Considerações acerca de uma estética negativa em Theodor W. Adorno
DOI:
https://doi.org/10.51359/2357-9986.2017.230358Palavras-chave:
teoria estética, arte, autonomia, ética, Theodor W. AdornoResumo
A obra de arte é um fato social. É um produto social de indivíduos sociais, e sua lógica é construída a partir dessa visão. Mas deve principalmente ser autônoma. É na arte que a radicalidade da dialética encontra sua maior expressão. Pois, sendo expressão dialética e, ainda, negativa, ela é ao mesmo tempo social e antissocial. É a partir desta tensão entre autonomia e determinação que é desenvolvida a Teoria Estética (Ästhetische Theorie). O objetivo deste texto é, neste sentido, apresentar a radicalidade da teoria estética negativa adorniana como uma tentativa de trazer à luz não só outro esquecido pela razão moderna, mas, e de forma mais específica, pensar a liberdade em meio a uma sociedade de não-liberdade. A estética negativa, enquanto sensibilidade e movimento para o não-idêntico é, neste sentido, moção e fundamento de apoio à ética, enquanto propensão a uma possível vida menos errada.
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