Olha no Google! Usando o Google Trends para Analisar a PEB
DOI :
https://doi.org/10.51359/1808-8708.2020.241412Mots-clés :
Análise de Política Externa, Política Externa Brasileira, Análise de Dados, Big Data, Google TrendsRésumé
O artigo possui objetivo duplo: a) discutir a importância de se incorporar dados empíricos ao realizar análises sobre a Política Externa Brasileira; b) demonstrar os limites e as possibilidades por trás da utilização de uma plataforma de acesso público e livre para a coleta de dados que podem servir como indicadores essenciais para se entender a inserção internacional do Brasil. Nesse sentido, buscamos estimular o uso consciente e cauteloso de ferramentas como o Google Trends em análises acadêmicas. Para isso, primeiro, demonstramos a situação de escassez de dados empíricos na análise da Política Externa Brasileira. Em segundo lugar, apresentamos as possibilidades e os limites por trás da coleta de dados sociais provenientes dos rastros virtuais de milhares de usuários. Por fim, simulamos, na prática, uma minipesquisa cujo intuito fosse explorar e descrever diferentes padrões da sociedade brasileira e argentina ao pesquisarem na internet sobre o Mercosul. Desse modo, esperamos que esse artigo sirva de porta de acesso inicial ao complicado e instigante mundo da análise de dados.Références
CAMPOS, Cinthia Regina. (2015), “O labirinto metodólogico das Relações Internacionais: dilemas e potenciais saídas”, Revista Política Hoje, v. 24, no. 2: 47–72.
CONNOR, Paul et al.. (2019), “Income inequality and white-on-black racial bias in the united states: evidence from project implicit and Google Trends”, Psychological Science, v. 30, no. 2: 205–202.
FARIA, Carlos Aurélio Pimenta de. (2012), “O Itamaraty e a política externa brasileira: do insulamento à busca de coordenação dos atores governamentais e de cooperação com os agentes societários”, Contexto Internacional, v. 34, no. 1: 311–355.
FUNAG. (2016), Estatísticas para o estudo das Relações Internacionais. Brasília, Funag.
GANDOMI, Amir; Haider, Murtaza. (2015), “Beyond the hype: Big data concepts, methods, and analytics”, International Journal of Information Management, v. 35, no. 2: 137–144.
GERRING, John. (2012), “Mere description”, British Journal of Political Science, v. 42, no. 4: 721–746.
JANZ, Nicole. (2015), “Bringing the gold standard into the classroom: replication in university teaching”, International Studies Perspectives, v. 17, no. 4: 1–16.
JUN, Seung-Pyo; YOO, Hyoung Sun; CHOI, San. (2018), “Ten years of research change using Google Trends: from the perspective of big data utilizations and applications”, Technological Forecasting and Social Change, v. 130, no. SN: 69–87.
KAPLAN, Andreas M.; HAENLEIN, Michael. (2010), “Users of the world, unite! The challenges and opportunities of social media”, Business Horizons, v. 53, no. 1: 59–68.
KING, Gary; KEOHANE, Robert O.; VERBA, Sidney. (1994), Designing social inquiry: scientific inference in qualitative research. Princeton, Princeton University Press.
MAGER, Astrid. (2019), “The politics of big data: big data, big brother?”, Information, Communication & Society, v. SN, no. SN: p. 1–3.
MEARSHEIMER, John J.; WALT, Stephen M. (2013), “Leaving theory behind: why simplistic hypothesis testing is bad for International Relations”, European Journal of International Relations, v. 19, no. 3: 427–457.
MEDEIROS, Marcelo de Almeida et al.. (2016), “What does the field of International Relations look like in South America?”, Revista Brasileira de Política Internacional, v. 59, no. 1: 1–31.
MELLON, Jonathan. (2014), “Internet search data and issue salience: the properties of Google Trends as a measure of issue salience”, Journal of Elections, Public Opinion and Parties, v. 24, no. 1: 45–72.
MELLON, Jonathan. (2013), “Where and when can we use Google Trends to measure issue salience?”, PS: Political Science & Politics, v. 46, no. 2: 280–290.
MILANI, Carlos et al.. (2015), Atlas da política externa brasileira. Ciudad Autónoma de Buenos Aires/Rio de Janeiro, CLACSO/EDUerj.
NGAI, Eric W.T.; TAO, Spencer S.C.; MOON, Karen K.L. (2015), “Social media research: theories, constructs, and conceptual frameworks”, International Journal of Information Management, v. 35, no. 1: 33–44.
NGHIEM, Le T. P. et al.. (2016), “Analysis of the capacity of Google Trends to measure interest in conservation topics and the role of online news”, PLOS ONE, v. 11, no. 3: 1–12 .
NUTI, Sudhakar V. et al.. (2014), “The use of Google Trends in health care research: a systematic review”, PLOS ONE, v. 9, no. 10: 1–49.
PARANHOS, Ranulfo et al.. (2014), “A importância da replicabilidade na Ciência Política: o caso do SIGOBR”, Revista Política Hoje, v. 22, no. 2: 213–229.
SCHOOTMAN, M. et al.. (2015), “The utility of Google Trends data to examine interest in cancer screening”, BMJ Open, v. 5, no. 6: 1–8.
SEIFTER, Ari et al.. (2010), “The utility of “Google Trends” for epidemiological research: Lyme disease as an example”, Geospatial Health, v. 4, no. 2: 1-35.
WAISBICH, Laura Trajber et al.. (2017), “The transparency frontier in Brazilian foreign policy”, Contexto Internacional, v. 39, no. 1: 179–200.
WALKER, Finley W. (2019), Google trends data as a proxy for interest in leadership. 183f. Tese (Doutorado em Educação de Liderança Organizacional) – Faculdade de Educação, Southeastern University.
WEINGART, Peter. (1999), “Scientific expertise and political accountability: paradoxes of science in politics”, Science and Public Policy, v. 26, no. 3: 151–161.
YU, Lean et al.. (2019), “Online big data-driven oil consumption forecasting with Google Trends”, International Journal of Forecasting, v. 35, no. 1: 213–223.
Téléchargements
Publié-e
Numéro
Rubrique
Licence
© Felipe Ferreira de Oliveira Rocha 2021

Cette œuvre est sous licence Creative Commons Attribution 4.0 International.
href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm">Lei de Direito Autoral n. 9610/98, a Lei nº 5.805/72, bem como os Acordos e Tratados Internacionais de Direito Autoral em vigor no Brasil, quais sejam: Convenção de Berna para a Proteção de Obras Literárias e Artísticas (Decreto Nº 75.699, DE 6 DE MAIO DE 1975), Convenção Universal sobre o Direito de Autor (Decreto Nº 76.905, de 24 DE DEZEMBRO DE 1975), e a Convenção Interamericana sobre os Direitos de Autor em Obras Literárias, Científicas e Artísticas (Decreto Nº 26.675, DE 18 DE MAIO DE 1949).(2) Os direitos sobre as publicações nesta revista eletrônica pertencem ao(s) autor(es), com direitos de primeira publicação cedidos à Revista Política Hoje. Em virtude do caráter eletrônico da revista, os artigos são de uso gratuito em aplicações educacionais, sem fins comerciais e disponibilizados na Internet no site da revista.