A morte de Deus: a gramática em questão

Autores

  • Robione Antonio Landim Centro Universitário UniAcademia

DOI:

https://doi.org/10.51359/2357-9986.2019.246694

Palavras-chave:

Nietzsche, morte de Deus, ateísmo, linguagem

Resumo

No fragmento 346 do livro A gaia ciência, Nietzsche recusa a caracterização de si mesmo enquanto ateu. Por que Nietzsche recusa a classificação de ateísta? Estaria no sangue ser teísta, religioso? O caminho que esse trabalho seguirá para discutir essa temática passa pela compreensão da morte de Deus enquanto crítica a todo tipo de fundamento último. Ademais, ainda se destacará a relação presente entre a noção de Deus-fundamento e a linguagem. Desse modo, o presente artigo orbitará em torno do seguinte problema: em que medida a morte de Deus coloca em questão a crença na gramática?

Biografia do Autor

Robione Antonio Landim, Centro Universitário UniAcademia

Graduado em Filosofia (UniAcademia) e Doutor em Ciência da Religião (UFJF); Professor do curso de Filosofia do Centro Universitário UniAcademia.

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Publicado

2020-08-27