As mulheres na filosofia: relatos de uma pesquisa
DOI:
https://doi.org/10.51359/2357-9986.2017.241181Palavras-chave:
saber, poder, masculino, feminino, místicaResumo
Minha participação nesta mesa-redonda é fruto de uma provocação. Trata-se de tentar responder a pergunta feita por uma ou outra pessoa da Filosofia: “por que não há mulheres filósofas?”. Na Contemporaneidade, por exemplo, muitas mulheres se destacaram no cenário da filosofia, nomes como o de Hannah Arendt, Simone Weil, Edith Stein e Maria Zambrano são apenas algumas ilustrações de uma escrita que estamos chamando de feminina e que pode e deve ser resgatada. Na Idade Média, meu recorte nesta mesa-redonda, apesar de um maior domínio da figura masculina, também houve um pensamento feminino mais ligado, entretanto, à mística. Encontramos, assim, uma gama de escritoras femininas que, de alguma forma, nos permite pensar numa reescritura da história, sejam seus textos lidos como transgressores, destituídos de sentido ou, simplesmente, escritos mais com o corpo do que com a razão. É o pensamento dessas mulheres que queremos trazer à tona, oferecendo uma possível reflexão sobre saber e poder na Filosofia Medieval.
Referências
BATTERSBY, Christine. Philosophy: the recalcitrante discipline. Woman: A Cultural Review v. 3, n. 2, p. 121-132.
CHRISTINE DE PIZAN. A Cidade das damas. Trad. de L. E. Deplage. JoãoPessoa: Editora UFPB, 2012.
CIRLOT, Victoria e GARÍ, Blanca. La mirada interior: escritoras místicas yvisionarias em la Edad Media. Barcelona: Ediciones Martínez Roca, 1999.
DEPLAGNE, Luciana Calado (org.). As intelectuais na Idade Média: pensadoras,místicas, cientistas e literatas. João Pessoa: Editora UFPB, 2015.
FERREIRA, Maria Luisa Ribeiro. As mulheres entram na Filosofia. Philosophica,Lisboa, v. 18, p. 61-77, 2001.
FERREIRA, Maria Luisa Ribeiro. Spinoza, Hobbes e a condição feminina. In:O que os filósofos pensamsobre as mulheres. São Leopoldo: Editora UNISINOS, 2010, p.137-164.
FERREIRA, Maria Luisa Ribeiro. Apresentação. In:O que os filósofos pensam sobre as mulheres. SãoLeopoldo: Editora UNISINOS, 2010, p.7-15.
LLYOD, Geneviève. The man of the reason: male and female in WesternPhilosophy. London: Routledge, 1994.
MOULTON, Janice. A paradigma of philosophy: the adversary method. In:GARRY, Anne; PEARSALL, Marilyn (eds.). Women, knowledgeand reality:explorations in feminist philosophy. London: Routledge, 1996, p. 5-20.
PACHECO, Juliana (org.). Mulher e filosofia: as relações de gênero nopensamento filosófico. Porto Alegre: Editora fi, 2015.
PACHECO, Juliana (org.). Filósofas: a presença das mulheres na filosofia.[recurso eletrônico].Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2016.
PIOVEZANI, Helenice Vieira. As mulheres na filosofia. Belo Horizonte: NovaAcrópole, 2016
RUDICK, Sarah. Maternal thinking: towards a politics of peace. Boston: BeaconPress, 1989.
TUANA, Nancy. Woman and the history of philosophy. New York: Paragon House,1992.
WAITHE, Mary Ellen (org.). Women philosophers. Dordrecht/Boston/Lancaster:Martinus NijhoffPublishers, 1987 (Vol. I, Ancient Women Philosophers, 600B.C.-500 A.D.)
WAITHE, Mary Ellen (org.). Women philosophers. Dordrecht/Boston/London: Kluwer AcademiaPublishers, 1989 (Vol. II, Medieval,RenaissanceandEnlightenmentWomenPhilosophers, 500-1600).
WAITHE, Mary Ellen (org.). Women philosophers. Dordrecht/Boston/London: SpringerScience/Business Media, 1991 (Vol. III, Modern Women Philosophers, 1600-1900).
WAITHE, Mary Ellen (org.). Women philosophers. Dordrecht/Boston/London: SpringerScience/Business Media, 1994 (Vol. IV, Contemporary Women Philosophers,1900-today).
WARNOCK, Mary (ed.). Woman philosophers. London: Everyman, 1996.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A Revista Perspectiva Filosófica orienta seus procedimentos de gestão de artigos conforme as diretrizes básicas formuladas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). http://www.cnpq.br/web/guest/diretrizesAutores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista (Consultar http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html).

Esta revista está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.