Colonial, Cartorial e Servil: as métricas de avaliação das revistas científicas no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51359/2179-7501.2021.248199

Palavras-chave:

produção científica, procedimentos, indexadores, colonialismo, padronização

Resumo

O artigo apresenta uma crítica às métricas de avaliação das revistas científicas no Brasil, em especial a respeito dos indexadores e certificações como uma tendência classificatória que reproduz um comportamento colonial, cartorial e servil. Com a popularização da internet a produção científica no Brasil se expandiu e sofreu uma série de mudanças, adaptando-se e incorporando padrões e procedimentos internacionais. No entanto, questiona-se se a obediência e a adequação a esses padrões representam, necessariamente, uma melhora na qualidade da produção. Os procedimentos, a obediência aos índices e a obtenção de indexadores, cujos processos tornam-se cada vez mais complexos, normativos e burocráticos passam a ser prioridade para muitos editores de revistas acadêmicas. A discussão paira sobre a capacidade e eficiência dessas métricas em qualificar o mérito científico das publicações.

Biografia do Autor

Paulo Martin Souto Maior, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Professor do Departamento de Arqueologia e da Pós-graduação em Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Doutorado em Universidat Politecnica de Cataluña: Barcelona, Espanha.

Laura Gonçalves Melo de Araújo, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Doutoranda em Ciência Política naUniversidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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Publicado

14-08-2021