Emoções são mesmo intencionais? Considerações para uma teoria adverbial das emoções
DOI:
https://doi.org/10.51359/2357-9986.2018.244749Palavras-chave:
emoções, intencionalidade, teoria adverbial das emoçõesResumo
Esse é um texto sobre o que são emoções e sobre como estados ou eventos emocionais se distinguem de outros estados ou eventos. O problema de o que são emoções é frequentemente abordado como pressupondo a noção de intencionalidade, isto é, como pressupondo que estados ou eventos emocionais sejam sobre algo. Se por um lado essa ideia corresponde a uma intuição ordinária, por outro lado teorias que se baseiam nela frequentemente têm consequências pouco desejáveis, tais como, por exemplo, a ideia de que emoções requerem um componente judicativo intelectual e, portanto, de que emoções são estados ou eventos que só podem ser experimentados por criaturas dotadas de capacidades intelectuais. É possível desafiar a tese de que emoções são intencionais? Nesse artigo pretendo abordar essa questão, cotejando, de maneira breve e modesta, a tese de que emoções não são intencionais e vislumbrando uma alternativa positiva.Referências
BERNINGER, Anja. Thinking sadly: In favor of an adverbial theory of emotions. In: “Philosophical Psychology”, 2016. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1080/09515089.2016.1159294>.
DE SOUSA, Ronald. Emotion. In: “The Stanford Encyclopedia ofPhilosophy”(Winter 2017 Edition), Edward N. Zalta (ed.). Disponível em:<https://plato.stanford.edu/archives/win2017/entries/emotion/>.
GOLDIE, Peter. The emotions. New York: Oxford University Press, 2000.LAZERUS, Richard. Emotion and adaptation. New York: OxfordUniversity Press,1991.
PITCHER, George. Emotion. In: “Mind”, n.74, 1965, pp. 324-346.
PRINZ, Jesse.Gut reactions: A perceptual theory of emotions. Oxford:Oxford University Press, 2004.
REISENZEIN, Rainer. What is an emotion in the belief–desire theory ofemotion? In PAGLIERI, F.; TUMMOLINI, L.; MICIELI, M. (Eds.) “Thegoals of cognition: Essays in honor of Cristiano Castefranchi”. London:College Publications, 2012, pp. 181-211.SELLARS, Wilfrid. The adverbial theory of the objects of perception. In:“Metaphilosophy”, n.6, 1975, pp. 144–160.
SHARGEl, Daniel. Emotions without objects. In: “Biology andPhilosophy”. n.30, v.6., 2015, pp.831-844.
SANDER, D.; SCHERER, K. R. (Eds.). The Oxford companion to emotionand the affective sciences. Oxford: Oxford University Press, 2009.
WHITING, Demian. The feeling theory of emotion and the object-directed emotions. In: “European Journal of Philosophy”, n.19, 2001, pp. 281–303.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
A Revista Perspectiva Filosófica orienta seus procedimentos de gestão de artigos conforme as diretrizes básicas formuladas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). http://www.cnpq.br/web/guest/diretrizesAutores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Os autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista (Consultar http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html).

Esta revista está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.