Figurações dos limites: o corpo e a escrita em “dois [lugares onde eu não estou]”, de Paloma Vidal
DOI:
https://doi.org/10.51359/2357-9986.2023.258925Palavras-chave:
poesia, limites, corpo, escrita, contemporâneoResumo
Os poemas do Livro “dois” (2015), de Paloma Vidal, tensionam os limites de diversas formas: entre a poesia e a prosa, o virtual e o textual, a inércia e o movimento, ou, como o próprio título insinua, entre um “eu” e um dizer do “eu” que é, no mínimo, duplo. Se, como afirma Jean-Luc Nancy (2002), vivemos num tempo de potencialização do lugar do limite, a poeta interpela o Outro – a criança, a mulher, a mãe, o filho – nos seus deslocamentos subjetivos, e torna, justamente, o lugar/não lugar do eu poético um mosaico, ou um efeito de superfície, como os de uma conversa através de dispositivos eletrônicos, em que imagens e vozes assinalam espectralidades e movências na busca de uma excrição – um escrever de fora.Referências
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