Técnica e capital: uma breve crítica da Gestell heideggeriana a partir de Baudrillard
DOI:
https://doi.org/10.51359/2357-9986.2022.250034Palabras clave:
tecnologia, capital, Gestell, Economia política, simulaçãoResumen
O objetivo deste trabalho é comparar as abordagens sobre os processos tecnológicos de dois filósofos: Jean Baudrillard e Martin Heidegger. O fio condutor da análise é a intersecção entre tecnologia e capital, através das formas de produção e mercadorias. A noção de Gestell em Heidegger é apresentada como a essência da técnica, e busca compreender o seu modo de desvelamento particular. A abordagem heideggeriana também evidencia a maneira pela qual a técnica nos convoca, e nossa impossibilidade de encará-la como um meio para fins. Baudrillard investiga não somente a produção de instrumentalidade em si mesma, mas rastreia na economia política a forma-mercadoria como um modelo pelo qual objetos são produzidos em relação com a própria materialidade de cada contexto sócio-histórico. A abordagem de Baudrillard torna interdependente, e em certa medida indiscernível, a relação técnica-capital, com isso, permite um aprofundamento no entendimento da maneira em que constituímos sentido na lida com essa instrumentalidade.
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