Movimentos Sociais e Formas de Resistência Cotidiana: o processo de construção do açude cachoeira de Aurora, Ceará

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.51359/2675-3472.2020.248423

Resumen

O artigo apresentado é parte de pesquisa de mestrado e tem por objetivo analisar os conflitos sociais vivenciados durante a construção do açude Cachoeira no município de Aurora, no Cariri cearense, cerca de 470 quilômetros de distância da capital Fortaleza. No início do ano de 1987 o governador do Estado, Tasso Jereissati, implantou a política de recursos hídricos com o intuito de minorar as consequências da seca no Ceará, com isso, a partir da criação da Secretaria de Recursos Hídricos no Estado – SRH - diversos açudes foram construídos ao longo das bacias hidrográficas cearense. Na perspectiva política, as construções hídricas ganharam status de “modernização” do Estado, por outro lado, as grandes construções atingiram pequenas comunidades rurais, provocando desterritorialização de agricultores. A construção do açude Cachoeira iniciou-se em 1998, sendo concluído em meados dos anos 2000, envolto de conflitos sociais e marcado por resistência cotidiana.

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Biografía del autor/a

Joalysson Severo Batista, Universidade Federal de Campina Grande

Mestre em História pela Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. Especialista em História e Cultura Afro-brasileira pela Faculdade Batista de Minas Gerais - FBMG (2019). Possui graduação em História pela Universidade Regional do Cariri - URCA (2016). Pesquisa na área de História, com ênfase em história oral, resistência camponesa e movimentos sociais de "atingidos por barragem"

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Publicado

2021-05-19

Cómo citar

Batista, J. S. (2021). Movimentos Sociais e Formas de Resistência Cotidiana: o processo de construção do açude cachoeira de Aurora, Ceará. Revista Mutirõ. Folhetim De Geografias Agrárias Do Sul, 1(3), 123–138. https://doi.org/10.51359/2675-3472.2020.248423