Transteísmo: uma abordagem entre Kierkegaard e Heidegger
DOI:
https://doi.org/10.51359/2357-9986.2017.241179Palavras-chave:
transteísmo, subjetividade, verdadeResumo
O trabalho almeja analisar a influência de Kierkegaard em Heidegger, especificamente na questão da subjetividade. Por transteísmo, deve ser compreendida a abordagem de Tillich, de que as práticas sociais são secularizações de rituais religiosos, de modo que, sem pender para o teísmo ou para o ateísmo, a prática social pode se desenvolver independentemente de ser atrelada a uma dessas perspectivas, podendo cada um encontrar a Deus subjetivamente. Tem como objetivo mais amplo analisar como, transteisticamente, Heidegger assimila a verdade como subjetividade. De maneira específica, visa apontar o caráter ontológico da descrição da subjetividade em Kierkegaard, indicar um paralelo teológico na obra heideggeriana a respeito desse tema, e, ressaltar o elemento transteísta que permeia essa remodelagem heideggeriana. Como resultado, aponta que Heidegger transforma a posição teológica de Kierkegaard em um apontamento filosoficamente relevante, algo deveras importante na filosofia continental contemporânea. Conclui que a abordagem transteística dada por Heidegger traduz em termos laicos a proposta da subjetividade como verdade de Kierkegaard, tomando o tempo como contexto interpretativo para o Dasein, na primeira fase de seu pensamento (Ser e Tempo).Referências
ADAM, R. J. (2016) Education for wicked problems and the reconciliation of opposites: atheory of bi-relational development. New York: Routlegde.
BEISER, F. C. (2014) The Genesis of Neo-Kantianism: 1796-1880. Oxford:Oxford University Press.
CHAPELLE, A. (1964) Hegel et la religion. Paris: Éditions Universitaires.
CIPRIANI, R. (1998) Manual de sociologia da religião. Trad. de Ivo Storniolo. SãoPaulo: Paulus.DULCKEIT, G. (1947) Die idee gottesim geiste der philosophie Hegels. Munich: Rinn.
HEGEL, G. W. F. (1977) Phenomenology of spirit. Trad. A. V. Miller. Oxford:Oxford University Press.
HEIDEGGER, M. (2008) Ser e tempo. Trad. de Márcia Sá Cavalcante Schüback.3. ed. Rio de Janeiro: Vozes.
HODGSON, P. C. (2005) Hegel and christian theology: a reading of the lectures on thephilosophy of religion. Oxford: Oxford University Press.
KADVANY, J. D. (2001) Imre Lakatos and the guises of reason. Durham, NC:Duke University Press.
KARKKAINEN, V. (2014) Trinity and revelation. Grand Rapids: William B.Eerdmans Publishing Company.
KIERKEGAARD, S. (2010) Post scriptum no científico y definitivo a “Migajasfilosóficas”.Trad. de Javier Teira e Nekane Legarreta. Salamanca: EdicionesSígueme.
KÜNG, H. (1974) La encarnación de Dios: introducción al pensamiento de Hegel comoprolegómenos para una cristología futura. Trad. Raul Jimeno. Barcelona: Herder.
LAUER, Q. (1977) Essays in hegelian dialectic. New York: Fordham UniversityPress.
LEACH, R. et al. (2015) Puṣpikā: tracing ancient India through texts and traditions.Oxford: Oxbow Books.
LUQUEER, F. L.(1896) Hegel as educator. New York: Macmillan.
MARX, K. (2008) Para a crítica da filosofia do direito de Hegel. Trad. de ArturMorão. Covilhã: Lusosofia.
MILBANK, J. (2006) Theology and social theory: beyond secular reason. Oxford:Blackwell.
NUZZO, A. (2013) Hegel on religion and politics. Albany: SUNY Press.
SHARMA, A. (2001) A jaina perspective on the philosophy of religion. Delhi: MotilalBanarsidass Publishers.
STEINHART, E. (2000) On Nietzsche. Belmont, CA: Wadsworth/ThomsonLearning.
TILLICH, P. (2014) The courage to be. New Haven: Yale University Press.
VITSAXIS, V. (2009) Thoughtand faith: comparative philosophical and religious conceptsin ancient Greece, India, and Christianity. Boston: Somerset Hall Press.
WILLIAMS, R. R. (2013) Tragedy, recognition, and the Death of God: studies in Hegeland Nietzsche. Oxford: Oxford University Press.
WITTGENSTEIN, L. (2015) Tractatus logico-philosophicus. Trad. D.F. Pears &B.F. McGuinness. London: Routledge.
ZIMMER, H. (2013) Philosophies of India. New York: Routledge
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A Revista Perspectiva Filosófica orienta seus procedimentos de gestão de artigos conforme as diretrizes básicas formuladas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). http://www.cnpq.br/web/guest/diretrizesAutores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista (Consultar http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html).

Esta revista está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.