Distribuição da Biomassa vegetal e sequestro de carbono na sub-bacia do Rio Pirajibu no município de Sorocaba/SP
DOI:
https://doi.org/10.26848/rbgf.v16.3.p1647-1656Palavras-chave:
biomassa, sensoriamento remoto, random forest, CO2FluxResumo
A estimativa de biomassa, com base em dados de sensoriamento desempenha um importante papel a respeito da quantificação da matéria vegetal, tanto de florestas primárias quanto de florestas secundárias ou fragmentadas. Por isso, o objetivo central deste trabalho é mostrar a distribuição da biomassa vegetal e o fluxo de carbono na sub-bacia do rio Pirajibu em Sorocaba/SP. Como objetivo específico classificar os níveis de biomassa de acordo com o algoritmo de aprendizado de máquina Random Forest. As classes escolhidas para o treinamento foram: “Muito alta biomassa”, “alta biomassa”, “média biomassa”, “baixa biomassa” e "muito baixa biomassa”. Foram obtidas 100 amostras de treinamento. A classificação supervisionada foi realizada pelo método Random Forest, com 10 árvores de decisão e 5.000 de variáveis que foram selecionadas e treinadas. A classe muito alta biomassa foi encontrada em 4.833,34 ha (10,52%), a classe alta foi identificada em 8.425,94 ha (18,34%), a classe média biomassa em 12.026,28 ha (26,18%), a baixa biomassa em 11.881,05 ha (25,87%) e muito baixa biomassa em 8.753,80 ha (19,06%). Foi avaliada a acurácia da classificação, a previsão de acurácia total chegou em 84%. Para o índice CO2Flux, se obteve os valores de -0,43 para as áreas sem vegetação (área urbana), valores na faixa de 0,19 a 0,23 representam áreas de pastagem mais degradadas e com solo exposto, já os maiores valores de fluxo de CO2 > 0,32 mostram uma maior concentração de estoque de carbono, são regiões com vegetação robusta e saudável. A distribuição da biomassa para as classes muito alta, alta e média pode ser ainda maior considerando outros reservatórios de carbono, como os reservatórios abaixo do solo.
Palavras-chave: biomassa, sensoriamento remoto, random forest, CO2Flux.
Plant biomass distribution and carbon sequestration in the Pirajibu River sub-basin in the municipality of Sorocaba/SP
A B S T R A C T
Biomass estimation, based on sensing data, plays an important role regarding the quantification of plant matter, both from primary forests and from secondary or fragmented forests. Therefore, the main objective of this work is to show the distribution of plant biomass and carbon flux in the Pirajibu River sub-basin in Sorocaba/SP. As a specific objective to classify the biomass levels according to the Random Forest machine learning algorithm. The classes chosen for training were: “Very high biomass”, “high biomass”, “medium biomass”, “low biomass” and “very low biomass”. 100 training samples were obtained. The supervised classification was performed by the Random method Forest, with 10 decision trees and 5,000 variables that were selected and trained. The very high biomass class was found in 4,833.34 ha (10.52%), the high class was identified in 8,425.94 ha (18.34%), middle class biomass in 12,026.28 ha (26.18%), low biomass in 11,881.05 ha (25.87%) and very low biomass in 8,753.80 ha (19.06% The classification accuracy was evaluated, the total accuracy forecast reached 84%. For the CO2Flux index, values of -0.43 were obtained for areas without vegetation (urban area), values in the range of 0.19 at 0.23 represent more degraded pasture areas with exposed soil, whereas the higher values of CO2 flux > 0.32 show a higher concentration of carbon stock, they are regions with robust and healthy vegetation. The biomass distribution for the very high, high, and medium classes can be even greater considering other carbon pools, such as the underground pools.
Keywords: biomass; remote sensing; random forest; CO2Flux.
Referências
Almeida, J. R. R.; Rocha, K. S. 2018. Aplicação dos índices de vegetação NDVI, PRI, e CO2flux na caracterização da cobertura vegetativa da área de proteção ambiental Raimundo Irineu Serra. Anais 7º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Jardim, MS. [online]. Disponível em: https://www.geopantanal.cnptia.embrapa.br/Anais-Geopantanal/pdfs/p151.pdf. Acesso em: 06 jul. 2022.
Baptista, G. M. M. 2003. Validação da Modelagem de sequestro de carbono para ambientes tropicais de cerrado, por meio de dados Aviris e Hyperion. In: Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (SBSR), 11., Belo Horizonte. Anais. São José dos Campos: INPE, 2003. Artigos, p. 1037-1044. [online]. Disponível em: http://marte.dpi.inpe.br/col/ ltid.inpe.br/sbsr/2002/09.07.21.45/doc/10_002.pdf. Acesso em: 12 de jul.2022.
Belgiu, M.; DRăGUŃ, L. 2016. Random Forest in remote sensing: a review of applications and future directions. ISPRS Journal of Photogrammetry and Remote Sensing, [S.L.], v. 114, p. 24-31, abr. Elsevier BV. [online]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.isprsjprs.2016.01.011. Acesso em: 12 de jul.2022.
Breiman, L. 2001. Random Forests. Machine Learning 45, 5–32. [online]. Disponível em: https://doi.org/10.1023/A:1010933404324. Acesso em: 12 de jul.2022.
Cao, L.; Coops, N. C.; Innes, J. L.; Sheppard, S. R. J.; Fu, L.; Ruan, H.; She, G. 2016. Estimation of forest biomass dynamics in subtropical forests using multi-temporal airborne LiDAR data. Remote Sensing of Environment, v. 178, p. 158-171.
Corrêa, C, J. P.; Tonello, K. C.; Franco, F. S. 2016. Análise hidroambiental da microbacia do Pirajibu-Mirim, Sorocaba, SP, Brasil. Ambiente e Água - An Interdisciplinary Journal Of Applied Science, v. 11, n. 4. Instituto de Pesquisas Ambientais em Bacias Hidrográficas (IPABHI). [online]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.4136/ambi-agua.1969. Acesso em: 18 de jun.2022.
Cherlinka, Vasyl. 2020. NDVI FAQ: Tudo O Que você precisa saber sobre o índice. Disponível em: https://eos.com/pt/blog/ndvi-faq/. Acesso em: 21 out. 2022.
Dittmann, S.; Thiessen, E.; Hartung, E. 2017. Applicability of different non-invasive methods for tree mass estimation: A review. Forest Ecology and Management 398, 208-215.
Gamon, J. A.; Penuelas, J.; Field, C. B. A. 1992. narrow-waveband spectral index that tracks diurnal changes in photosynthetic efficiency. Remote Sensing of Environment 41, 35-44.
Guerini Filho, M.; Kuplich, T. M.; Quadros, F. L. F. D. 2020. Estimating natural grassland biomass by vegetation indices using Sentinel 2 remote sensing data. International Journal of Remote Sensing 41, 2861-2876.
Huang, S.; Tang, L.; Hupy, J. P.; Wang, Y.; Shao, G. 2021. A commentary review on the use of normalized difference vegetation index (NDVI) in the era of popular remote sensing. Journal of Forestry Research 32, 1-6.
INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. 2022. LANDSAT. Disponível em: http://www.dgi.inpe.br/documentacao/satelites/landsat. Acesso em: 16 jun. 2022.
IPCC. 2023. Climate Change 2023: The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to the Sixth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Cambridge University Press. Disponível em: https://report.ipcc.ch/ar6syr/pdf/IPCC_AR6_SYR_SPM.pdf, Acesso em: 30 mar. 2023.
Koju, U.; Zhang, J.; Gilani, H. 2017. Exploring multi-scale forest above ground biomass estimation with optical remote sensing imageries. In: IOP Conference Series: Earth and Environmental Science. IOP Publishing, p. 012011.
Kumar, L.; Mutanga, 2017. O Remote sensing of above-ground biomass. Remote Sensing 9, 935.
Llano, X. C. .2022. AcATaMa - QGIS plugin for Accuracy Assessment of Thematic Maps, version 19.1. Disponível em: https://plugins.qgis.org/plugins/AcATaMa/.
Lu, D.; Chen, Q.; Wang, G.; Liu, L.; Li, G.; Moran, E. 2016. A survey of remote sensing-based aboveground biomass estimation methods in forest ecosystems. International Journal of Digital Earth 9, 63-105.
Luo, S.; Wang, C.; Xi, X.; Nie, S.; Fan, X.; Chen, H.; Ma, D.; Liu, J.; Zou, J.; Lin, Y.; Zhou, G. 2019. Estimating Forest aboveground biomass using small-footprint full-waveform airborne LiDAR data. International Journal of Applied Earth Observation and Geoinformation 83, 101922.
Malhi, Y. 2012. The productivity metabolism and carbon cycle of tropical forest vegetation. Journal of Ecology 100, 65-75.
Mitchard, E. T. A. 2018. The tropical forest carbon cycle and climate change. Nature 559, 527-534.
Olofsson, Pontus; Foody, Giles M.; Herold, Martin; Stehman, Stephen V.; Woodcock, Curtis E.; Wulder, Michael. 2013. A Making better use of accuracy data in land change studies: Estimating accuracy and area and quantifying uncertainty using stratified estimation. Remote Sensing of Environment, 129, p. 122-131. Elsevier BV. [online]. Disponível: https://doi.org/10.1016/j.rse.2012.10.031. Acesso em: 18 de jun.2022.
Olofsson, Pontus; Foody, Giles M.; Herold, Martin; Stehman, Stephen V.; Woodcock, Curtis E. 2014. Good practices for estimating area and assessing accuracy of land change. Remote Sensing of Environment, v. 148, p. 42-57. Elsevier BV. [online]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.rse.2014.02.015. Acesso em: 18 de jun.2022.
Polônio, V. D. 2015. Índices de vegetação na mensuração do estoque de carbono em áreas com cana-de-açúcar. 73 f. Dissertação (mestrado). Botucatu. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agronômicas.
Polônio, V. D. 2015. Avaliação temporal do sequestro de carbono por meio de imagens orbitais na região de Botucatu-SP. Anais XVII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR, João Pessoa-PB, Brasil. [online]. Disponível em: http://www.dsr.inpe.br/sbsr2015/files/p0797.pdf. Acesso em: 06 jul. 2022.
Ponzoni, F. J.; Shimabukuro, Yosio Edemir. 2009. Sensoriamento Remoto no Estudo da Vegetação. 1ª edição. Parêntese. São José dos Campos.
Rahman, A.F.; Gamon, J.A.; Fuentes, D.A.; Roberts, D.; Prentiss, D.; Qiu, H. 2000. Modeling CO2 flux of boreal forests using narrow-band indices from AVIRIS imagery. AVIRIS Workshop, JPL/NASA, Pasadena, California.
Rouse, J.W.; Haas, R.H.; Schell, J.A.; Deering, D.W.1973. Monitoring vegetation systems in the great plains with ERTS. In Earth Resources Tecnology Satellite- 1 Symposium,3 Proceedings. 309-317.
SICAR. 2023. Consulta Pública. Disponível em: https://www.car.gov.br/publico/imoveis/index. Acesso em: 30 mar. 2023.
Silva, D. A. A. D.; Santi, A. L.; Santos, M. S. D.; Dal Bello, R. A. M.; Martini, R. T. 2015. Uso de Índice de Vegetação na Estimativa da Produção de Biomassa de Plantas de Coberturas do Solo. Enciclopédia Biosfera, v. 11, n. 22.
Silveira, P. 2010. Estimativa da biomassa e carbono acima do solo em um fragmento de floresta ombrófila densa utilizando o método da derivação do volume comercial. Floresta, 40, 4.
Su, H.; Shen, W.; Wang, J.; Ali, A.; Li, M. 2020. Machine learning and geostatistical approaches for estimating aboveground biomass in Chinese subtropical forests. Forest Ecosystems 7, 1-20.
Su, Y.; Guo, Q.; Xue, B.; Hu, T.; Alvarez, O.; Tao, S.; Fang, J. 2016. Spatial distribution of forest aboveground biomass in China: Estimation through combination of spaceborne lidar, optical imagery, and forest inventory data. Remote Sensing of Environment 173, 187-199.
Urbazaev, M.; Thiel, C.; Cremer, F.; Dubayah, R.; Migliavacca, M.; Reichstein, M.; Schmullius, C. , 2018. Estimation of forest aboveground biomass and uncertainties by integration of field measurements, airborne LiDAR, and SAR and optical satellite data in Mexico. Carbon Balance and Management 13, 1-20.
USGS - United States Geological Survey.2022. Using the USGS Landsat Level-1 Data Product. Disponível em: https://www.usgs.gov/landsat-missions/using-usgs-landsat-level-1-data-product. Acesso em: 15 de out. 2022.
Viganó, Heloise Amadori et al. 2011. Análise do desempenho dos Índices de Vegetação NDVI e SAVI a partir de imagem Aster. Anais XV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto - SBSR. Disponível em: http://marte.sid.inpe.br/col/dpi.inpe.br/marte/2011/07.14.17.45/doc/p1364.pdf. Acesso em: 06 jul. 2022.
Yue, J.; Yang, G.; Tian, Q.; Feng, H.; Xu, K.; Zhou, C. 2019. Estimate of winter-wheat above-ground biomass based on UAV ultrahigh-ground-resolution image textures and vegetation indices. ISPRS Journal of Photogrammetry and Remote Sensing 150, 226-244.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Jaciely Gabriela Melo da Silva, José Alberto Quintanilha, Carlos Henrique Grohmann, Danilo Ribeiro da Costa, José Douglas Monteiro da Costa, José Mauro Santana da Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam na Revista Brasileira de Geografia Física concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0) que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (exemplo: depositar em repositório institucional ou publicar como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão para disponibilizar seu trabalho online antes ou durante o processo editorial, em redes sociais acadêmicas, repositórios digitais ou servidores de preprints. Após a publicação na Revista Brasileira de Geografia Física, os autores se comprometem a atualizar as versões preprint ou pós-print do autor, nas plataformas onde foram originalmente disponibilizadas, informando o link para a versão final publicada e outras informações relevantes, com o reconhecimento da autoria e da publicação inicial nesta revista.
Qualquer usuário tem direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.





