A dedução das categorias como garantia da possibilidade dos juízos sintéticos a priori

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.252323

Palavras-chave:

conceitos do entendimento, dedução das categorias, intuições da sensibilidade, justificação do conhecimento científico, possibilidade dos juízos sintéticos a priori

Resumo

Este trabalho aborda a caracterização epistemológica inerente à estrutura proposicional definida, problematizada e justificada por Kant como “juízo sintético a priori”. Inicialmente, o problema é especificado, a partir da argumentação de Kant na primeira edição da Crítica da razão pura, assim como no interlúdio dos Prolegômenos e, por fim, na sua versão definitiva dos textos dos Progressos da metafísica e da segunda edição da Crítica da razão pura. Depois, são apresentadas, descritas e justificadas as ferramentas oferecidas por Kant para abordagem do problema, a saber, intuições no domínio da sensibilidade e conceitos no domínio do entendimento. Por fim, é analisado o argumento da dedução das categorias apresentado na segunda edição da Crítica da razão pura, enquanto fundamento de prova da possibilidade dos juízos sintéticos a priori. A conclusão apresentada é a de que o argumento da dedução das categorias da segunda edição da Crítica fornece a prova cabal de justificação das proposições científicas enquanto juízos sintéticos a priori.

Biografia do Autor

Adriano Perin, Instituto Federal de Santa Catarina, Criciúma

Departamento de ciências humanas e linguagens.

Danilo Ribeiro Medeiros, Instituto Federa de Santa Catarina

Curso Tecnólogo em Segurança Pública.

Gabriel Dutra Henrique, Instituto Federal de Santa Catarina

Curso Técnico Integrado em Química.

Referências

ALLISON, Henry E. Kant’s transcendental idealism: an interpretation and defense. Rev. and enl. ed. Yale University Press: New Haven and London, 2004.

ALTMANN, Sílvia. “Lógica geral e lógica transcendental”. In: Klein, Joel Thiago. (Org.). Comentário às obras de Kant: Crítica da razão pura. 1ed. Florianópolis: Nefipo, 2012, p. 179-226.

ANDRADE, Patricia Kemerich de. Dedução Transcendental: a solução de Kant para o problema da metafísica na “Crítica da Razão Pura". 2019. 123 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Filosofia, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2019.

ARANALDE, Michel Maya. “Reflexões sobre os sistemas categoriais de Aristóteles, Kant e Ranganathan”. Ciência da Informação, v. 38, n. 1, p. 86-108, 2009.

BECKENKAMP, Joãosinho. “Kant e a discursividade do entendimento”. Analytica, v. 15, n. 1, p. 109-124, 2011.

CARSON, Emily. “Sensibilidade: espaço e tempo, idealismo transcendental”. In: DUDLEY, Will; ENGELHARD, Kristina (Ed.). Immanuel Kant: conceitos fundamentais. Trad. Fábio Creder. Petrópolis: Vozes, 2020. p. 46-66.

CAYGILL, H. Dicionário Kant. Trad. Álvaro Cabral; revisão técnica Valério Rohden. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1995.

CHAVES, Eduardo C. A filosofia moderna e Descartes, 2010. Disponível em: <http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/FILOSOFIA/Artigos/descartes.pdf>. Acesso em: 24 abr. 2021.

DA FONSECA, Pedro Manuel Cabral. A possibilidade dos juízos sintéticos a priori na Crítica da razão pura, 1990. Disponível em: <http://www.pedro-fonseca.com/pt/filosofia/kant.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2021.

DA SILVEIRA, Fernando Lang. “A teoria do conhecimento de Kant: o idealismo transcendental. Caderno brasileiro do ensino de física, v.19, p. 28-51, 2002.

FENGLER, Dayane. Conhecimento simbólico na filosofia kantiana da matemática. 2005. 145 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2005.

HÖFFE, Otfried. Immanuel Kant. Trad. Christian Viktor Hamm e Valerio Rohden. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

KANT, Immanuel. Kritik der reinen Vernunft (KrV). Hrsg. von Raymundé Schmidt. Hamburg: Meiner, 1993 (Philos. Bibliothek, Bd. 37). Trad. Fernando de Costa Mattos. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2015.

KANT, Immanuel. Prolegomena zu einer jeden künftigen Metaphysik (Prol). In: Akademie-Textausgabe, Bd. 04. Berlin: de Gruyter, 1968; Anmerkungen, Berlin/New York: de Gruyter, 1977. Trad. Artur Mourão. Lisboa: Edições 70, 2013.

KANT, Immanuel. Fortschritte der Metaphysik (FM). In: Gesammelte Schriften, ed. königlich preuβische (spätter deutsche) Akademie der Wissenschaften. Bd. 20. Berlin und Leipzig: de Gruyter, 1971. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1995.

KLEIN, Joel Thiago. “Análise dos Fundamentos da distinção Kantiana entre Noumenon e Fenômeno”. Argumentos: Revista de Filosofia, v. 3, n. 1, p. 25-35, 2010.

LEIBNIZ, Freiherr von Gottfried Wilhelm. Theodicy: essays on the goodness of God, the freedom of man and the origin of evil. Trad. E.M. Huggard. Oxford: Bibliobazaar, 2007.

LESSA, Pedro Augusto Carneiro. “O idealismo transcendental, ou criticismo, de Kant”. Revista da Faculdade de Direito de São Paulo, v. 10, p. 217-242,1902.

LONGUENESSE, Béatrice. Kant e o poder de julgar. Trad. João Geraldo Martins da Cunha e Luciano Codato. Campinas: Unicamp, 2019.

PEREIRA, Rômulo Martins. “A herança de Hume ao pensamento teórico de Kant”. Revista Ética e Filosofia Política, v. 1, n. 17, p. 156-164, 2014.

PERIN, Adriano. “Sobre o argumento da dedução transcendental na segunda edição da Crítica da razão pura”. Studia kantiana, v. 6, n. 6/7, p. 83-120, 2008.

PERIN, Adriano. “Kant and the ‘Mystery Hidden’ in the Critique of Pure Reason: A Methodological Approach to the A-Deduction Argument”. Manuscrito, vol. 41, n. 2, p. 53-88, 2018.

PRETTI, Daniel do Valle. “Introdução à teoria do conhecimento kantiana: a mudança de perspectiva com relação ao papel da sensibilidade na cognição”. Revista Ítaca, v. 31, n. 6, p. 92-108, 2017.

SANDOVAL, Rafael. “Sobre a certeza nos juízos sintéticos a priori”. Pólemos, v. 3, n. 6, p. 181-197, 2015.

Downloads

Publicado

2022-10-27