Autonomia, risco e sexualidade. A humanização do parto como possibilidade de redefinições descoloniais acerca da noção de sujeito.

Autori

  • Camila Pimentel Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE (PPGS-UFPE). Pesquisadora da FIOCRUZ-PE. Pesquisadora do grupo Narrativas do Nascer-UFPE.
  • Laís Rodrigues Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA/UFPE). Pesquisadora do grupo Narrativas do Nascer-UFPE.
  • Elaine Müller Doutora em Antropologia. Professora Departamento de Antropologia e Museologia DAM/UFPE. Pesquisadora do grupo Narrativas do Nascer-UFPE.
  • Mariana Portella Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFPE (PPGS-UFPE). Pesquisadora do grupo Narrativas do Nascer-UFPE.

Abstract

Este texto apresenta uma discussão teórica sobre a assunção da parturiente como sujeito ativo e protagonista de sua experiência, tendo em vista tanto as problematizações levantadas pelo movimento de humanização do parto sobre as noções de risco, sexualidade e autonomia quanto pela perspectiva pós-colonial. A hegemonia do conhecimento médico em relação a assistência ao parto reforçou uma lógica colonial e produtivista, que tem como marco orientador a intervenção sobre o corpo feminino. Em contraposição a este processo, surgiu o movimento pela humanização do parto e do nascimento reivindicando o reconhecimento do corpo feminino como capaz de gestar e parir. Neste sentido a autonomia da mulher quanto às escolhas na gestação e parto é reiterada. Essa nova tessitura da experiência de parturição aponta para redefinições descoloniais do ser.

Fascicolo

Sezione

Dossiê: Gênero, Sexualidade e Pós-colonialidade