Trabalho escravo contemporâneo e a espacialização do capital
DOI:
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2019.229343Parole chiave:
trabalho escravo. espacialização. capital. Maranhão.Abstract
Análise da permanência do trabalho escravo a partir da dinâmica de espacialização do capital, relacionado a
contradição entre modernidade e arcaico no seu desenvolvimento. Procedeu-se revisão bibliográfica, trabalhos
de campo em municípios maranhenses, bem como busca em bancos de dados do IBGE, CPT, MTE. O Maranhão
é o maior exportador de mão de obra resgatada de trabalho escravo contemporâneo. A partir do panorama de
vulnerabilidade socioeconômica é possível perceber a posição de subalternidade deste espaço. A produção de
espaços subalternos, e a existência de trabalhadores migrantes que se põe como mão de obra barata e disponível
para o desenvolvimento do modo de produção é um elemento visível na contemporaneidade. Sendo assim, o
trabalho escravo acaba por ser uma relação de exploração que não se torna oposta à modernidade, mas sim,
como parte dela.
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