Abordagem multivariada dos dados populacionais da Sub-bacia Hidrográfica do rio Piracuruca
DOI :
https://doi.org/10.51359/2238-6211.2024.256360Mots-clés :
bacia hidrográfica, desastres naturais, população, análise fatorialRésumé
A pesquisa propôs-se a analisar um conjunto de dados relacionados às características e comportamentos populacionais com potencial para reagir às secas e as inundações na Sub-bacia Hidrográfica do rio Piracuruca (SBHRP). A Sub-bacia localiza-se no semiárido do Nordeste do Brasil (NEB), entre os estados do Ceará e do Piauí, onde drena uma área de 7.704 km2. Para operacionalização do estudo foram adquiridas informações de 18 variáveis – demográficas, educacionais e renda – para os duzentos e noventa e seis setores censitários inseridos na SBHRP, junto ao banco de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa empregou modelo de estatística multivariada Análise Fatorial (AF) e método Análise de Componentes Principais (ACP). Das 18 variáveis originais, apenas a variável C14 (Total do rendimento nominal mensal dos domicílios particulares improvisados) foi eliminada, pois apresentou coeficiente de comunalidade abaixo de 0,5. Foram extraídos quatro fatores, sendo que os Fatores 1 e 2 contribuíram positivamente para ampliar o potencial populacional para reagir às secas e às inundações, enquanto os Fatores 3 e 4 contribuíram de forma a reduzir esse potencial. Quando agrupados, os Fatores indicaram que predomina na Sub-bacia alta Criticidade, que se distribui por oitenta e sete (29,4%) setores da Sub-bacia em questão.
Références
BORTOLETTO, K.C. Estudo das vulnerabilidades social e ambiental em áreas de riscos de desastres naturais no município de Caraguatatuba SP. 2017. 217 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Estadual Paulista. Rio Claro, 2017.
BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Secretaria Nacional de Defesa Civil. Centro de Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres. Anuário brasileiro de desastres naturais: 2013. Brasília: CENAD, 2014.
CAZULA, L. P.; MIRANDOLA, P. H. Bacia Hidrográfica - conceitos e importância como unidade de planejamento: um exemplo aplicado na bacia hidrográfica do Ribeirão Lajeado/SP - Brasil. Revista Eletrônica da Associação dos Geógrafos Brasileiros, Três Lagoas, n.12, Ano 7, nov. 2010.
CUTTER, S. L. The vulnerability of science and the science of vulnerability. Annals of the Association of American Geographer, n. 93, p.1-12, 2003.
CUNHA, L.; MENDES, J.M.; TAVARES, A.; FREIRIA, S. Construção de modelos de avaliação de vulnerabilidade social a riscos naturais e tecnológicos: o desafio das escalas. O processo de Bolonha e as reformas curriculares da geografia em Portugal. Presented at the. Coimbra, Portugal, 2011.
FIELD, A. Descobrindo a estatística usando SPSS. Tradução: Lorí Viali. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 688p.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Agregados por setores censitários dos resultados de universo. Censo 2010a. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9662-censo-demografico-2010.html?edicao=10410&t=resultados. Acesso em: 25 jun. 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Cidades. 2018. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br. Acesso em: 20 out. 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Índice de recortes para fins estatísticos: malha de setores censitários, censo 2010, base de faces de logradouros para o CE. Censo 2010b. Disponível em: ftp://geoftp.ibge.gov.br/recortes_para_fins_estatisticos/malha_de_setores_censitarios/censo_2010/base_de_faces_de_logradouros/CE. Acesso em: 25 jun. 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Índice de recortes para fins estatísticos: malha de setores censitários, censo 2010, base de faces de logradouros para o PI. Censo 2010c. Disponível em: ftp://geoftp.ibge.gov.br/recortes_para_fins_estatisticos/malha_de_setores_censitarios/censo_2010/base_de_faces_de_logradouros/PI. Acesso em: 25 jun. 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Malha municipal digital do Brasil: situação em 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. Disponível em: http://downloads.ibge.gov.br/downloads_geociencias.htm. Acesso em: 10 jun. 2019.
MASKREY, A. Los desastres no son naturales. [S.l]: RED, 1993. 137p.
MENDES, J.; TAVARES, A.O.; CUNHA, L.; FREIRIA, S. A vulnerabilidade social aos perigos naturais e tecnológicos em Portugal. Revista Crítica de Ciências Sociais, n.93, p.95-128, jun. 2011.
ROGERSON, P.A. Métodos estatísticos para geografia: um guia para o estudante. Tradução técnica: Paulo Fernando Braga Carvalho, José Irineu Rangel Rigotti. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. 348p.
SANTOS, F.A. Resiliência ambiental a secas e a inundações na Sub-bacia Hidrográfica do rio Piracuruca (CE-PI). 2019. 268p. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Estadual do Ceará. Fortaleza, 2019.
SUERTEGARAY, D.M.A. Geografia física e geomorfologia: tema para debate. Revista da ANPEGE, Dourados, v.5, n.1, p.17-26, 2009.
TOMINAGA, L.K.; SANTORO, J.; AMARAL, R. (Organizadores). Desastres naturais: conhecer para prevenir. São Paulo: Instituto Geológico, 2009. 196p.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
© Francílio de Amorim dos Santos, Lúcia Maria Silveira Mendes, Maria Lucia Brito da Cruz 2024

Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantêm os direitos autorais e concedem à REVISTA DE GEOGRAFIA da Universidade Federal de Pernambuco o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY - . Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
d) Os conteúdos da REVISTA DE GEOGRAFIA estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. CC BY - . Esta licença permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e criem a partir do material em qualquer meio ou formato, desde que a atribuição seja dada ao criador. A licença permite o uso comercial.
No caso de material com direitos autorais a ser reproduzido no manuscrito, a atribuição integral deve ser informada no texto; um documento comprobatório de autorização deve ser enviado para a Comissão Editorial como documento suplementar. É da responsabilidade dos autores, não da REVISTA DE GEOGRAFIA ou dos editores ou revisores, informar, no artigo, a autoria de textos, dados, figuras, imagens e/ou mapas publicados anteriormente em outro lugar.