AS RELAÇÕES DE PODER SOBRE O CORPO EM MICHEL FOUCAULT E ERVING GOFFMAN
Mots-clés :
Relações de poder. Corpo. CapsRésumé
A violência e o poder sobre o corpo veio se constituindo sobre uma manifestação de desenvolvimento do poder na sociedade. René Girard (1923) argumenta que a base constitutiva da sociedade é que os homens vivem em permanente conflito e violência uns com os outros, devido serem governados por esse instintivo mimético, como um componente natural da sociedade humana. Nas sociedades mais simples sem o poder judiciário, o sacrifício teria como função minimizar esse gerador de conflitos, tendo em vista, que a violência estaria em todos. Segundo Girard, o que caracteriza o homem é o desejo da violência, como componente natural dos seus comportamentos, tendo como finalidade final a harmonia estabelecedora da ordem social. Com o desenvolvimento do poder civilizatório e moderno, julga-se muitas vezes como superior aos poderes anteriores das sociedades mais simples, consideradas “primitivas”, “incivilizadas”. No final das contas, as práticas e rituais de sacrifícios possuem a mesma finalidade que o próprio sistema judiciário moderno. Neste sentido, o presente trabalho visa construir uma leitura sobre as relações de poder a partir do pensamento de Michel Foucault (1977) e Erving Goffman (1961), frente às discussões da sociedade moderna disciplinar em contramão da história da tortura do corpo, aquilo que o poder silencia e a história deixa a margem.
Références
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BECKER, Howard. Outsiders: estudos de sociologia do desvio. 1. Ed. – Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
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__________ Vigiar e Punir. Nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1977.
GIRARD, René. A violência e o Sagrado. 3°. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2008.
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