Apontamentos sobre uma “leitura do Eu” em contos de Clarice Lispector
Resumo
Os apontamentos expostos no presente artigo constituem uma perspectiva
da proposta de verificar na narrativa de Clarice Lispector uma profícua
fonte para o escopo de obras utilizadas em aulas de Língua Portuguesa no início do
Ensino Médio. Ao pontuarmos sobre a questão da proximidade da ficção clariciana
com o aluno, tomamos por pedra de toque a possibilidade de encontro entre um
“eu” praticado tanto no texto da autora quanto na leitura do jovem. A premissa
justifica-se na medida em que se confluem algumas reflexões sobre a “tensão dissonante”
e a “pluralidade” que se dão na expressão de conteúdos complexos na
escrita moderna (FRIEDRICH, 1978), com o tratamento visual dado a uma “tensão
conflitiva” (NUNES, 1989), que se delineia nos contos de Clarice. O estudo tomará
os contos Os desastres de Sofia e Felicidade clandestina como exemplos desse gênero
representativo da obra clariciana. Finalmente, deter-nos-emos à linguagem
corrente e às imagens claras como símbolos de elementos abstratos da alma, que,
em seu texto, descrevem o que Arnaldo Franco Junior (2004) caracteriza como
uma “metáfora orgânica”.
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