Heidegger através do espelho: da questão sobre a técnica ao artificialismo radical

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.250055

Palabras clave:

tecnociência, psicanálise, pulsão, artificialismo

Resumen

Nosso objetivo nesse artigo será reconsiderar as críticas heideggerianas à chamada “era técnica” à luz da teoria psicanalítica de MD Magno. Ancorado em uma “metafísica da linguagem”, Heidegger faz uma leitura negativa da tecnociência como máximo esquecimento do Ser. Partindo de uma base pulsional, Magno nos mostra outra possibilidade: considerar a potência do radical art, na tradução latina de techne, para pensar a lógica de constituição de tudo o que há como arte, artifício e articulação.

Biografía del autor/a

Diogo Bogéa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professor de Filosofia e Psicanálise na Faculdade de Educação da UERJ. Doutor e Mestre em Filosofia pela PUC-Rio. Graduado em História pela UERJ-FFP.

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Publicado

2022-08-11

Número

Sección

Dossiê temático A physis em uma filosofia da técnica pós-heideggeriana