Influências estoicas em Shaftesbury: natureza e virtude

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.51359/2357-9986.2020.248340

Palabras clave:

Shaftesbury, afecções, natureza, virtude, felicidade.

Resumen

Shaftesbury é geralmente lembrado por conta da influência que exerceu so- bre outros moralistas britânicos do século XVIII, tais como Francis Hutcheson e David Hume. É, também, considerado um precursor do romantismo. Um aspecto menos estudado (mas igualmente importante) de sua obra diz respeito às influências que teria sofrido da tradição estoica. Pretende-se, com este artigo, apresentar uma leitura da relação entre natureza e afecções que leve em conta não apenas a maneira como Shaftesbury se insere, em uma tentativa de responder à concepção hobbesiana acerca da moralidade, no debate sobre os fundamentos da moral que é característico de seu tempo, mas também a maneira como o autor lida com a influência que sofreu de autores como Epicteto e Marco Aurélio. Para isso, obras como Uma Investigação sobre a Virtude, ou Mérito e Os Moralistas serão analisadas considerando-se as relações que guardam com os Exercícios (Askhmata), obra que Shaftesbury não pretendeu publicar e na qual as inspirações estoicas do autor são bastante explícitas.

Citas

BEAUCHAMP, T. (1998). “Annotations”. In HUME, David, An Enquiryconcerning the Principles of Morals.Oxford: Oxford University Press.

EPICTETO. (2012). O Encheirídion de Epicteto. Tradução de Aldo Dinuccie Alfredo Julien. São Cristóvão: Viva Vox.

HOBBES, Thomas. (1997). Leviatã. Tradução de João Paulo Monteiro. SãoPaulo: Nova Cultural.

MARCO AURÉLIO, EPICTETO. (1964). Pensées pour moi-même –Manuel D’Épictète. Tradução de Mario Meunier. Paris: GF Flammarion.

MEUNIER, M. (1964). “Marc Aurèle”. In MARCO AURÉLIO,EPICTETO. Pensées pour moi-même – Manuel D’Épictète. Tradução deMario Meunier. Paris: GF Flammarion.

PIMENTA, Pedro Paulo. “Apresentação”. (2016). In SHAFTESBURY, A.Exercícios (Askhmata). Tradução de Pedro Paulo Pimenta. São Paulo:UNESP.

SCHLEGEL, Dorothy B. (1956). Shaftesbury and the French Deists.Chappel Hill: University of North Carolina Press.

SELLARS, J. (2016). “Shaftesbury, Stoicism and Philosophy as a Way ofLife”. Sophia, 55:3, p. 395-408.

SHAFTESBURY, A. A. C. (2003). Characteristics of Men, Manners,Opinions, Times. Edited by Lawrence Klein. Cambridge: CambridgeUniversity Press.

SHAFTESBURY, A. A. C. Exercícios (Askhmata). (2016). Tradução de Pedro Paulo Pimenta.São Paulo: UNESP.

SHAFTESBURY, A. A. C. “Pathologia, A Theory of the Passions”. Tradução de LaurentJaffro, Christian Maurer e Alain Petit. History of European Ideas, 39:2, p.221-240.

STUART-BUTTLE, T. (2015). “Shaftesbury Reconsidered”. Locke Studies,15, p. 163-213.

TIFFANY, E. A. (1923).“Shaftesbury as Stoic”. PMLA, 38:3, p. 642-684.

Publicado

2020-09-23

Número

Sección

Dossiê Estoicismo