A relação entre logos e anti-Intelectualismo na filosofia cínica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2357-9986.2020.248337

Palavras-chave:

Cinismo, logos, anti-intelectualismo, razão, Escrita, Fala

Resumo

O presente artigo tem como proposta analisar uma problemática que envolve a filosofia cínica, pois sabemos que o cinismo, segundo nos conta Diógenes Laércio, foi uma escola filosófica que tinha como base essencial a prática da ética, isto é, eles eram anti-intelectualistas e, consequentemente, negligenciaram os chamados “estudos acadêmicos”. No entanto, temos relatos de que vários cínicos foram bons oradores e/ou escritores, ou seja, há aqui, aparentemente, um paradoxo envolvendo os cães, pois ao mesmo tempo em que eles, supostamente, negligenciaram tais estudos eles o fizeram brilhantemente. Deste modo, nosso trabalho pretende investigar a função do logos na filosofia cínica. O logos, aqui em questão, é entendido em três formas de representação, a saber: como razão, escrita e fala.

Referências

BOAS, G. (1948). Essays on Primitivism and Related Ideas in the MiddleAges. New York: Octagon Books.

BRUNETTO, B.O.S. (2020). “O Pord de Crates e a Conversão deē Metrocles à Filosofia Cínica”. In: Prometheus, Jornal of Philosophy, n. 32,p. 203-220.

CAIZZI, F. D. (). Antisthenis Fragmenta. Milano: Istituto EditorialeCisalpino, 1966.

DESMOND, W. (2006). The Greek Praise of Poverty: Origins of AncientCynicism. South Bend: University of Notre Dame Press.

DESMOND, W. Cynics. (2008). Berkeley: Acumen Press & University ofCalifornia Press.

DIOGENES LAERTIUS. (1991). Lives of Eminent Philosophers. Trad. R.D. Hicks. Cambridge: Harvard University Press. Vol. 1.

DIOGENES LAERTIUS. (1991). Lives of Eminent Philosophers. Trad. R.D. Hicks. Cambridge: Harvard University Press, Vol. 2.

DIOGENES LAERTIUS. (2013). Lives of Eminent Philosophers. Ed:Tiziano Dorandi. Cambridge: Cambridge University Press.

DIOGENES LAERTIUS. (2014). Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres.Trad: Mário da Gama Kury. Brasília: Editora UnB.

DUDLEY, D.R. (1937). A History of Cynicism. From Diogenes to the 6thCentury A.D.London, Methuen & Co. Ltd.

GOULET-CAZÉ, M-O. e GOULET, R. (1993). Le Cynisme Ancien et SesProlongements.Paris: Presses Uníversitaires de France.

GOULET-CAZÉ, M-O. e BRANHAM, R.B. (2007). Os Cínicos. O Movimento Cínico na Antiguidade e seu Cegado. São Paulo: Edições Loyola.

HARD, R. (2012). Diogenes, the Cynic. Sayings and Anecdotes. With OtherPopular Moralists. New York: Oxford University Press.KRUEGER, D. (1993). “O Indecente e a sociedade. O despudor de Diógenes na cultura imperial romana.” In: GOULET-CAZÉ, M-O. eGOULET, R. Le Cynisme Ancien et Ses Prolongements.Paris: PressesUníversitaires de France, p. 245-264.

FLORES-JÚNIOR, O. (1999b). “Nota sobre o sentido de typhos na tradição cínica”. In: MENDES, E. A. M.; OLIVERIA, P. M.; BENN-IBLER, V.Revisitações: edição comemorativa dos 30 anos da Faculdade de Letras/UFMG. BeloHorizonte: UFMG/FALE, p. 421-429.

FLORES-JÚNIOR, O. (2017). “Paradoxes cyniques: l’activité littéraired’Antisthène et de Diogène de Sinope”. In: Nuntius Antiquus, BeloHorizonte, v. 13, n. 2, p. 117-136.

MEILLAND, J-M. (2019). “O Anti-intelectualismo de Diógenes, o Cínico.”Trad. Brenner Brunetto Oliveira Silveira e George Felipe Bernardes BarbosaBorges. In: Prometheus: Journal of Philosophy, n. 29, Janeiro-Abril, p. 53-72.

NAVIA, L.E. (1996). Classical Cynicism. A Critical Study. Westport(Connecticut) and London: Greenwood Press.

NAVIA, L.E. Antisthenes of Athens. Setting the World Aright. Westport(Connecticut) and London: Greenwood Press, 2001.

NAVIA, L.E. Diógenes, o Cínico. Trad. João Miguel Moreira Auto. SãoPaulo: Editora Odysseus, 2009.

PRINCE, S. Antisthenes of Athens: Texts, Translations and Commentary.Ann Arbor: University of Michigan Press, 2015.

WIENER, P.P. Dictionary of the History of Ideas. Vol. III. New York:Charles Scribner’s Sons, 1973.

Downloads

Publicado

2020-09-23

Edição

v. 47 n. 1 (2020): Estoicismo

Seção

Dossiê Estoicismo

Licença

A Revista Perspectiva Filosófica orienta seus procedimentos de gestão de artigos conforme as diretrizes básicas formuladas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). http://www.cnpq.br/web/guest/diretrizes

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

  1. Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

  2. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista (Consultar http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html).

Licença Creative Commons
Esta revista está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.