Saberes ancestrais na filosofia afrorreferenciada de Dona Toinha: Água Preta, pertencimento, território e cuidado
DOI:
https://doi.org/10.51359/2357-9986.2021.249084Palabras clave:
Dona Toinha, saberes ancestrais, territorialidade, filosofia africana, aquilombamentoResumen
Esse artigo tem o intuito de trazer saberes ancestrais afrorreferenciados tecidos pela voz de Dona Toinha, liderança do Quilombo Água Preta, Tururu – CE. Esses saberes são oriundos de suas escrevivências encruzilhadas com minhas andanças. Escrevivências tecidas por escuta sensível, pela ética do cuidado, relação ancestral com a natureza e o território em um movimento de enraizamento, pertencimento e aquilombamento. Dona Toinha em diálogo com outras vozes nos ensina sobre adiar o fim do mundo, sendo ela uma cabaça da existência. Nesse sentido, o texto apresenta-se como perspectiva de descolonização do conhecimento dialogando com as filosofias africanas desde sua diáspora em terras brasileiras.
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