Trabalho escravo contemporâneo e a espacialização do capital
DOI:
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2019.229343Palabras clave:
trabalho escravo. espacialização. capital. Maranhão.Resumen
Análise da permanência do trabalho escravo a partir da dinâmica de espacialização do capital, relacionado a
contradição entre modernidade e arcaico no seu desenvolvimento. Procedeu-se revisão bibliográfica, trabalhos
de campo em municípios maranhenses, bem como busca em bancos de dados do IBGE, CPT, MTE. O Maranhão
é o maior exportador de mão de obra resgatada de trabalho escravo contemporâneo. A partir do panorama de
vulnerabilidade socioeconômica é possível perceber a posição de subalternidade deste espaço. A produção de
espaços subalternos, e a existência de trabalhadores migrantes que se põe como mão de obra barata e disponível
para o desenvolvimento do modo de produção é um elemento visível na contemporaneidade. Sendo assim, o
trabalho escravo acaba por ser uma relação de exploração que não se torna oposta à modernidade, mas sim,
como parte dela.
Citas
ALMEIDA, Antonio Alves. Trabalho escravo: a dignidade dilacerada pelo capital. In: FIGUEIRA, Ricardo Rezende; PRADO, Adonia Antunes (Orgs.) Olhares sobre a escravidão contemporânea: novas contribuições críticas. Cuiabá: EdUFMT, 2011.
BRANDÃO, Carlos. Acumulação primitiva permanente e desenvolvimento capitalista no Brasil contemporâneo. In: ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de (et al.). Capitalismo Globalizado e recursos naturais: fronteiras da acumulação no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Lamparina, 2010.
BRASIL. Código penal. Decreto-Lei no2.848, de 7 de dezembro de 1940. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848.htm; Acesso em 19/12/2014.
BRUNO, Regina. Agronegócio e novos modos de conflituosidade. In: FERNANDES, Bernardo Mançano (org.). Campesinato e agronegócio na América Latina:a questão agrária atual. São Paulo: Expressão Popular, 2008.
CHAGAS, Daniel de Matos Sampaio. O Ministério do Trabalho e Emprego e os subsídios para a defesa judicial da União nas ações relativas ao Cadastro de Empregadores do Trabalho Escravo. In: ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Possibilidades jurídicas de combate à escravidão contemporânea. Brasília: OIT, 2007.
COUTO, Cláudio Gonçalves. Oligarquia e processos de oligarquização: o aporte de michels à análise política contemporânea. In: REVISTA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA. v. 20, Nº 44: 47-62 NOV. 2012.
CUNHA, Euclides da. À margem da História. São Paulo: Ed. Martin Claret, 2006.
ENGELS, Friedrich.A situação da classe trabalhadora na Inglaterra; tradução B. A. Schumann. São Paulo: Boitempo, 2008.
ESTERCI. Neide. Escravos da desigualdade: Um estudo dobre o uso repressivo da força de trabalho hoje. Riode Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2008.
ESTERCI. Neide. Escravos da desigualdade: Um estudo dobre o uso repressivo da força de trabalho hoje. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2008.
FIGUEIRA, Ricardo Rezende. Por queo trabalho escravo? ESTUDOS AVANÇADOS. n 14 (38), 2000.
FIGUEIRA, Ricardo Rezende; FREITAS, Adriana da Silva; MURAKAMI, Andrea Kazuko; CAVALIERI, Vera Lúcia. A escravidão contemporânea: relações existentes e estudo de caso. In: FIGUEIRA, Ricardo Rezende; PRADO, Adonia Antunes (Orgs.) Olhares sobre a escravidão contemporânea: novas contribuições críticas. Cuiabá: EdUFMT, 2011.
FIGUEIRA, Ricardo Rezende; PRADO, Adonia Antunes (Orgs.) Olhares sobre a escravidão contemporânea: novas contribuições críticas. Cuiabá: EdUFMT, 2011.
FIGUEIRA, Ricardo Rezende. Pisando fora da própria sombra: a escravidão por dívida no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.
GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. 4.ed. Rio de Janeiro:Ed. Civilização Brasileira, 1982.
HARVEY, David. A Produção Capitalista do Espaço. Trad. Carla Szlak. São Paulo: Annablume, 2005. (Coleção: Geografia e Adjacências)
HARVEY, David. O novo imperialismo. São Paulo: Loyola, 2004.
MARTINS, José de Souza. Fronteira: A degradação do Outro nos confins do humano. São Paulo: HUCITEC, 1997.
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política: livro I; Volume 1. 28º Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
MARX, Karl. O Capital: crítica da economia política: livro I; Volume 2. 26º Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.
MENDES, Alessandra Gomes. Trabalho escravo contemporâneo no Brasil: a denúncia como um dos caminhos na resistência dos trabalhadores à dominação. In: FIGUEIRA, Ricardo Rezende; PRADO, Adonia Antunes (Orgs.) Olhares sobre a escravidão contemporânea: novas contribuições críticas. Cuiabá: EdUFMT, 2011.
MÉSZÁROS, István. Filosofia, Ideologia e Ciência Social. São Paulo: Boitempo, 2008.
MILANEZ, Felipe. O maranhense João resolveu buscar trabalho no Pará, onde homens valem menos que bois. Carta Capital, 2011. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/entrevista-com-um-escravo; acesso em: 18/08/2014.
MOURA, Flávia de Almeida. Escravos da precisão: economia família e estratégias de sobrevivência de trabalhadores rurais em Codó (MA). São Luis: EUFMA, 2009.
NÉRI, Felipe. Congresso Nacional promulga a PEC do Trabalho Escravo: Emenda determina expropriação de terra onde houver trabalho escravo. Texto prevê desapropriação de propriedade usada para cultivo de drogas. Publicado em: 05/06/2014. Disponível em: http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/06/congresso-nacional-promulga-pec-do-trabalho-escravo.html; Acesso em: 20/08/2014.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. A Amazônia e a nova geografia da produção da soja. São Paulo. 2006. (impresso)
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. A Geografia Agrária e as transformações territoriais recentes no Campo brasileiro. IN: CARLOS, Ana Fani Alessandri (org.). Novos Caminhos da Geografia. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2005 (caminhos da Geografia).
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. A geografia das lutas no campo. 11. Ed. São Paulo: Contexto, 2002.
OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de.Modo capitalista de produção, agricultura e reforma agrária. São Paulo: Labur edições,2007.
PAASI, Anssi. Place and region: looking through: the prism of scale. Progress in Human Geography. N. 28. V. 4, 2004. p. 536–546.
PAULA, João Antônio de. Crise econômica e reiteração do capitalismo dependente no Brasil. In: ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de (et al.). Capitalismo Globalizado e recursos naturais: fronteiras da acumulação no Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Lamparina, 2010.
PNUD.Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Brasileiro. –Brasília: PNUD, Ipea, FJP, 2013.
PRADO JR., CAIO.História Econômica do Brasil. São Paulo, Brasiliense, 1963.
RODRIGUES, Sávio José Dias. Quem não tem é escravo de quem tem: Migração camponesa e a reprodução do trabalho escravo contemporâneo / Sávio José Dias Rodrigues. -Fortaleza-CE, 2016.
SAKAMOTO, Leonardo. Os acionistas da casa grande: a reinvenção capitalista do trabalho escravo no Brasil contemporâneo. In: FIGUEIRA, Ricardo Rezende; PRADO, Adonia Antunes (Orgs.) Olhares sobre a escravidão contemporânea: novas contribuições críticas. Cuiabá: EdUFMT,2011.
SALES, Teresa. Raízes da desigualdade social na cultura política brasileira. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS SOCIAIS. v.9 n.25. São Paulo jun. 1994.
SANT’ANA JÚNIOR, Horácio Antunes. Florestania: a saga acreana e o Governo da Floresta. Rio de Janeiro:PPGSA/IFCS/UFRJ, 2002. (Tese de Doutorado).
SANT’ANA JÚNIOR, Horácio Antunes. Socioambientalismo e desenvolvimento na Amazônia: o caso do Acre. Revista de Politicas Publicas. São Luis -MA, v. 8, n.1, p. 61-81, 2004.
SOARES, Fagno da Silva. Escravizados do carvão: historiando identidades e memórias em Açailândia-MA no tempo presente. Teresina: 2012. (Dissertação Programa de Pós-graduação Stricto sensu em História do Brasil-PPGHB/UFPI).
THÉRY, Hervé; MELLO, Neli Aparecida de; HATO, Julio; GIRARDI, Eduardo Paulon. Atlas do Trabalho Escravo no Brasil, São Paulo: Amigos da Terra, 2009.
TRINDADE, José Damião de Lima. Representações de trabalhadores, gatos e empregadores sobre o trabalho escravo. In: FIGUEIRA, Ricardo Rezende; PRADO, Adonia Antunes (Orgs.) Olhares sobre a escravidão contemporânea: novas contribuições críticas. Cuiabá: EdUFMT, 2011.
VELHO, Otávio Guilherme. Capitalismo Autoritário e Campesinato (um estudo comparativo a partir da fronteira em movimento). São Paulo/Rio de Janeiro: DIFEL, 1979.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Savio Jose Dias Rodrigues, Francisco Amaro Gomes de Alencar

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantêm os direitos autorais e concedem à REVISTA DE GEOGRAFIA da Universidade Federal de Pernambuco o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY - . Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
d) Os conteúdos da REVISTA DE GEOGRAFIA estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY - . Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
No caso de material com direitos autorais a ser reproduzido no manuscrito, a atribuição integral deve ser informada no texto; um documento comprobatório de autorização deve ser enviado para a Comissão Editorial como documento suplementar. É da responsabilidade dos autores, não da REVISTA DE GEOGRAFIA ou dos editores ou revisores, informar, no artigo, a autoria de textos, dados, figuras, imagens e/ou mapas publicados anteriormente em outro lugar.