Moralidade intersubjetiva e política passional: abordagens sobre a dimensão emotiva da luta social
Palavras-chave:
movimentos sociais, ação coletiva, emoções, reconhecimentoResumo
O artigo propõe um cotejo entre duas vertentes contemporâneas de teoria dos movimentos sociais que visam apreender o papel das emoções para a análise do conflito: os estudos de James Jasper, Francesca Polletta e Jeff Goodwin sobre política passional, erigidos sobre as balizas da Teoria do Processo Político; e a Teoria do Reconhecimento de Axel Honneth, onde são lançadas bases para uma renovação da Teoria Crítica. Através de uma revisão bibliográfica, busca-se identificar os pontos de convergência e divergência entre as duas propostas, indicando possibilidades de interlocução capazes de um enriquecimento mútuo entre as abordagens, a despeito das diferenças filosóficas irredutíveis que se verifica entre elas.Referências
ALONSO, Angela. As teorias dos movimentos sociais: um balanço do debate. In: Lua Nova, n.76, 2009.
BENFORD, Robert; SNOW, David. Ideology, frame ressonance, and participant mobilization. In: International Social Movements Research, n. 1, 1988.
FRASER, Nancy. Justice Interruptus: Critical Reflections on ‘Postsocialist’ Condition. New York: Routledge, 1997.
GOODWIN, J.; JASPER, J.M.; POLLETTA, F. Introduction: why emotions matter. In: GOODWIN, J.; JASPER, J.M.; POLLETTA, F. (orgs.) Passionate Politics: emotions and social movements. Chicago: The University of Chicago Press, 2001.
GOODWIN, J.; JASPER, J.M.; POLLETTA, F. Emotional Dimensions of Social Movements. In: KRIESI, H; SNOW, D.A.; SOULE, S.A. The Blackwell Companion to Social Movements. Malden, MA: Blackwell Publishing, 2004.
HABERMAS, Jürgen. New Social Movements. In: Telos, New York, n. 49, 1981.
HEGEL, Georg W. F. System of Ethical Life (1802/3) and first Philosophy of Spirit(1803/4). Albany: State University of New York Press, 1979.
HONNETH, Axel. The Critique of Power: reflective stages in a Critical Social Theory. Cambridge: The MIT Press, 1991.
HONNETH, Axel. Teoria Crítica. In: GIDDENS, A.; TURNER, J. (orgs). Teoria Social Hoje. São Paulo: Editora UNESP, 1999.
HONNETH, Axel. Luta por Reconhecimento: a gramática moral das lutas sociais. São Paulo: Editora 34, 2003.
HONNETH, Axel. O Eu no Nós: reconhecimento como força motriz de grupos. In: Sociologias, ano 15, n. 33, 2013.
HORKHEIMER, Max. Teoria Tradicional e Teoria Crítica. In: Horkheimer & Adorno, São Paulo: Nova Cultural, 1991 (coleção Os pensadores).
JASPER, James M. The Art of Moral Protest. Chicago: University of Chicago Press, 1997.
JASPER, James M. The Emotions of Protest: affective and reactive emotions in and around social movements. Sociological Forum, vol. 13, n. 3, 1998.
JASPER, James M. Emotions and Social Movements: twenty years of theory and research. In: The Annual Review of Sociology, vol. 37, n. 14, 2011.
KLANDERMANS, Bert; ROGGEBAND, Conny. Handbook of Social Movements Across Disciplines. New York: Springer, 2007.
McADAM, D.; TARROW, S. Movimentos Sociais e Eleições: por uma compreensão mais ampla do contexto político da contestação. In: Sociologias. Porto Alegre, ano 13, n. 28, 2011.
McCARTHY, J. D.; ZALD, M. N. Resource Mobilization and Social Movements: a partial theory. In: American Journal of Sociology¸ vol 82, n. 6, 1977.
MELUCCI, Alberto. The new social movements: a theoretical approach. Social Science Information, vol. 19, n. 2, 1980.
TARROW, Sidney. Power in Movement: social movements and contencious politics. New York: Cambridge University Press, 2011.
TILLY, Charles. From Mobilization to Revolution. Reading, MA: Addison-Wesley, 1978.
TOURAINE, Alain. Os novos conflitos sociais: para evitar mal-entendidos. In: Lua Nova, n. 17, p. 1989.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A Revista Perspectiva Filosófica orienta seus procedimentos de gestão de artigos conforme as diretrizes básicas formuladas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). http://www.cnpq.br/web/guest/diretrizesAutores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista (Consultar http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html).

Esta revista está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.