Da relação entre linguagem e subjetividade na obra tardia de Martin Heidegger

Autores

  • Maurício Fernando Pitta Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.51359/2357-9986.2018.230353

Palavras-chave:

filosofia, linguagem, ontologia, subjetividade, técnica, topologia

Resumo

Esta artigo centra-se na relação problemática entre subjetividade e linguagem; mais especificamente, na possibilidade ou impossibilidade de alguma forma de prioridade semântica do sujeito em sua relação com a linguagem quando posta diante dos principais escritos sobre linguagem na filosofia tardia de Martin Heidegger, com enfoque na conferência O caminho para a linguagem, de 1959. Para a modernidade, a linguagem é expressão da atividade interior do espírito. Tal concepção é apontada e criticada por Heidegger sua conferência, na qual afirma, em oposição a ela, que a linguagem, mais do que expressão subjetiva, é o caminho no qual o homem, “ente dizente”, já sempre se encontra de início. Neste trabalho, introduziremos, primeiramente, alguns pressupostos heideggerianos de sua obra posterior à fase de Ser e tempo e conceitos característicos dessa etapa, tais como Ereignis, alétheia e tópos, a fim de articular, ao fim, sua concepção tardia de linguagem e contrapô-la à concepção técnica de linguagem, própria da modernidade.

Biografia do Autor

Maurício Fernando Pitta, Universidade Federal do Paraná

Doutorando em Filosofia pela UFPR e Mestre em Filosofia pela UEL

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Publicado

2020-06-25

Edição

Seção

Artigos Variados