala”: uma etnografia sobre sociabilidades e estigmas entre usuários/as CAPS de Sumé – PB. 2017

BRASIL, Ministério da Saúde – Reforma Psiquiátrica e Política de Saúde Mental no Brasil – Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos Depois de Caracas. Brasília, 07 a 10 de novembro de 2005.

BECKER, Howard. Outsiders: estudos de sociologia do desvio. 1. Ed. – Rio de Janeiro: Zahar, 1996.

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__________ Vigiar e Punir. Nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1977.

GIRARD, René. A violência e o Sagrado. 3°. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008.

GOFFMAN, Erving. Manicômios, prisões e conventos. São Paulo: Perspectiva, 1961.

Publicado

2023-07-11

Número

Sección

Artigos