Emoções são mesmo intencionais? Considerações para uma teoria adverbial das emoções

Autores

  • Veronica de Souza Campos Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.51359/2357-9986.2018.244749

Palavras-chave:

emoções, intencionalidade, teoria adverbial das emoções

Resumo

Esse é um texto sobre o que são emoções e sobre como estados ou eventos emocionais se distinguem de outros estados ou eventos. O problema de o que são emoções é frequentemente abordado como pressupondo a noção de intencionalidade, isto é, como pressupondo que estados ou eventos emocionais sejam sobre algo. Se por um lado essa ideia corresponde a uma intuição ordinária, por outro lado teorias que se baseiam nela frequentemente têm consequências pouco desejáveis, tais como, por exemplo, a ideia de que emoções requerem um componente judicativo intelectual e, portanto, de que emoções são estados ou eventos que só podem ser experimentados por criaturas dotadas de capacidades intelectuais. É possível desafiar a tese de que emoções são intencionais? Nesse artigo pretendo abordar essa questão, cotejando, de maneira breve e modesta, a tese de que emoções não são intencionais e vislumbrando uma alternativa positiva.

Biografia do Autor

Veronica de Souza Campos, Universidade Federal de Minas Gerais

Sou doutoranda em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais, na linha de pesquisa em Lógica, Ciência, Mente e Linguagem. Estou atualmente trabalhando em tópicos relacionados à racionalidade e irracionalidade epistêmicas, epistemologia de virtudes e de vícios, akrasia epistêmica e auto-engano. Também estou interessada em leituras contemporâneas sobre fenomenologia existencial, tópicos contemporâneos sobre epistemologia e filosofia da mente. E eu também estou interessada em práticas de escrita argumentativa, escrita criativa, pensamento crítico e escrita crítica e retórica.

Referências

BERNINGER, Anja. Thinking sadly: In favor of an adverbial theory of emotions. In: “Philosophical Psychology”, 2016. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1080/09515089.2016.1159294>.

DE SOUSA, Ronald. Emotion. In: “The Stanford Encyclopedia ofPhilosophy”(Winter 2017 Edition), Edward N. Zalta (ed.). Disponível em:<https://plato.stanford.edu/archives/win2017/entries/emotion/>.

GOLDIE, Peter. The emotions. New York: Oxford University Press, 2000.LAZERUS, Richard. Emotion and adaptation. New York: OxfordUniversity Press,1991.

PITCHER, George. Emotion. In: “Mind”, n.74, 1965, pp. 324-346.

PRINZ, Jesse.Gut reactions: A perceptual theory of emotions. Oxford:Oxford University Press, 2004.

REISENZEIN, Rainer. What is an emotion in the belief–desire theory ofemotion? In PAGLIERI, F.; TUMMOLINI, L.; MICIELI, M. (Eds.) “Thegoals of cognition: Essays in honor of Cristiano Castefranchi”. London:College Publications, 2012, pp. 181-211.SELLARS, Wilfrid. The adverbial theory of the objects of perception. In:“Metaphilosophy”, n.6, 1975, pp. 144–160.

SHARGEl, Daniel. Emotions without objects. In: “Biology andPhilosophy”. n.30, v.6., 2015, pp.831-844.

SANDER, D.; SCHERER, K. R. (Eds.). The Oxford companion to emotionand the affective sciences. Oxford: Oxford University Press, 2009.

WHITING, Demian. The feeling theory of emotion and the object-directed emotions. In: “European Journal of Philosophy”, n.19, 2001, pp. 281–303.

Downloads

Publicado

2020-06-25

Edição

Seção

Artigos Variados