Teorias da conspiração: por que algumas não valem um caracol

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2357-9986.2021.250759

Palavras-chave:

teorias da conspiração, A ética da crença, risco indutivo, racionalidade epistêmica

Resumo

Neste artigo, mapeio o terreno da discussão em torno das teorias da conspiração, destacando o problema de como defini-las, os fatores que levam à crença nas teorias da conspiração, os seus potenciais prejuízos e como devemos reagir a elas. Defendo que devemos avaliar as consequências da crença em uma teoria da conspiração para determinar se ela deve ser levada a serio ou não. Em bloco, as teorias da conspiração ameaçam a capacidade coletiva de produção de conhecimento e devemos nos preocupar com a sua difusão.

Biografia do Autor

Eros Moreira de Carvalho, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Eros Moreira de Carvalho é professor Associado do departamento de filosofia da UFRGS e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Entre março de 2017 e fevereiro de 2018, o Professor Eros Carvalho realizou visita acadêmica na University of Edinburgh pelo programa da CAPES de Estágio Sênior no Exterior. É membro do Enactive Cognition and Narrative Research Group (University of Wollongong Australia). O professor Eros Carvalho tem experiência nas seguintes áreas da Filosofia: epistemologia, filosofia geral da ciência e filosofia das ciências cognitivas. Suas pesquisas lidam principalmente com questões relacionadas ao conhecimento perceptivo, ao conhecimento obtido por inferência indutiva e à filosofia das ciências cognitivas.

Referências

CARVALHO, E. M. As humanidades e o uso adequado das ciências. Estado da Arte, maio 2020a. Disponível em: https://estadodaarte.estadao.com.br/humanidades-ciencias-eros/. Acesso em: 09 jun 2021.

CARVALHO, E. M. Por que confiar na ciência? Jornal da Universidade (UFRGS), p. 1–3, maio 2020b. Disponível em: https://www.ufrgs.br/jornal/por-que-confiar-na-ciencia/. Acesso em: 09 jun. 2021.

CASSAM, Q. Descaso epistêmico. Critica, p. 1–19, 2018. Disponível em: https://criticanarede.com/descaso.html. Acesso em: 09 jun. 2021.

CASSAM, Q. Conspiracy Theories. Cambridge: Polity Press, 2019a.

CASSAM, Q. Vices of the mind: from the intellectual to the political. Oxford: Oxford University Press, 2019c.

COADY, D. (ED.). Conspiracy Theories. The Philosophical Debate. Hampshire: Ashgate Publishing Company, 2006.

DOUGLAS, HEATHER. Inductive Risk and Values in Science. Philosophy of Science, v. 67, n. 4, p. 559–579, 2000.

FELDMAN, S. Counterfact Conspiracy Theories. International Journal of Applied Philosophy, v. 25, n. 1, p. 15–24, 2011.

HEIDER, F.; SIMMEL, M. An Experimental Study of Apparent Behavior. The American Journal of Psychology, v. 57, n. 2, p. 243, abr. 1944.

JAMES, W. A Vontade de Acreditar. In: MURCHO, D. (Ed.). A Ética da Crença. Lisboa: Editorial Bizâncio, 2010. p. 137–174.

KEELEY, B. L. Of Conspiracy Theories. The Journal of Philosophy, v. 96, n. 3, p. 109–126, mar. 1999.

MEDEIROS, E. V.; AZEVEDO, M. A. Are Collectives more Conspiratorial than individuals? In: GREENE, R.; GREENE, R. (Eds.). Conspiracy Theories: philosophers connect the dots. Chicago: Open Court Publishing Company, 2020.

MUIRHEAD, R.; ROSENBLUM, N. L. A lot of people are saying: the new conspiracism and the assault on democracy. New Jersey: Princeton University Press, 2019.

POPPER, K. R. A Sociedade Aberta e Seus Inimigos. São Paulo: Editora Itatiaia, 1974.

ROOZENBEEK, J. et al. Susceptibility to misinformation about COVID-19 around the world. Royal Society Open Science, v. 7, n. 10, p. 201199, out. 2020.

ROWLANDS, M. The Philosopher and the Wolf: Lessons from the Wild on Love, Death and Happiness. Granta Books, 2009.

VAN PROOIJEN, JAN-WILLEM. The Psychology of Conspiracy Theories. London: Routledge, 2018.

Downloads

Publicado

2021-11-01

Edição

Seção

Fluxo Contínuo