A BUSCA DO DIPLOMA COMO INSTRUMENTO DE RESISTÊNCIA: MULHERES NEGRAS EM CURSOS DE ALTO PRESTIGIO SOCIAL NA ERA DAS AÇÕES AFIRMATIVAS
Palabras clave:
Ações Afirmativas, Mulheres Negras, Ensino superior.Resumen
O presente trabalho trata-se de uma abordagem bibliográfica acerca do acesso de mulheres negras em cursos de alto prestígio mediante as ações afirmativas no Brasil. O objetivo deste trabalho está embasado na apresentação de um breve histórico acerca da relevância das políticas públicas de ações afirmativas e o impacto no ingresso de mulheres negras no ensino superior, visto as desigualdades de gênero e raça que embasam as relações no Brasil. As mulheres negras historicamente hipersexualizadas, exploradas e condicionadas ao lugar da subalternidade na sociedade brasileira, em contrapartida a universidade, historicamente um lugar de privilégio social e sobretudo racial. O acesso delas ao ensino superior é sem sombra de dúvidas uma conquista, colocando em pauta a necessidade da representatividade da mulher negra em cursos de alto prestígio como algo importante. Diante das transformações significativas da educação superior no Brasil, pertence a universidade refletir acerca das sujeitas que adentram o seu universo e a permanência nele.
Citas
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil,1988.
BRASIL, Lei de Diretrizes e B. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Lei N° 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Disponível em Acesso em 10 jan. 2019.
BRASIL. Decreto nº 7.234, de 19 de julho de 2010. Dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7234.htm> Acesso: 27 fev. 2019
.
BOURDIEU, Pierre. A escola conservadora: as desigualdades frente à escola e a cultura, In: NOGUEIRA, Maria Alice; CATANI, Afrânio (Org.). Escritos de educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998a. p. 30-70.
______. A dominação masculina. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, jul./dez. 1995.
CAVALLEIRO, Eliane dos Santos. Discursos e práticas racistas na educação infantil: a produção da submissão e do fracasso escolar. In: QUEIROZ, D. M. et. al. (Org.). Educação, racismo e anti-racismo. Salvador: UFBA, 2000. p. 193-219.
CRENSHAW, Kimberlé Williams. Documento para o Encontro de Especialistas em Aspectos da Discriminação Racial Relativos ao Gênero. Revistas Estudos Feministas: Florianópolis, semestre 1, 2002.
DECLARAÇÃO, DE DURBAN E. PLANO DE. AÇÃO. In: III Conferência Mundial de Combate Ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata. 2001. Disponível: <http://www.unfpa.org.br/Arquivos/declaracao_durban.pdf> Acesso: 10 março. 2019
FANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras Brancas. Salvador: EDUFA, 2008.
GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por
Emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017. 154 p.
GOMES, Nilma Lino. Mulheres negras e educação: trajetórias de vida, histórias de luta. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL O DESAFIO DA DIFERENÇA, ARTICULANDO GÊNERO, RAÇA E CLASSE UFBA, 2000, Salvador. Anais eletrônicos.... Disponível em: <http://www.desafio.ufba.br/gt6-008.html>. Acesso: 15 março. 2019.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução Tomaz Tadeu Silva, Guaracira Lopes Louro. 11. ed. Rio de Janeiro: DPeA, 2010.
HASENBALG. Carlos Alfredo. Discriminação e Desigualdades raciais no Brasil. Rio de Janeiro: Edições Graal. 1979.
HERINGER, Rosana R. Um balanço de 10 anos de políticas de ação afirmativa no Brasil.
Tomo, n. 24, p. 9-45, jan/jun, 2014.
HOOKS, Bell. Intelectuais negras. Estudos Feministas, n.2, p.464-478,1995.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Estatística de gênero- indicadores sociais das mulheres no Brasil. 2018. Disponível em:< https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101551_informativo.pdf >. Acesso em: 15 jan. 2019.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO
TEIXEIRA – INEP. MEC. Sinopses Estatísticas da Educação Superior: 1991-2012. Brasília:
INEP, 2013. Disponível em: < http://portal.inep.gov.br/sinopses-estatisticas> Acesso em: 13 jan. 2019
NOGUEIRA, Oracy. Preconceito racial de marca e Preconceito racial de origem. Tempo Social. São Paulo. v. 19. n.1. nov 2006. p.200-300.
PIOVESAN, Flávia. Ações afirmativas no Brasil: desafios e perspectiva. Estudos Feministas, Florianópolis, v.16.n.3, p.887-896, Set/Dez, 2008.
QUEIROZ, Delcele Mascarenhas. Raça, gênero e educação superior. 2001. 302 f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Educação, Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2001.
RETRATOS DO negro no Brasil. Rede Angola, Luanda, 24 out. 2014. Disponível em: <http://www.redeangola.info/multimedia/retrato-dos-negros-no-brasil/>. Acesso em: 10 jan.2019
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
 
							